- Por que tem que ser tão complicada?
- Por que tem que ter vinte e cinco com humor de cinquenta?
Uma bota camurça de salto nunca foi tão bonita quanto ficava nela. Com os cabelos encaracolados jogando no ombro, uma saia preta de couro, e claro...
"Eu não sou psicopata. Eu sou um autofuncional sociopata. Faça sua pesquisa."
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Meus dedos corriam devagar acariciando suas costas nuas e sua cabeça estava posicionada na curvatura da meu pescoço. Senti sua respiração tranquila na minha pele me fez sorrir.
- Eu te odeio, Joshua. - resmungou com voz abafada.
- Eu mereço isso. - ela se arrepio assim que meus dedos tomaram mais intensidade em suas costas. - Foi o pior mês que eu já passei na minha vida.
- Todos os dias eu pensava em você. - Any disse e ergueu a cabeça para me olhar nos olhos. - Era doloroso pensar que você não iria voltar mais, uma parte de mim até pensou em te esquecer... - ri fraco, mesmo não querendo todos os dias eu pensava que ela iria acabar me esquecendo antes de eu voltar. - Só que essa era a parte menos forte que eu tinha em mim.
- Não sei se te mereço, Gabrielly. - confessei. Mesmo naquele breu que estava o seu quarto, eu pude ver seus olhos brilharem. - Você não merece qualquer um para ficar do seu lado, você é o tipo de pessoa que vai merecer o melhor. E eu...
- Se abrir a boca para falar que não é suficiente para mim eu vou puxar a arma que está na sua calça e atirar no seu pé. - me ameaçou sorrindo.
- Por que no meu pé? - questionei.
- Você vai ficar lento, porém não irá morrer. - piscou um olho para mim antes de roubar um selinho. - Hoje eu fiz a prova ou quero dizer ontem, aposto que já passou da meia noite.
- Eu tenho certeza que passou. - soltou um suspiro pesado e me encarou. Aquilo me dizia que ela queria me contar alguma coisa. - Se quiser não precisa me contar agora.
- Como sabe que eu... - parou e riu fraco - Detetives! - revirou os olhos.
- Isso não é porquê sou um detetive. - falei. - É porque eu te conheço, senhorita Gabrielly.
- Certo... - respirou fundo - Lembra de Erick.
- Seu ex desprezível? É claro.
- É... o irmão dele veio me procurar. - contou calmamente. - O Tom, de primeira eu fiquei insegura de confiar nele, fazia tanto tempo que não nós víamos. Certamente eu ficaria com um pé atrás, só que agora ele está que nem antes.
- E como ele era antes? - perguntei.
- Amoroso, fofo, protetor o tipo gentil de Tom ser comigo. - fiquei quieto. Se eu dissesse o que estava pesando ela não acreditaria em mim ou falaria que isso seria ciúmes. Porém, na minha cabeça só se passava que o irmão do ex de Any gostava dela a muito tempo, talvez desde o relacionamento conturbado com Erick. - Eu queria ter te contanto mais cedo, eu juro. Só que fiquei com medo, eu não queria por ninguém que eu goste no meio do meu passado e Tom...
