The viscount's secrets [C O N C L U Í D A ]

•Capítulo Dezesseis

Ficamos sabendo que o casamento do duque de Clyvendon e da ex-Srta. Steele, embora simples, foi bastante agitado. A Srta. Katharine Steele (de 12 anos) contou à Srta. Felicity Rodriguez (de mesma idade) que a noiva e o noivo deram muitas risadas durante a cerimônia. A Srta. Felicity, então, repetiu a informação para a mãe, a Sra. Rodriguez, que por sua vez a repetiu para o mundo.

  Esta autora terá que confiar no relato da Srta. Katharine, já que não foi convidada para o evento.

  CRÔNICAS DA SOCIEDADE DE LADY WHISTLEDOWN,
  02 DE AGOSTO DE 1813

Anastácia

  Não haveria viagem de lua de mel. Afinal, não houvera tempo para planejar algo assim. Em vez disso, Christian sugeriu que eles passassem algumas semanas no castelo de Clyvendon, a sede ancestral dos Grey. Anastácia achou a ideia ótima. Estava ansiosa para se afastar de Londres, assim como dos olhos e ouvidos curiosos da sociedade.

  Além disso, estava estranhamente ansiosa para conhecer o lugar onde Christian fora criado.

  Ficou imaginando como ele era quando menino. Seria tão incontrolável como era agora, quando estava com ela? Ou será que tinha sido uma criança tranquila, com o comportamento reservado que demonstrava à maior parte das pessoas?

  O novo casal deixou a Casa Steele em meio a cumprimentos e abraços, e Christian  conduziu Anastácia à sua melhor carruagem. Apesar de ser verão, o ar estava fresco e ele colocou cuidadosamente um cobertor sobre as pernas dela. Anastácia riu.

  – Não é um pouco de exagero? – provocou ela. – Acho muito improvável que eu pegue um resfriado nos poucos quarteirões daqui até sua casa.

  Ele olhou para ela com um ar esquisito.

  – Nós estamos indo para Clyvendon.

  – Hoje?

  Ela não conseguiu disfarçar a surpresa. Tinha imaginado que iriam no dia seguinte. A aldeia de Clyvendon ficava perto de Hastings, na costa sudeste da Inglaterra. A tarde já estava chegando ao fim, de modo que eles só chegariam lá de madrugada.

  Não era a noite de núpcias que Anastácia havia imaginado.

  – Não é melhor passar a noite aqui em Londres e viajar amanhã? – perguntou ela.

  – Já está tudo acertado – resmungou ele.

  – Sei... – Anastácia  tentou com afinco esconder a decepção. Ficou em silêncio durante um minuto inteiro enquanto a carruagem entrava em movimento, sacolejando no solo formado por pedregulhos desiguais. Quando viraram na Park Lane, ela indagou: – Vamos parar em alguma hospedaria?

  – É claro – respondeu Christian. – Precisamos jantar. Eu não a deixaria faminta em nosso primeiro dia de casados, não é?

  – E nós vamos passar a noite nessa hospedaria? – insistiu Anastácia.