Cap 3- Maldito castigo

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Durante a tarde Rose resolveu ir assistir o treino de quadribol. Ela havia entrado para o time no ano interior, porém não sabia se era saudável permanecer nesse ano devido a ter se recusado a jogar o joguinho bobo dos primos. Na verdade só combinou com James de cuidar da arquibancada e ele do campo, por motivos que mesmo assim não foram evitados, e que ela e Scorpius acabaram pagando o pato. Porém, com este pensamento resolveu colocar o uniforme e se levantar, era a apanhadora e não recuaria. E James era o capitão, não podia deixá-lo. Também faria Hugo e Albus pagarem, cada um de sua maneira. E ela não desistia, não fazia isso.

Chegou no campo e foi recebida com abraços e as brincadeiras corriqueiras dos garotos, que brincavam e riam da cara de Hugo que garantiu que eu não voltaria. O treino passou bem, terminou às 17h e eu voltei para meu Salão Comunal, porém no caminho Lillian me parou.

-Ah, ia te chamar pra jogar, mas acho que só no jantar né?

-Infelizmente sim, preciso tomar um banho, rever minhas anotações e tirar uma soneca... - Ri sem graça, eu realmente queria jogar.

-Ei, no jantar precisamos conversar, okay?

E saiu. Não fazia ideia do que ela queria, mas tudo bem, íamos conversar.

**

Do outro de Hogwarts, Scorpius e Albus relutavam se iriam ou não para o treino da Grifinória.

-Ah cara, já sabemos que eles jogam bem pra caramba, isso é tortura... - Scorpius argumentava.

-Sim, sim, eles jogam bem. Mas sem a Rosinha eles estão lascados. - Albus riu cruel.

-Duvido que ela desistiu mesmo. Ela não faz isso.

-Scorp, já está falando como se fosse o melhor amigo dela sabia? Ou namorado.- ele riu.

-Não enche Al, eu só gosto de competir com alguém a altura. E talvez goste de conversar com ela também. - Suspirei.

-Sabe, se não fossem tão cabeças-duras seriam bons amigos. De verdade. Lembra quando fizemos aquele trabalho em trio? Seríamos um bom trio. - Então o olho de Albus brilhou. - Então garanhão, vamos ver se sua rosa aparece no treino?

-Você não vai desistir, né? - Albus sacudiu a cabeça para Scorpius. - Okay, vamos.

Quando chegaram no campo os caras da Grifinória pareciam brigar para ver se ela viria. Eles pareciam desesperados para que ela viesse. Foi então que ela entrou no campo andando sozinha e simplesmente sendo ela. E só isso fez com que Scorpius jogasse o corpo para a frente sem sequer perceber, se apoiando mais na grade do campo. Ela foi recebida com abraços e sorrisos calorosos, Hugo estava com cara feia e James parecia radiante de felicidade. Todos estavam finalmente calmos. E ela estava ali, bem e feliz, o que o fez feliz.

-Vamos Albus, já vimos tudo por aqui. - Ele sorriu.

-Agora que estou aqui vou ficar! - Ele fez birra.

-Quer que James te chame para o campo como zebra?

Ao lembrar disso, ele se virou e foi saindo, bufando e arrancando gargalhadas de Scorpius. No caminho ele decidiu que ia procurar Lillian ou alguém para jogar com ele, deixando Scorpius se encaminhar sozinho em direção à Sala Comunal da Sonserina. Iria tomar um banho e estudar um pouco antes do jantar. Ou pretendia, antes de uma certa ruiva invadir seus pensamentos sem pedir permissão...

**

A noite não demorou nada pra chegar, e com isso obviamente aquele maldito castigo. Rose optou por não usar o uniforme, porém antes falou com Minerva para evitar a confusão, ela recebeu bem e até comentou que a capa atrapalharia ao mexer com os livros e as estantes infinitas da biblioteca. Estava de saia e meia-calça, com seu blusão de lã com o enorme R na frente, a tradição de família da sua avó Molly. Quando chegou na porta da biblioteca Minerva estava saindo.

-Espero que não mate o sr. Malfoy e saiam vivos pelo menos da primeira noite mocinha.- Advertiu Rose.

-Não odeio tanto assim ele, professora. E estou na biblioteca, tem espaço suficiente para nem chegar perto.

E assim ela saiu. A conversa não foi nada longa e bastante real. Rose teve um dia longo, mas não o suficiente para esquecer de se perguntar e achar estranho a diretora Minerva vir até a biblioteca falar a sós com Malfoy, afinal a detenção incluía ambos. Foi quando alguém suspirou em sua orelha.

-Boo! - o garoto riu com o susto que conseguiu dar na ruivinha, segurando ela pela cintura pra mesma não cair - Minerva veio aqui pedir para falarmos com nossos pais antes de... Bem, seu pai me mandar um berrante ou tentar me matar.

-Obrigada pelo susto, Malfoy. E eu vou falar com meu pai, prefiro não ter uma pessoa que gosto morta e meu pai preso. Agora entendi porque ela falou só com você, seria estranho falar com os dois.

-Uma pessoa querida, é? - ele desdenhou com aquele sorrisinho de lado.

-Já pode me soltar doninha. - Ele lamentou por ela ter notado a mão, estava bom poder tocar a ruiva. - E você não tem como provar que eu disse isso. Vamos trabalhar.

Como Rose ruborizou, decidiu que já tinha conseguido o suficiente para um dia. Não ia forçar a barra, ia tentar agradá-la, sair da curva.

**

-Você foi bem suportável hoje, Malfoy. Continue assim e talvez não ocorram algumas mortes até o fim deste ano. - Rose comentou.

-Até porque você me mataria... Você iria até o inferno para poder me irritar.

- Não se garanta tanto. - Ela o empurrou com o ombro, rindo. - Eu nem me lembro direito quando você não estava em algum momento. Não suma. Gosto de te odiar. Boa noite, Malfoy.

-Boa...noite, Weasley. - Ele estava de boca aberta no caminho de volta para o Salão Comunal. O sorris dela era lindo, como ele pensara.

Quando chegou Albus estava o esperando.

-Uou, você voltou inteiro. Me diga que minha prima está inteira? Não vou aguentar dois funerais ao mesmo tempo.

-Dois? - O loiro questionou tirando o cachecol.

-Sim! O da coitadinha da Rose e o seu, já que o tio Rony vai te dar um jeito. - Ele riu.

-Eu não matei sua prima, Albus.

-Que bom. Porque você vai ser a dupla dela o resto do ano, em tudo. - Ele desdenhou.

-O quê?! - Ele pasmou.

-Sim, Minerva avisou de Salão em Salão Comunal enquanto vocês estavam na biblioteca que este anos todos os alunos deveram ficar em duplas para as avaliações em todas matérias até a conclusão do ano letivo. E a sua... é minha doce prima.

-Ele vai morrer... Mas a Minerva disse que vocês já estavam juntos  na biblioteca e ficariam bem assim. - Zabine disse entrando no Salão.

-Vamos ver, Zabine. Acho que a priminha do Albus não me odeia tanto assim.

Os amigos trocaram risinhos. Conversaram por um bom tempo até a madrugada. Foram dormir tarde e cm certeza se atrasariam para as primeiras aulas do dia seguinte. Scorpius estava feliz, foi dormir contente com o avanço que fez com a ruiva, a ameaça de morte, talvez, tenha ficado no passado. 

Ou não.

Maldito Malfoy, maldita WeasleyOnde histórias criam vida. Descubra agora