Capítulo 8- Brincando com fogo

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Shawn
Shawn deixou Nathaly na saída do elevador e se encaminhou para a sala do Dr. Moura. Ele caminhava calmamente cumprimentando as pessoas pelo caminho, mas por dentro ele sorria. Ele tinha conseguido a resposta que desejava de Nathaly, ele jogara com seu instinto e vencera daquela vez. Ela não era tão indiferente a ele quanto queria aparentar. Mas fingia que a presença dele não lhe causava nenhum tipo de reação, porém seu corpo a denunciou.
Nathaly sentia o mesmo tipo de atração que ele, mas teimosamente não queria admitir, e Shawn não entendia por que.  Ele sentira sua entrega e seu beijo fora incrivelmente sensual como se estivesse esperando por aquilo tanto quanto ele, a diferença era que Shawn não tinha medo de reconhecer que a queria, embora não tivera dito com todas as letras mas sua maneira de beijá-la e tocá-la sugeria exatamente isso, e Nathaly se recusava a entender que a sua reação à ele era porque também o queria. Então, por que era tão ruim para ela dizer o que sentia? Por que fugia de seus próprios sentimentos? Pelo que ele sabia ela não tinha compromisso com ninguém e ele também estava sozinho, então por que negar a si mesmos o prazer da companhia um do outro? Podiam se divertir muito juntos, pois Shawn achava Nathaly extremamente interessante e linda.
Era verdade que não viera ao Brasil com a intenção de se relacionar com alguém, mas estar com ela lhe mostrava o quanto andava se sentindo sozinho. Shawn ia de cidade a cidade, trabalhando noite após noite, e de repente se divertir, conhecer pessoas se tornara uma raridade. Nathaly era vibrante e tão cheia de vida que o contagiava, quando estava perto dela não conseguia parar de rir. Ela tinha um senso de humor maravilhoso mesmo quando olhava para ele com raiva, Shawn sentia toda aquela energia vinda dela. Era quase impossível não se encantar por Nathaly, mesmo quando ela fazia de tudo para ele não se aproximar, e Shawn queria conhecê-la mais, queria passar, mais tempo em sua companhia, e essa turnê ia lhe proporcionaria exatamente isso, fora um presente inesperado que o deixara extremamente animado. Ele ia adorar fazê-la confiar nele, lhe mostrando um lado de si mesmo que as câmeras escondiam. Shawn ia mostrar a Nathaly que ele era mais do que um cantor pop famoso, ele ia lhe mostrar quem ele era de verdade longe de toda aquela áurea de fama e celebridade.
Shawn chegou até a porta que lhe indicaram onde o Sr. Moura e Andrew estariam. Bateu de leve e entrou assim que ouviu a voz de comando de Cláudio Moura dando-lhe permissão para entrar. Quando ele viu que era Shawn, se levantou da mesa onde estava envolvido em uma conversa bastante animada com seu empresário enquanto  bebiam uísque.
- E então, tudo acertado? - ele perguntou oferecendo uma cadeira para Shawn que ele recusou.
- Quase. Fiquei de lugar para Nathaly mais tarde para acertar os detalhes do trabalho.
- Ótimo.  Peço apenas que não se importe com a acidez de Nathaly. Ela parece osso duro de roer, mas é uma tremenda profissional e tem um grande coração também. – O Sr. Moura fez uma pausa, depois continuou- ela não era assim alguns anos atrás, mas a tragédia pela qual ela passou a modificou completamente.  O que é uma pena, pois ela costumava ser uma moça tão feliz e apaixonada pela vida.
Shawn ouviu tudo aquilo com bastante interesse, e se perguntou sobre que tipo de tragédia o Sr. Moura estava falando. Queria saber mais, pois assim compreenderia muitas das atitudes que Nathaly tinha em relação a ele. Mas, o homem não disse mais nada, e ele não quis mostrar o quanto Nathaly o interessava, especialmente porque Andrew olhava para ele observando-o atentamente.
- Bem, esperamos que acertem todos os pormenores que faltam, e comecem finalmente a trabalhar juntos.
- Claro. Obrigado por tudo. – Shawn disse se despedindo do chefe de Nathaly com um aperto de mão.
Andrew esperou até que estivessem do lado de fora para dizer.
- Você pensa que me engana, Shawn? Você está interessado nessa garota não está? - Shawn não disse nada e ele insistiu
-Por acaso essa é a garota a qual você me fez vasculhar a cidade inteira até encontrá-la?
- E se for? -  Shawn olhou desafiante para ele.
- Você tem que pensar que não vamos ficar aqui por muito tempo, e que agora ela vai trabalhar com você, e acho que um envolvimento emocional só poderia atrapalhar nesse caso.
- Fique tranquilo, Andrew. Nada vai atrapalhar o trabalho.- ele disse sorrindo.
- Shawn, estou falando sério. – Andrew continuou.
- Eu também - E Shawn deu o assunto por encerrado. Andrew entendeu o recado e parou de insistir. Quando Shawn agia assim era melhor deixar para lá, pois Andrew sabia que ele somente faria o que quisesse fazer. Argumentar com ele não surtia nenhum efeito.
No fundo Shawn sabia que Andrew sempre agia em favor da carreira dele e de seus interesses, e ele lhe era grato por isso. O que ele não admitia era que Andrew quisesse se meter em sua vida amorosa lhe dizendo o que fazer, com quem sair e quando sair, nunca lhe dera essa liberdade e nunca daria.
Voltaram para o hotel e Shawn aproveitou para descansar. Não teria coletiva de fãs aquele dia, e seu show começaria bem tarde, então ele resolveu tirar o dia para compor algumas canções novas e também responder a algumas mensagens. Quando a tarde chegou, ele ligou para Nathaly para combinar seu plano de trabalho nos próximos dias, e como ele esperava ela não o atendeu, deixando que sua assistente acertasse com Shawn sua agenda do dia seguinte.
Então, ela queria jogar? Ele se perguntou assim que desligou no telefone. Se ela pensava que agindo daquela forma, ignorando-o ele desistiria, ela estava muito enganada. Ele iria jogar, mas pelos seus próprios termos e regras, e mostraria a Nathaly quem tinha todas as cartas na mão. Uma coisa ele não poderia negar, Nathaly não era nada entediante, e toda aquela história entre eles estava ficando cada vez mais interessante.
Sorrindo, ele foi tomar banho, se lembrando do momento deles no elevador. Não tivera a intenção de tocá-la em um lugar tão impessoal, mas sempre que ela o desafiava, Shawn acabava fazendo algo inesperado até para ele mesmo. Elevadores nunca foram seus lugares preferidos de beijar uma garota, ainda mais uma tão intensa quanto Nathaly. Ela quase o queimara no seu fogo, e faltara muito pouco para ele quase perder o controle quando tocara aquela pele aveludada dela como pêssego maduro. Ele apenas imaginava que se ela reagia assim quando estava com raiva dele, como então reagiria no calor da paixão?
Seus sentidos se aguçavam quando estava com ela, e se sentia extremamente estimulado quando ela o provocava com seu olhar cheio de fúria, suas opiniões inteligentes, e seus comentários irônicos. Shawn imaginava quantos segredos ela escondia sobre si mesma. O chefe dela dissera que ela tivera uma tragédia em sua vida, e ele se perguntava se era por isso que ela vivia na defensiva toda vez que ele lhe fazia perguntas mais íntimas. Do que será que ela tinha medo? E o que isso tinha a ver com ele? Shawn saiu do chuveiro e se vestiu rapidamente, pediu um lanche e saiu para o show daquela noite acompanhado de Andrew.
Como sempre a plateia estava vibrante e a troca de energia entre ele e seu público foi incrível, No final daquela noite estava exausto, porém estava estranhamente agitado e não conseguia pegar no sono com a mesma facilidade de sempre. Ele estava ansioso pelo dia seguinte, quando começaria a trabalhar em companhia de Nathaly, e saber que a teria o dia todo ao seu lado mexia com seus hormônios masculinos de um jeito louco. Ele tinha que tomar cuidado, senão colocaria tudo a perder, e não queria estragar tudo antes mesmo de começar. Precisava se manter calmo e senhor absoluto de suas emoções se quisesse fazer seu plano funcionar. Depois de horas insones, ele adormeceu, mas seus sonhos foram povoados por imagens de Nathaly que o provocaram a noite inteira.
No dia seguinte, logo após o café, eles se encontraram no hotel de Shawn, e como sempre ela estava maravilhosa. Ela prendera seu cabelo cacheado de um lado com uma presilha brilhante, deixando à mostra seu rosto delicado de traços perfeitos, ela quase não usava maquiagem, a não ser por um batom rosa que realçava os lábios dela, Nathaly usava calça jeans justa e blusa azul que modelava a curva de seus seios e como usava sapatilhas, ela quase não alcançava o peito dele,
Shawn a cumprimentou com um sorriso, e viu que ela parecia pouco à vontade com a presença dele, mas logo ela deixou de lado seu desconforto para dar lugar a profissional competente que ela era. Passaram o dia todo juntos, e registrou cada momento dos compromissos dele, pois teria que compartilhar todos os detalhes no blog do jornal que depois transmitiria cada instante que ela registrara para outros meios de comunicação e mídia. Assim, tudo transcorreu como o esperado, sem nenhuma surpresa desagradável pelo caminho. Almoçaram juntos em um restaurante, e Nathaly parecia menos nervosa, e conversou normalmente enquanto saboreavam um delicioso pavê de chocolate como sobremesa.
Shawn não teria show aquele dia, por isso, ela conseguira marcar para ele um programa de televisão, onde ele participaria de uma entrevista, e depois cantaria alguns de seus sucessos para um auditório seletivo de fãs.
No horário marcado Shawn apareceu no programa e foi recebido por uma apresentadora jovem e bonita. Ela era um pouco atrevida também, pois fez diversas perguntas picantes a Shawn que o deixaram pouco constrangido, mas conseguira tirar de letra com seu costumeiro bom humor, enquanto tentava não se sentir incomodado pelo fato de a apresentadora estar sentada tão próxima dele, que Shawn conseguia sentir seu perfume desagradavelmente forte. Ás vezes, ele olhava de esgueira para Nathaly que exibia uma expressão séria e um ar nada amistoso.
Quando a mal fadada entrevista terminara, Shawn respirou aliviado. A única parte que gostara fora quando cantara suas músicas acompanhado da plateia animada que o seguia sabendo cada linha de cor. Depois disso, ele simplesmente se despedira de todos rapidamente, tentando se livrar logo da apresentadora que arrumava qualquer motivo para colocar suas mãos nele.
Quando eles deixaram o estúdio de televisão, uma chuva forte caía. Nathaly pouco falara com ele, pois parecia mais interessada em editar as cenas do programa que ela filmara. Ao pisarem no saguão do hotel, a chuva não dava indícios de que iria ceder, e eles viram pelo noticiário, que seria impossível transitar pela cidade de São Paulo em meio aquele temporal, pois seria extremamente perigoso. Então, Shawn disse para Nathaly:
-  Acho que seria melhor você passar a noite aqui.
- Só que eu não trouxe nada comigo. Como vou poder ficar aqui?
- Eu darei um jeito.- Shawn respondeu.
O hotel estava lotado, por isso, não havia quartos livres, e Shawn resolveu o problema dizendo a Nathaly que dormiriam juntos.
- Como assim? - ela perguntou preocupada.
- Vem, você pode ficar em meu quarto. Estou em uma suíte enorme, onde tem um quarto conjugado. Você ficará muito bem instalada-  Nathaly pareceu ficar indecisa, e olhou para ele por alguns segundos:
- Não acho que seja uma boa ideia.
-  Para quem?
- Para nós dois. – Ela respondeu séria.
- Por que? Tem medo de não resistir ao meu charme?
- Não se trata disso – E Shawn sabia que era exatamente sobre isso que aquilo se tratava.
- Nathaly, eu prometo que você estará segura lá. Não vou agarrá-la no meio da noite.- ele disse tentando ser engraçado, mas ela não riu.
- Não achei que faria isso, só não quero tirar sua privacidade.
- Não se preocupe, será só por uma noite. Isso não me atrapalha em nada.
- Está bem, eu aceito - ela sorriu de leve.
Shawn a levou até o quarto. Ela se surpreendeu com o tamanho, pois era duas vezes maior que o seu quarto no apartamento e bastante luxuoso também.
- Creio que deve ter algo para você vestir nos armários.  Vou deixá-la para que se sinta mais à vontade.
-  Obrigada. Você tem mesmo certeza que não vou atrapalhar? – Ela parecia ainda estar na dúvida sobre a decisão que tomara em ficar ali.
- Claro que não. Pare de se preocupar com isso.- ele saiu e deixou Nathaly sozinha, indo para o seu próprio quarto.
Shawn tomou uma ducha rápida, e colocou shorts e camiseta branca. Adorava ficar à vontade quando não tinha que sair para algum evento ou show. Quando estava em casa preferia sempre bermudas, chinelos e ficava a maior parte do tempo sem camisa se o tempo permitisse, e seguia esta mesma rotina quando estava em um quarto de hotel. Na verdade, não ligava muito para roupas, não era fissurado em moda, usava o básico e apenas se aventurava em outras coisas quando estava representando alguma marca famosa, fora isso. Shawn gostava de se vestir como todo mundo da sua idade.
Ele olhou no relógio e viu que estava perto das nove da noite, e percebeu que se esquecera de perguntar a Nathaly se ela gostaria de jantar. Foi até o quarto dela e bateu na porta, mas ninguém respondeu.  Ele girou a maçaneta e percebeu que a porta estava aberta, assim resolveu entrar, fechando-a atrás de si. Ouviu um barulho e imaginou que fosse Nathaly e disse com a voz aninada:
- Nathaly, você gostaria de …- a voz ficou rouca e falhou quando ele viu que ela saíra do banheiro enrolada apenas em uma toalha. Nathaly ficou parada no meio do quarto como se estivesse paralisada pela presença dele ali.
O olhar de Shawn percorreu-a de cima a baixo, registrando cada detalhe da aparência dela. Seus cabelos curtos e encaracolados estavam molhados do banho, por isso, gotas de água escorriam deles pelo pescoço e desapareciam dentro da toalha que ela usava para esconder seu corpo nu. A pele estava deliciosamente rosada pelo vapor do chuveiro, e os lábios entreabertos eram um convite para um beijo.
Ele se aproximou devagar, pois não queria assustá-la. Chegou bem perto sem desviar seus olhos dos dela, e disse se recuperando da mudez que momentaneamente tinha tomado conta dele.
- Eu queria saber se gostaria de jantar comigo.- ele estendeu a mão e seguiu com o dedo uma gotícula de água que descia pelo pescoço de Nathaly e se alojava no colo dela exposto aos seus olhos.
- Não estou com fome - Ela respondeu fechando os olhos ai sentir aquela carícia suave, mas ousada em sua pele.
- Quer que eu peça algo para você comer aqui no quarto? – ele tornou a perguntar, suas mãos puxando-a para seus braços, e depositando-as na cintura dela.
- Não. – Ela respondeu ainda de olhos fechados.
- Abra os olhos.  – Ele pediu baixinho e ela obedeceu, fixando seu olhar quase verde no castanho dos dele.
- Você tem noção do quanto é linda, Nathaly? Seu perfume é delicioso, e sua pele é tão macia. – Ele se aproximou mais ainda, para sentir o aroma embriagador que vinha dela, e seus lábios ficaram tão próximos que quase se tocavam. Ele percebeu a respiração dela ficar irregular ao mesmo tempo em que toda a pele dela se arrepiava ao som da voz dele. Shawn a beijou, pois não conseguia mais controlar seu desejo por ela, suas mãos a acariciavam por sobre a toalha, que era o único obstáculo para que ele tivesse acesso ao corpo todo dela. Ele a queria desde a primeira vez que a tinha visto naquela coletiva de fãs, e desde então ela não sairá mais de seus pensamentos.
Ele desceu um pouco a toalha que ela tentava manter firmemente presa ao seu corpo e deixou os seios dela livres, para que pudesse explorá-lo como quisesse. E ele o fez com seus lábios e suas mãos deixando-a maluca com cada carícia, porém, quando um gemido baixo saiu dos lábios dela, Shawn percebeu o que estava fazendo. Se afastou dela sem aviso, e teve a impressão de ver um brilho de magoado dentro dos olhos de Nathaly que não pôde comprovar, pois logo desapareceu.  Ele não a trouxera ali para seduzi-la e não faria isso sem o consentimento dela. Quando fizessem amor, ele queria que fosse de comum acordo, queria que Nathaly lhe pedisse, ele não ia usar a atração que sentiam um pelo outro para ter o que queria somente para seu próprio prazer. Queria vê-la entregue em seus braços, queria ouvi-la implorar por ele, queria que ela fosse dele, mas sem se aproveitar de um momento tão vulnerável como aquele.
- Me desculpe, Nathaly. De novo me comportei de maneira leviana. Não vim até seu quarto para isso. Eu passei dos limites novamente.
- Tudo bem. Eu também fui pega de surpresa. Eu não esperava tudo isso.  – Ela apontou para si mesma e Shawn. – Acho que estou cansada e se você não se importa eu gostaria de descansar agora. – quando ela falou, Shawn teve a impressão que a voz soara um pouco embargada, como se ela quisesse chorar. Então, achou melhor deixá-la sozinha, já a tinha testado  demais por uma noite.
- Claro. Boa noite.  – ele voltou para o quarto dele, certo de que tinha agido da maneira correta, embora seu corpo dissesse o contrário.
Quando entrara no quarto dela, ele não tivera a intenção de tocá-la, mas a imagem dela quase nua, enrolada em uma toalha confundiu sua cabeça, deixando-o apenas consciente da beleza e sensualidade dela. Não tinha dúvidas nenhuma de que Nathaly mexia com ele de um jeito nada prudente, e sempre que a tinha em seus braços ele acabava perdendo a cabeça.  Tinha algo em Nathaly que o atraía mais do que ele pensara, e estava louco para descobrir se a afetava da mesma maneira. A atração entre eles era evidente, mas havia algo mais por trás daqueles sentimentos que o empurravam em direção a ela,  e precisava saber se ela conseguia perceber aquilo também.
Foi para cama se preparando para a noite insone que teria, pois seu corpo falava uma linguagem diferente de sua cabeça e estava tendo problemas para acalmá-lo, ainda mais por saber que Nathaly estava no quarto ao lado.
Algumas horas haviam se passado, quando ele ouviu um grito. Levantou correndo com o coração disparado, e foi direto para o quarto de Nathaly, que estava sentada na cama, abraçando os joelhos e chorando muito, ele tinha certeza que ouviu-a gritar “Michael, ” e ele se perguntou quem poderia ser. Mas, deixou esse pensamento de lado e se concentrou na garota que chorava copiosamente a sua frente, e que precisava dele naquele momento.
- Calma, Nathaly.  Estou aqui.- ele a tomou em seus braços, consciente demais do corpo dela apenas coberto por uma camisola fina e curta. “ Se controle, Shawn', ele se repreendeu mentalmente, aquele não era o.momento para se deixar levar pelo seu desejo.
Ele a embalou como se ninasse uma criança, enquanto ela se agarrava a ele como se ele fosse o único capaz de salvá-la da escuridão de seu pesadelo. As lágrimas dela molharam sua camiseta branca, mas ele não se importou, por que tudo o que queria era dar a Nathaly o consolo que ela precisava, e afastar qualquer fantasma que pudesse tê-la assustado durante o sono. Ele não soube quanto tempo ficaram assim abraçados. Quando percebeu que ela estava mais calma, ele se levantou para voltar para o próprio quarto, mas ela lhe segurou a mão e disse:
, - Por favor fique. Não quero passar essa noite sozinha. - o olhar que ela lhe lançou o fez perceber o quanto ela estava vulnerável, e isso o convenceu. Muito embora, sua cabeça lhe dissesse que aquilo era uma ideia ruim. Então, ele se deitou com ela novamente, enquanto Nathaly colocava sua cabeça apoiada no peito dele e assim ele adormeceu com ela em seus braços.















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