CAPÍTULO 3: E pra lá que devemos ir.

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O momento que o senhor barbado me posicionou em um local onde devia-se me estabelecer, o tempo ocorreu brevemente de maneira lenta, sendo assim rápido no sentido de desespero sem ao menos exaltar a perguntar o que acontece ou aconteceria naquele momento, tantos passos até uma boa entrada referente à uma sala gigantesca, e lá estava em minha frente. Um aglomerado de pessoas sentadas em suas cadeiras e o que era de se pensar, passaria a ser uma reunião, discussão ou coisa do tipo, e que estavam por esperar de mim - ou esperava-se por minha presença para começar o que seria ser uma reunião ou apresentação em relação ao ser empregado dentro da empresa, porém não seria óbvio demais assim -. Havia uma cadeira a frente, todos olhavam fixamente em minha pessoa que perdera em seu senso o que realmente fazia lá, os poucos que olhavam assim tratavam pelo o olhar com desdém, e uma outra minoria com curiosidade demais de alguém que chegara pra objetivar algo, sendo que nem eu saberia e dessa parcela, era-se mulheres com aparências de doutoras e especializadas em algo, porém jovens e suponhava-se que houvera a mesma idade ou faixa etária que a minha. Doze pessoas no total contando com o homem barbado bastante simpático, e agora treze contando comigo, ele acenara com gestos pra me poder assentar em uma das cadeiras, alguns ainda observam enquanto colocava minha mochila de pertences a baixo da longa mesa e assentava sobre a cadeira branca, me posicionei perto de uma fileira onde só apresentara ter homens, enquanto o público feminino estava a diante da minha visão, frentes, poucos pacientes e vários ansiosos, assim como eu, tudo aquilo indicava que não somente, mas vários queriam ter respostas e avaliando bem da situação, o único confuso da história e pelo menos eu achara estava mais enganado do que nunca, a obter a conclusão bastante elementar que todos ficavam confusos desde já, ou no mínimo quando entrasse nesse lugar.

Assim o relógio que está na parede soa e toca, com o som agudo e grave ''tic tac'' de forma repetida, isso só representava o silêncio e as dúvidas que provavelmente todos tinham naquele momento, tudo muito inquieto e sem auto explicação, nem se quer um mero fiasco de dedução passou pela minha cabeça e ainda não passa, e crer que ambos estejam assim, significa mais como cogitar em um emprego totalmente misterioso não ser tão plausível assim. Será que fomos ingênuos demais e acreditamos em uma opção pouca valorizada só pra pedirem apoio ou coisa do tipo, já que em mesa e o que aparenta, fomos uns dos poucos bem sucedidos que ainda vivem nesse caos mundial e por isso estamos onde nos convocaram, ou seja, aqui? Imagino que muitos pensam assim dentro dessa sala, o silêncio ainda é repentino, poucos paravam de mexerem suas pernas e observam ao redor por desconfiança, o homem barbado sorria mas não de maneira maléfica e sim de forma no querer a transmitir uma ideia de questionamentos do que fazemos no maldito momento e agora, nada explícito, e de muitas que ainda a ansiedade a perseguisse, exceto duas que pareciam ser familiarizadas umas com às outras pelo o meu ver já que sussurravam e comentavam - o que parecia se perguntar - sobre tudo isso, não era de se esperar, portanto o interessante que realmente ambas se conheciam. Uma garota de cabelos curtos e bastante delicada, em relação às mãos e seu jeito de agir, gestos que moviam seus cabelos para trás e com olhos curtos e poucos puxados, fora o belo sorriso de graciosidade quando sua companheira de debate ditava algo, e especulava-se ser de estatura baixa, e assim via-se a outra que falava abertamente alto - e como era alto puta que o pariu - porém nada a se incomodar, sorriso belo demais que diria que era atriz de Hollywood, realmente demais, tinha longos cabelos negros, olhos de fluidez espanhol, ou dizendo por ser assim, uma garota com olhos sedutores e troca de deboches, sobrancelhas encurvadas e de figura carismática, pelo menos na minha percepção. Enfim ambas debatiam sobre derivados assuntos e até das questões de estarem naquele lugar, poderiam ser amigas de longo prazo de anos, diferentes de outros que sucessivamente parecem ''quietos'', todavia nem tanto com tantas batidas de seus sapatos sob o chão de tão ansiosos. A permanência daquele estado, parece-se incomodar o homem à minha direita, um loiro de cortes no rosto, nada de desagradável apenas um enorme borrão que foi atropelado por uma manada de touros, meu, aquilo era horripilante sim e formava um um tipo de x, alto como eu, bastante incomodado e isento em relação à observar os outros ao seu redor, eu lia seus lábios xingando de maneira fervorosa, com muitíssimos palavreados no seu vocabulário, e tudo isso, por causa de um mistério mal resolvido que ninguém soubera responder, e enquanto todo esse desviar de percepção, notei que o simpático barbado ainda botava expectativas de que alguém perguntaria algo, entretanto qual era o medo de muitos de se expressarem e questionarem o ato de estarem lá, pareciam isentos em relação à tudo, poucos de acordo em deduzir ou concluir de forma retórica o porquê de estar. A impaciência veio a tona, não consigo parar de me irritar com batidas tão insignificantes e poucos falantes, senão houvesse alguém que falaria, então houveria naquele momento. Ergo a mão e meu braço estremece junto com a face tímida que me facilita uma vermelhidão de vergonha enquanto muitos olham feito bocós, e assim deveria-se questionar, é a hora, ele olhou e virou o rosto pela a metade com sucinta vontade de ouvir enquanto sua sobrancelha erguera como de semelhança a da outra garota, afinal...

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