5 - Conhecendo

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Ao entrar na cozinha Doong-Son pegou três pratos e em silêncio colocou-os no balcão. Assim que sentiu o aroma do jantar, Narin levou a mão ao estômago. Não comeu nada na primeira refeição e mal comeu na segunda. Ainda estava com medo de Hee-Jin brigar por causa de Banker, mas suspeitava que ela não sabia.

Inacreditavelmente estava contando as horas para voltar a boate. Não conseguira falar com Jeong e aquilo a preocupava. Após se servir e agradecer pela comida, observou Ji-Hyun que comia tranquila. Na verdade, ela parecia bem à vontade ali e isso a deixava pensativa.

Será que depois de algum tempo realmente se acostumaria com a nova vida?

— Ji-Hyun – chamou-a recebendo a atenção. — Você está aqui há muito tempo?

— Não sei como isso pode ser da sua conta – retrucou, mas logo suspirou ao perceber o quão rabugenta saiu. — Ye – confirmou encarando-a. — Eu perdi os meus pais muito nova e, como não sabia fazer nada e tinha medo do mundo, me aliei ao Chung ahjussi. Aqui eu sabia que não me faltaria nada.

— Uma péssima escolha – Doong-Son retrucou fazendo a jovem fita-la. — Você é nova, deveria estar por aí estudando e trabalhando em um emprego normal como qualquer outro.

— É muito fácil falar isso agora – debochou cruzando os braços. — Eu vivia em um orfanato depois que meus pais, que nem os conheci, morreram. Quando fiquei grande me jogaram na rua como se eu fosse um lixo! Eu não sabia fazer nada! Nem estudo eu tenho, quem me daria emprego? Chung Hee-Joong me salvou e me deu uma identidade.

Calada Narin observava a guerra interna nos olhos da colega. Talvez relembrar aquilo fosse doloroso demais, então apenas se calou, não queria fazer a outra se lembrar do que não deveria. Estava apenas curiosa.

— Mas ainda dá tempo – a mais velha insistiu. — Quantos anos você tem?

— Vinte e quatro – respondeu voltando a comer —, mas amanhã faço vinte e cinco.

Sorrindo Doong-Son fitou Ji-Hyun.

— Parabéns! – disse recebendo um pequeno sorriso. — E você, Narin?

— Tenho vinte e quatro também.

— E sua data de nascimento?

Um pouco envergonhada, apenas negou com a cabeça.

— Eu não sei... não comemorávamos meu aniversário. Irmã Irene falava que não tinha o que comemorar, já que fui concebida pelo pecado.

— Que bizarro.

Ji-Hyun franziu o cenho pegando mais carne.

Um pigarro na entrada da cozinha, chamou a atenção de todas. Hee-Jin mantinha um pequeno sorriso e, andava em direção as três. Parando próxima a Narin, tocou-a nos cabelos.

— E como sabe que tem vinte e quatro anos?

Incerta se respondia ou não, fitou Ji-Hyun que acenou como se soubesse de seu questionamento.

— E-Eu comecei a contar os anos... ahjumma.

— Ah! Esperto da sua parte – elogiou, um pouco confusa, mas logo balançou a cabeça. — Então Doong-Son... como as duas se saíram?

No mesmo instante Ji-Hyun travou, pela manhã próximo do almoço ela deu uma escapada do serviço. Não suportava ficar na cozinha e agora o medo de ser dedurada. Xingou-se por não ter feito o serviço direito.

— Bem, ahjumma. As duas são bem atenciosas e obedientes.

Ao terminar de falar fitou Ji-Hyun que a encarou agradecida.

Forbidden Love: Destinada a um assassino - Vol. 1Onde histórias criam vida. Descubra agora