As almas sujas e perdidas
que vivem em Cruzeta.
Há ruas calmas; os homens vão ao trabalho.
O cansaço dos trabalhadores refletem a
prisão que são suas vidas.
De longe os bares cantam a solidão.
Onde homens embriagam-se e jovens condenam
a si próprios.
Nenhum sentimento nasce (bom ou ruim)
Todas as almas estão condenadas.Existe apenas um caminho débil.
Onde só há a sensação de liberdade.
Os muros gritam, a tarde grita
onde a bela dama de pele negra e cabelos crespos
costumava caminhar, mas que lá já não se encontra.
O ar seco do sertão faz a pele ressecar, na pobre e amada Cruzeta.
A pele seca, a terra seca, a vida seca.