A imagem não se cessou durante aquele período, a visão mórbida do corredor mostrou mais de um clima de seriedade, com amargo tom de mistério e de um calafrio nunca sentido antes, coisa que não de se acontecer com minha pessoa. Não estou assustado, nem com medo, o calafrio é de nervoso, um alto movimento interior do corpo tendo espasmos musculares em paladar pronto pra algo ser dito enquanto me seguro. As pernas estralam e tremem, minhas mãos suam, a boca seca e meu olhar continua fixo ao de Jason no fim de corredor, que seguramente parece estar pronto pra qualquer um falar alguma coisa. Ele não aparenta furioso, porém se mostra preparado pra responder, revidar ou contra-atacar. Seus palpitares não mentem, e creio que todos estão na mesma posição que a minha, confusos e fixos nele, querendo o questionar depois do que eu disse, o que meramente penso que fui precoce e não deveria ter sido direto como na maioria das vezes acabo sendo - eu preciso mudar - isso não é fácil. Já faz um minuto que nós estamos parados no meio do corredor enquanto outros quartos que preenchem a lacuna do mesmo estão fechados e outros semi abertos. Enquanto a tensão e o receoso momento fixa, Bran deu um passo à frente, caminha pouco a pouco com uma expressão de falta de preocupação, e com seu jeito de ser, se apoia nas paredes de metal da estação que preenche o corredor, e olhando para atrás em nossa direção, expressa-se um sorriso e um levantar de sua sobrancelha esquerda, volta a olhar em direção para frente e quando menos esperávamos, Jason fazia jus ao seu nome quando aparece de cara com Bran e nem se quer percebemos em menos de alguns segundos, um verdadeiro nome de filme de terror ou diria típico de uma cena do mesmo. A situação em segundos se muda... De repente só ouvimos um sons estranhos dos dois, Jason e Bran e se olham fixos e.... Eles gargalham.
- HAHAHAHAHAHAHAHA. - Jason até rir de forma engasgada.
- HAHAHAHA Porra cara. - Bran chora de rir, mesmo fazendo pouco de seu som rindo ele continua com a mão em sua boca. - Deixou eles extremamente assustados HAHAHA!
- Não era a ideia? - Jason encarou seu sarcasmo como horripilante mas imediatamente muda seu tom e sua expressão. - Dine.
Agora senti medo, não por mim, mas pelo os que estavam em volta, imaginando o pior que poderia acontecer ou pelo menos de alguém fazer merda e ir pra frente e de repente Cecília aparecer novamente e causar o mesmo avulso de antes, a sensação é mais por preocupação, é aquilo, faça ou não faça, tentativas não há. Deixo encarregado de mim esse momento.
- Jason. Foi um pouco direto e...
- Não Dine, não se preocupe, e não tenha receio. E você Cecília nem se quer precisa se preocupar. - Ele vira para trás, Cecília está encarcada de um olhar e com braços cruzados e obviamente todos nós olhamos, e juro que o frio na barriga veio a tona novamente. Porém não se ocorre nada demais. - Enfim Dine. Sim, eu sou um fanático.
- Foi ou ainda é? - Ratchel toma minha frente e questiona.
- Já fui. - Ele observa que Cecília se aproxima mas ainda continua. - Já faz muitos anos, minha organização se acabou por completo e éramos do complexo europeu.
- Onde a organização nasceu. - Bran acrescenta.
- Exato. Tudo dela se foi, mas sua ideia se expandiu rápido e chegou em países orientais e outros do norte, não todos mas alguns eram mais concentrados.
- Que depois se expandiu e chegou ao países da América até se tornar uma legião inteira de loucos anarquistas prontos para quererem ter domínio da porra toda. - Cecília contribua num acréscimo de palavras. - Como ousa estar aqui com seu exército de escória? - E Cecília toma frente quase de forma agressiva.
- Cecília isso de novo não... - Vai se afastando Jason.
- Esses malditos, sabe o que fizeram? - Apontando em seu peito com uma expressão de raiva ela continua. - Foram eles que tiraram tudo de mim, estraçalharam meus pais e os torturam, eu os vi morrerem na minha frente, e isso carregou meu ódio por essa fagulha ruim da humanidade, esse grupo idiota e cruel. E eu prometi a mim mesmo que ia vingá-los e torturar se eu conhecesse um... - Seus olhos estavam arregalados de fervores, Ratchel apronta em sua frente segurando-a, Ruly seguia diante do mesmo enquanto Bene ainda estava atrás de mim.
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100 MOTIVOS PARA VIVER, FORA DA TERRA
Science FictionNo pleno fim do século XXI, no ano de 2089, a terra passa por enormes dificuldades escancarosas e de extrema miséria em relação aos seus preciosos recursos naturais, sendo assim ocasionando uma mortalidade de grande escala devido a esses fatores de...