Two sides of the same world

Capítulo 02

Já faz quase duas semanas desde que eu conheci aquela mulher no avião e ela ainda não saiu da minha cabeça, a Maia, Selena e a Demi dizem que eu estou ficando maluca por não consegui tirar uma estranha da minha cabeça. Que ótimas amigas que eu tenho (reparem no sarcasmo nessa sentença por favor).

Acordei com o despertador as seis e meia da manhã para mim ir fazer minha corrida matinal como sempre, o prédio onde moro é do lado de um dos parques da cidade o que facilita bastante a minha vida. Me levantei, fiz minha higiene matinal, coloquei uma roupa adequada para corrida, um tênis, prendi meu cabelo num rabo de cavalo e finalmente sai do meu quarto vendo o Max já na porta me esperando, peguei a corrente dele prendendo na sua coleira e finalmente saímos do apartamento indo para o parque e fazendo nossa corrida de meia hora como todos os dias, o Max adora.

Quando voltamos eu soltei o Max dentro do apartamento e fui tomar um banho e me arrumar para ir trabalhar, coloquei uma camiseta branca, uma calça skinny preta e como sempre eu fico naquela indecisão entre ir de salto ou de tênis por uns segundos antes de escolher ir com o meu adorado all star, as vezes nem parece que estou indo trabalhar, peguei minha mochila colocando minha câmera e uma jaqueta ali dentro antes de sair do meu apartamento pela segunda vez hoje. Deixei meu carro escolhendo ir de taxi e passei o caminho concentrada no meu celular até que o carro parou, voltei minha atenção para o trânsito estranhando o engarrafamento.

-Será que houve algum acidente? - Perguntei para o taxista.

-Esta tendo um movimento em apoio a legalização do casamento gay já a uma meia hora que esta interferindo no trânsito. Não sei porque eles não legalizam de uma vez. - Respondeu sem virar para mim, fiquei surpresa com o fato dele apoiar.

-Quanto eu te devo? - Ele finalmente olhou para mim ouvindo minha pergunta.

-Tem certeza que quer descer aqui? Ainda esta meio longe de onde você quer ir.

-Vou descer aqui mesmo, obrigado.

Paguei ele e sai do carro andando pelas calçadas da rua até encontrar a multidão de pessoas que estão participando do movimento, tirei minha câmera de dentro da minha mochila e fui para mais perto começar a fazer o meu trabalho. Eles não estão num local que atrapalhe o trânsito, quem esta fazendo isso é a policia que estacionou seus carros de qualquer jeito no meio da rua para dispersar a multidão.

Já tinha perdido a noção de quanto tempo estava ali e quantas fotos já tinha tirado quando ouvi meu celular tocando, passei a segurar a câmera que esta presa no meu pescoço só com uma mão e com a outra peguei o telefone vendo que era a Maia e o atendendo.

-Alycia onde você esta? - Perguntou não me dando a chance de falar nada. -Que barulheira é essa?

-Estou no centro da cidade ainda. - Ouvi ela suspirar do outro lado da linha e como ela me conhece ja deve saber onde eu estou.

-Aly você sabe que foi promovida a diretora criativa então ir a campo atrás da história e tirar as fotos não é mas o seu trabalho, a não ser que seja uma história muito grande e importante, o seu trabalho é vir para cá e escolher o material visual que nossos fotógrafos conseguiram para usarmos na revista.

-Eu já estava aqui então resolvi poupar o trabalho de outra pessoa vir.

-Minha mãe esta agora mesmo vendo que repórter e fotografo vai mandar para ai.

-Avisa ela que estou aqui e não precisa mandar um fotografo.

-Maia é a Alycia no telefone? - Ouvi a voz da Jill, mãe da Maia e dona da revista perguntando.

-Sim, esta no viva voz então ela esta te ouvindo. - Maia respondeu.

-Oi Sr.ª Mitchell. - A cumprimentei.