Capítulo 34

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"⁠É claro. Discrição é nossa especialidade. Afinal, eu sou um detetive."

- Uau

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- Uau... - era única coisa que eu conseguia dizer quando Josh abriu a porta. Aquilo não era só uma cobertura era A cobertura.

De cara quando entrava dava direto em uma enorme parede de vidro. Tinha alguns quadros pela parede pintada de um tom rose claro e enfeites que pareciam custar o olho da cara. Sua sala era composta por um sofá em formato de L, só de olhar aquele sofá estofado meu corpo pedia para se jogar lá e assitir um filme em sua enorme TV.

- Não é tudo isso. - comentou Josh.

- Não é tudo isso? - me virei para ele. Se a sala era aquilo, imagina o resto? - Espera, aquilo é... - fiquei sem palavras quando semicerrei os olhos para poder ter uma imagem mais ampla daquilo.

Na parede inteira de vidro na parte mais esquerda aonde os raios de luz não atingiam tanto estava um enorme piano de cauda preto. Era magnífico!

- Um piano? - perguntou irônico.

- Não sabia que tocava detetive - sorri sem nem perceber que meus pés estavam me levanto perto daquela obra de arte.

- Você nunca me perguntou. - mostrei a língua o fazendo rir. - Mas também não sabia sobre você.

- Esses dedinhos aqui server para muitas coisas. - fiz questão de mostras minhas mãos para ele com um sorriso ladino. - Só não para tocar piano.

- Por Deus, Gabrielly. - ele riu balançando a cabeça negativamente. - Eu tenho uma ideia muito impertinente sobre os seus pensamentos.

- Ah, é? - dessa vez ele me pegou de surpresa. Meus dedos tocaram a ponta do piano e fiz questão de rapidamente escorregar para me sentar diante daquele instrumento musical. - E qual seria?

- Você fala tudo o que vem na telha então isso me leva a pensar que os seus pensamentos são menos pesados do que suas falas. - comentou.

- Dessa vez o detetive está errado. - sorri como estivesse ganhando uma aposta. Se ele soubesse tudo o que eu pensava o conceito dele mudaria mais rápido do que o próprio flash. - Meus pensamentos são como um livro.

- Erótico, eu chutaria.

- Tenho meus momentos. - mordi meu lábio inferior antes de continuar - Mas é um livro que você tem que ter dois pontos de vista. Talvez eu seja a vilã ou talvez a mocinha, depende tudo do que realmente quer acreditar.

- Um bom detetive nunca tira alguma conclusão antes de averiguar todos os fatos posto sobre a mesa, senhorita Gabrielly. - logo Beauchamp estava sentado do meu lado e levantado aquela pequena peça para podermos ver as teclas brancas e pretas do piano. As belas teclas de marfim.

- Tenho a leve impressão que sou o seu caso mais difícil de decifrar. - falei deixando meu dedo indicador tocar a tecla branca.

- Totalmente.

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