- Por que tem que ser tão complicada?
- Por que tem que ter vinte e cinco com humor de cinquenta?
Uma bota camurça de salto nunca foi tão bonita quanto ficava nela. Com os cabelos encaracolados jogando no ombro, uma saia preta de couro, e claro...
"Tempos difíceis não duram. Pessoas fortes duram."
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Quando Marie me entregou tudo que a mandei pesquisar sobre Tom Rillos fiquei instantaneamente surpreso com alguns fatores sobre Rillos.
Aos seus 16 anos ele foi internado em uma clínica psiquiatra, aparentemente Tom sofria com um distúrbio cerebral, mas nada que chegasse a ser muito sério. Ele ficou lá até os seus 18 anos, depois disso saiu. O problema foi encontrando em uma ocasião aonde Rillos correu atrás de um do seus colegas com uma faca.
Os professores falaram também que o comportamento de Tom não era normal como dos outros adolescentes da sua idade. O cara não tinha amigos e também descobriu que o mesmo sofreu de pressão psicológica durante todo colegial.
Ele também é réu primário, nunca foi preso, nenhum indício de algo ilegal, tirando a parte da faca com o seu ex colega.
Pus todas as informações em cima da minha mesa, eu pude ter a certeza que a vida de Tom não era fácil e não era culpa dele. As pessoas podem ser um poço na vidas dos outros e vejo que Tom não teve a sorte de ter ajuda de algum amigo.
Eu precisava arrumar tudo aquilo em uma pasta. Prometi para Any que iria no desfile de moda da Joalin e já estava atrasado.
Achei que tinha ouvido alguns passos do lado de fora da minha sala, mas quando me virei não tinha ninguém. Continuei guardado os documentos na pasta até ouvir um barulho de uma arma bem perto de mim.
- Não se mexa! - talvez a minha opinião de coitado do Rillos tenha mudado no mesmo segundo que o cano de sua arma estava apontando na minha cabeça.
- Acho que você me pegou, Rillos.
- Sem gracinha. Mãos para o alto! - olhei para ele e o mesmo estava com uma máscara preta que cobria todo seu rosto menos seus olhos.
- Não me diga que ficou tão irritado comigo ao ponto de querer me matar?
- Tem outros motivos. - pegou algemas do seu bolso e colocou nos meus pulsos. - Agora, que tal um cochilo?
Só senti o coronha de sua arma batendo com tudo na minha cabeça...
{...}
Meus olhos pareciam arder e minha cabeça rodava parecendo que eu tinha tomado todas e estava no dia seguinte com uma ressaca do cão.
Assim que forcei meus olhos percebi que tinha pouca iluminação, a luz era amarelada. Eu estava em uma cadeira e os braços atrás da cadeira ainda com as algemas.
Pra mim não era difícil de sair daqueles algemas o negócio era, aonde o meu inimigo estava e será que ele poderia estar observando a minha tentativa de fuga?
Dei uma olhada em volta e não tinha ideia de onde era aquilo, talvez um galpão. A luz não estava forte o suficiente para eu ter certeza.
- Acho que o detetive não é tão bom assim não é? - ouvi a voz de Tom se aproximar de onde eu estava.
