0.2 a step you can't take back

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A Step You Can't Take Back Keira Knightley
"Será que (ela) te ama?
Será que (ela) te deixou triste?
(Ela) estava de joelhos quando (ela) beijou sua coroa?
Diga-me o que você achou"

Quinta-Feira de manhã.

Abro meus olhos lentamente, ouvindo o ruído emitido pelo meu celular. A tela indicava o alarme que sempre toca exatamente às oito horas. Bocejo enquanto desativo o alarme e coço meus olhos com as palmas das mãos.

Minha rotina diária era sempre a mesma. Tomar banho, preparar meu café, escovar os dentes e partir rumo ao trabalho. Simples e tedioso.

Essa semana eu completava meu terceiro mês no "Sweet Lies Bar & Restaurante". Eu não costumava permanecer muito tempo em um trabalho, e por mais que eu seja eficiente e faça as tarefas com rapidez, ou o orçamento estava baixo e precisavam demitir alguém, ou os mais antigos funcionários não se davam muito bem comigo, ou eu mesmo me demitia devido a carga horária exaustiva e um salário que não cobria minhas despesas.

Meu expediente começava às nove. Pela manhã, eu ajudava com a limpeza do local. No horário do almoço, anotava os pedidos e trazia os mesmos para as mesas. Já na parte da tarde, eu limpava a bagunça feita no almoço e registrava notas ficais de gastos. Eu saia de lá às seis da tarde, para que no turno da noite, no horário mais cheio, eu retornasse para me apresentar, tocando algumas músicas num pequeno espaço reservado.

E mesmo que eu passasse praticamente meu dia inteiro naquele lugar, eu ganhava o suficiente pra me sustentar sozinho, mas não o suficiente para comprar os equipamentos que eu tanto desejava e finalmente conseguir produzir minhas próprias músicas.

Acabado meu turno da tarde, me dirigi pra casa, andando poucos quarteirões até chegar no pequeno loft que possuía. Apesar de que a extensão do apartamento fosse pequena, parecia até espaçoso, por conta do pé direito alto que existia. Ao adentrar, a vista inicial é, pela esquerda, um sofá e a televisão. Pela direita, uma pequena mesa de jantar. Ao fundo, uma bancada separava a sala de jantar e a cozinha, também pequena. No 'segundo andar' se localizava meu quarto e um pequeno banheiro.

Jogo meu avental de uniforme sobre o sofá e me direciono ao banheiro para tomar outro banho. Assim que saio, checo meu celular. Havia uma mensagem de KyunShik, o dono do 'Sweet Lies', meu patrão.

Hae KyunShik [19:03]: Olá Baek, será que você poderia chegar um pouco mais cedo hoje? Precisamos conversar. Agradeço desde já!

Byun BaekHyun [19:24]: Oi! Claro, apareço aí às oito.

"Precisamos conversar". Com certeza, coisa boa não é.

Me visto como o usual, apanho as chaves e carteira e sigo em direção ao bar. Sempre pontual, às oito em ponto eu me encontrava dentro do estabelecimento que mais cedo havia limpado, esperando KyunShik aparecer.

Assim que ele se torna visível, entrando pela única porta, me cumprimenta e faz um sinal para que eu o siga.

— Baek, — Começou, entrando em seu escritório nos fundos da casa. — primeiramente eu queria dizer que admiro muito a forma como trabalha. — Para novamente e faz outro sinal, apontando para a cadeira em frente a sua mesa, como se dissesse para me assentar. — Mas como você, melhor do que ninguém, sabe que as contas do bar estão salgadas e mais sai do que entra dinheiro. Em vez de lucro, estamos tendo prejuízo.

don't tear us apart • bbh + pcy • em hiatusOnde histórias criam vida. Descubra agora