Foio maior susto que Rose já tomou em sua vida. Ainda maior do que quando Albus e James jogaram uma aranha de mentira em sua cama no meio da noite quando ela tinha uns 6 anos, e ela passou semanas dormindo na cama da mãe. Ela tinha certeza absoluta que enlouquecera. Há apenas um segundo estava totalmente entregue a Scorpius Malfoy. E adoraria voltar para lá se o *toc toc* não tivesse virado um "Rose, você está aí?".
Rosalie Weasley adoraria permanecer doida se isso incluísse Scorpius Malfoy em sua vida da maneira que ela havia o tido naquela tarde.
Mas Dominique era incrivelmente insistente. Só que não o suficiente para a inteligência de Rose. Ela pensou rápido, pulou da cama e arregalou os olhos colocando o dedo nos lábios ainda quentes e que provavelmente estavam vermelhos, implorando que o garoto ficasse em silêncio. Porém, ele fez exatamente o contrário.
-Ei, Dominique estamos presos aqui desde de manhã. E eu adoraria continuar aqui, então, por favor, vá beijar James e nos deixe a sós! - E riu. Rose havia virado um pimentão e estava furiosa com o garoto.
-Aaaaaa, entendi. Para quem sequer beijava até ontem está indo beeem rápido priminha. E Scorpius, para destrancar é só dizer aquilo, é só um feitiço simples de travar trancas. - E eles ouviram a garota se afastando.
-EI, VOCÊ SABE BEM QUE EU BEIJO... Ou não. - Rose gritou, e logo depois cochichou, ouvindo apenas a risada da prima.
Rose estava furiosa quando se virou para Malfoy, preparada para a guerra. Ele sabia desde o início como sair dali, mas a enrolou o dia todo dentro do seu próprio quarto. Porém, bastou olhar para aqueles olhos verdes e aquele sorriso brincalhão que o mesmo estampava de orelha a orelha que ela se derreteu.
-Você é um bobo. - E lhe deu um pequeno tapinha no ombro. - Eu poderia te matar agora. E esconder o cadáver.
-Você não faria isso. Não mais. - E a puxou pela cintura a abraçando, antes da mesma conseguir se afastar.
-Eu nunca teria feito isso. Agora, você, vai abrir essa porta e sair do meu quarto. Imediatamente.
-Não vou não. - Ele riu.
-Vai sim.
-Só se me der mais um beijo. - Barganhou. Ele adorava barganhar.
-Não vou.
-Ah, mas está na cara que você quer... - Sorriu.
-Eu quero? Quem está pedindo um beijo é você. - A garota retrucou.
-Pode ser, mas você também quer. - Dessa vez ele se aproximou, colocando as duas mãos na cintura da ruiva. E falou encostando na orelha da mesma. - Viu, se não quisesse teria me afastado.
-É, talvez eu queira. - Ela arrepiou. E ele sorriu entendendo bem o efeito que tinha nela, e adorando isso.
***
-Então deu certo? Eles estavam todo amores? - Albus riu. - Finalmente esses dois sossegaram.
Todos os amigos deles estavam no jardim lateral de Hogwarts rindo da situação toda. E acima de todo o resto, felizes porque finalmente eles largariam daquele pé de guerra sem sentido e começariam a viver aquilo que todos sabiam que mais cedo ou mais tarde aconteceria.
-Mas e agora? O que fazer com os Scamander? - Zabini perguntou.
-Obviamente fazer eles pagarem pelo que fizeram. - Lillian olhou furiosa para o seu também futuro namorado.
-As notas e a visão como boa aluna são importantes para Rose. E até onde eu sei para o Malfoy também, se são inocentes não devem pagar o pato. - Hugo observou. Assim como o pai, tinha grandes dificuldades de se comunicar ou tolerar a família Malfoy tão fácil quanto sua mãe, e agora Rose também tinha abandonado esse barco. Ele ficaria de olho, não se pode confiar em um Malfoy. Mas além disso, o senso de justiça que a mãe lhe ensinara prevalecia, era incrivelmente importante que eles fossem livrados do peso da culpa por algo que não tinham feito.
-Enfim, vamos contar tudo para a McGonagall e o Flitwick na segunda. Não aguento mais aquela patricinha metida da Lysander arrastando saia pros namorados alheios. - E olhou feio para James. Por mais estranho que parecesse, no mundo bruxo o casamento entre primos era comum, mesmo que a família Potter-Weasley não fosse um apoiadora potencial. Mas essa era outra história.
Se bem que provavelmente a entrada futura de um Malfoy para a família fosse milhares de vezes mais preocupante e com potencial problemático muito maior, o que poderia apaziguar os efeitos para o outro casal.
-E o que vamos fazer amanhã? - Albus já estava ansioso para saber.
-Que tal um piquenique no lago? Aproveitar a nova paz em família... - Lillian pontuou e fez os primos rirem de novo.
E assim seguiu-se o fim de tarde de todos ali.
***
Scorpius conseguiu convencer Rose a lhe dar o beijo. Foi lento dessa vez, e Rose se pegou tentando ficar na ponta do pé para alcançar o loiro. Ele sorriu e ia em direção a cama quando tropeçou e ambos caíram, Scorpius por cima, deixando uma Rose risonha e meio nervosa pronta para reagir.
-Vamos Já te dei um beijo, agora saia! - Ela tentou parecer falar sério. - Estou falando sério!
-Okay, okay. - Ele riu dela e se levantou. - Nos vemos amanhã?
-Não, não nos vemos. Você já me viu até demais para esse fim de semana. - Falou tentando voltar ao controle.
-Ah, vai. Preciso deixar você vermelhinha assim mais vezes. - Ele disse acariciando a bochecha da ruiva.
-Não, não precisa não.
-Pare de ser cabeça dura. Não tem mais volta, rosinha. Eu nunca mais vou sair do seu pé.
-Você já não saía antes. E eu ainda fiz a burrada de dar asa pra cobra.
-Isso foi um sim? - Ele sorriu.
-Talvez. - Ela foi até a porta. - Abre? Eu estou com fome.
-Alohomora. - E a porta abriu. - Era um feitiço simples da Dominique. Aquele seu Natal foi ela que te prendeu aqui, e todas as outras vezes.
"Mas por que ela iria querer que eu ficasse presa aqui com você? Ah, já sei... Menina abusada." Ela pensou consigo mesma.
-O que foi? Essa sua cara engraçada é fome? - Scorpius perguntou curioso.
-Não. Estou pensando.
-Fica fofa. E nossa como você consegue dizer tantos nãos?
-Não me irrite, vamos comer algo. - Disse puxando ele pela mão para fora do dormitório, para o Salão Comunal da Grifinória. Todos os alunos que estavam no salão ficaram boquiabertos, dava para ouvir os sussurros: "Aquela é Rose Weasley com Scorpius Malfoy?". Malditos intrometidos.
-Nós vamos?
-Vamos. Ou quer que eu mude de ideia?
E foram. Ambos estavam felizes, muito felizes, só se expressavam de maneiras diferentes.
***
Quando Rose voltou para o quarto a noite as primas e o irmão estavam reunidos (menos Lillian, ela estranhamente não estava presente), esperando ela para perguntar os detalhes. Realmente achando que ela contaria.
-Na próxima vez que alguém me prender em um quarto com Scorpius Malfoy eu juro por Merlin que irei cortar as barbas do indivíduo fora. - Ela ameaçou apontando o dedo para os amigos.
-Que bom que você não tem barba! - Todos riram da piada de Dominique.
-Vão para Azkaban...
Ela disse já praticamente dentro do quarto, se deitando para dormir, e sorrindo sozinha. Estava completa. Feliz.
Naquela noite dormiu como um anjo.
Será que Rosalie Weasley estava apaixonada por Scorpius Malfoy?
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Maldito Malfoy, maldita Weasley
RomanceQuem diria que o maldito Scorpius Malfoy faria Rose Weasley o odiar ainda mais graças à um maldito jogo de quadribol, e por isso não podiam mais deixar de se aturar até o fim do ano, ou será que era verdade o que o primo e amigo sempre dizia, que o...