1.1 still don't know my name

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Still Don't Know My Name Labrinth
"Estou sonhando com todas as possibilidades
(...)
E toda vez que penso que os planetas estão alinhados
Você ainda está tão perto, mas ainda tão longe"

Confesso que não sei de onde tirei a força toda de não beijar ChanYeol ali, mas nós sabíamos que ele só estava fazendo aquilo, pelo menos naquele momento, pra esquecer de tudo que havia acontecido. Era normal estar chateado e querer aliviar o sofrimento de alguma forma.

E por mais que ele tenha confessado sua vontade do dia da sorveteria — na qual agora eu tinha a confirmação do porque ele estava parecendo arrependido assim que fomos embora —, ainda sim isso machucaria não só eu, mas ele também.

Ao longo que caminhávamos, pedi seu endereço para o levar para casa.

— Você não precisa fazer isso.

— Claro que preciso. Você não 'tá' em condição de ir pra casa sozinho, e eu preciso te levar pra comer.

— Eu não quero comer.

— Diz isso mas assim que ver um hambúrguer na sua frente vai querer na hora. — Andávamos na calçada da avenida movimentada. — Anda, ou eu vou ser obrigado a ligar pro Tao e pedir o endereço? — A um tempo atrás, enquanto conversávamos, ele me contou que morava com Huang.

— De onde você arrumou o número do Huang?

— Não muda de assunto ChanYeol. Eu tava numa balada com o LuHan e encontramos os meninos lá. Você me ligou e eu vim pra cá. O Lu tava ficando com o Tao então resolvi não intrometer, mas é só eu ligar pra ele que tudo se resolve.

— Vamos comer primeiro, depois eu penso se te dou o endereço. Vai que você resolve me roubar. — Ele brinca.

— Tá bom viu? — Eu rio.

Não andamos muito até que encontramos um Burguer King aberto. — Senta naquela mesa ali que eu vou pedir alguma coisa. — Aponto para um lugar vazio e ele me obedece.

De longe, ainda na fila, fito o homem que estava assentado. Seus cotovelos estavam apoiados na mesa e suas mãos em suas bochechas. Ele ficava fofo assim. Mesmo assim, parecia estar pensando em nada. Seu olhar era vago.

Feito os pedidos, os levo na mesa. — Espero que você goste de Coca-Cola.

— Gosto sim. — Ele se pronuncia, dando um sorriso e abrindo a embalagem do sanduíche que o entreguei. Antes de dar uma mordida, ele diz: — Obrigada Baek. Por tudo. E desculpa.

Dou um gole do refrigerante e o observo. — Não tem por que agradecer. Amigo é pra essas coisas. E por quê está se desculpando?

— Por tentar te beijar. Eu sei que foi errado. Só ia confundir tudo. Não quero estragar a amizade que a gente tem.

Eu realmente não sabia o que pensar sobre o que ele disse. Isso significa que ele acha que foi um erro quase nos beijarmos naquela específica situação ou nos beijarmos em geral? Por que se foi o beijar em geral, eu realmente quebraria minha cara com força.

— Não tem problema. Você bebeu e as pessoas fazem coisas estúpidas quando bebem. — Talvez tenha sido uma frase muito pesada pra se falar no momento.

— Só fazem o que sempre tiveram vontade de fazer. — Ok, isso foi a confirmação de que ele não se arrepende do que fez. Isso é, bom? — Enfim, por favor não quero que isso deixe um clima estranho entre nós.

don't tear us apart • bbh + pcy • em hiatusOnde histórias criam vida. Descubra agora