Capítulo 14- Quando me apaixono.

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Nathaly e Shawn

Nathaly acordou na cama de Shawn aquela manhã se sentindo incrivelmente em paz. Ela olhou para o lado e percebeu que ele já tinha se levantado então, ela se espreguiçou alongando seus membros, o corpo todo satisfeito depois da noite de amor que tivera com Shawn. Céus! Aquele homem era uma delícia, e fazer amor com ele era uma das melhores coisas que já tinha experimentado em anos. Ele era vibrante, apaixonado   e se preocupava tanto em dar prazer quanto ter prazer. E isso era raro em um homem, pelo menos os que ela conhecia estavam mais preocupados em sua satisfação própria do que o de sua parceira.
Shawn era completamente diferente, a cada toque e a cada beijo ele olhava para ela e sorria ao vê-la completamente louca com suas mãos deslizando pelo corpo dela como se ela fosse uma obra de arte que precisasse ser tratada como algo raro e precioso  Não era apenas luxúria que via naqueles olhos castanhos, quando a língua dele a tocava em lugares que sequer imaginara que sentiria algum prazer, mas também satisfação por provocar em Nathaly sensações incríveis e poderosas, que a faziam gemer o nome dele cheia de paixão.  
E por mais incrível que isso pudesse ser, ele parecia sentir mais prazer quando tocava Nathaly do que quando era tocado. Era como se estar no controle da situação lhe desde uma satisfação imensa, era como se ter Nathaly implorando para que ele a possuísse o fizesse chegar no auge do seu desejo.
E como ele sabia despertar o lado mais selvagem de Nathaly. Ela nunca fora tão passional, pois quando fazia sexo com alguém era sempre pela satisfação física.  Nathaly sempre pensara que esse tipo de intimidade entre duas pessoas era algo normal da vida, algo que acontecia entre casais para procriação ou por necessidade do próprio corpo.Com Michael, sempre fora bom porque eles se amavam, mas ela nunca sentira aquele furacão de emoções que Shawn a fazia sentir. Ele tinha mãos mágicas que faziam seu corpo se  derreter ao toque de seus dedos, e um físico, que pelos deuses, a deixava excitada só de olhar para ele, e aquela boca divina, rosada e tão carnuda que a levava ao delírio só com um beijo era a personificação do pecado.
Ele nunca encontrara um homem que fosse tantas coisas ao mesmo tempo. Shawn Mendes era sensual, lindo, carinhoso, divertido, e se não bastasse era uma das pessoas mais generosas que ela conhecia. Nathaly o vinha observando a algum tempo e sempre se espantava com a maneira como ele falava com as fãs, se aproximava delas como se fossem suas velhas amigas, falava com elas de maneira simpática, sorria, estava sempre de bom humor, nunca recusava uma foto. Era algo realmente incrível de se ver.
No início de sua carreira como jornalista, Nathaly cobrira algumas reportagens que a fizeram conviver com gente famosa, e a maioria não tinha metade da empatia que Shawn tinha com seu público. Eram tão cheias de si que desprezam tudo e a todos como se estivessem acima do bem e do mal, mas Shawn Mendes nada tinha dessa arrogância, ele era a mesma pessoa em público ou na intimidade de seu quarto. Um barulho na porta fez Nathaly abandonar seus pensamentos, e quando Shawn Mendes entrou, ela respirou fundo.
Ele devia ter estado se exercitando, pois ele tinha retirado a camisa e a pendurado em seu ombro, exibindo seu dorso nu que brilhava com gotículas de suor escorrendo devagar pelo seu abdômen perfeito. Os cabelos também estavam molhados grudados em sua testa, e o olhar que ele lhe lançou ao vê-la acordada, a fez pensar no quanto ele estava gostoso parado ali na sua frente, e mordendo o lábio inferior como se estivesse tendo pensamentos sacanas ao seu respeito ao mesmo tempo. Ela tentou desviar o olhar, mas ele a hipnotizava enquanto se aproximava da cama como um gato a observar a sua presa.
- Então, a bela adormecida acordou.- ele se sentou do lado dela na cama com os olhos fixos no rosto dela.
- Faz tempo que você se levantou? - ela perguntou enquanto Shawn estendia a mão e tocava o rosto dela acariciando -o com suavemente.
- Sim. Fui correr um pouco. Quis me exercitar antes de viajarmos a Madri.- ele chegou mais perto, e o coração de Nathaly disparou de repente.
Deus! O que estava acontecendo com ela? Ela nunca se sentira tão incapaz de resistir a alguém quanto agora. Nathaly sabia que tinha que se levantar, arrumar as malas para a viagem, mas o olhar de Shawn a impedia, prendendo-a aos encantos dele como se falasse com ela em uma língua somente conhecida pelos dois. Ela não protestou nem mesmo quando ele puxou o lençol deixando o corpo dela exposto aos olhos dele.
- Como você é linda Nathaly! Eu poderia passar a manhã todo olhando para você. – Shawn disse com a voz rouca, descendo sua mão direita pelo corpo dela, fazendo Nathaly arfar baixinho.
- Por que não me acordou mais cedo? - ela disse tentando esconder dele como a afetava aquele toque tão sutil, mas sua pele arrepiada a denunciava, e ele sorriu ao vê-la apertar as pernas inquieta.
- Não é óbvio? Se eu te acordasse não conseguiria sair da cama.- ele respondeu a pergunta dela, acariciando a parte interna de sua coxa. Ele a estava deixando louca, ansiosa pelo beijo que não vinha. Precisava dele agora ou ia acabar implorando que ele a tomasse nos braços, e a amasse de novo como na noite anterior.
Impaciente, ela o puxou para ela, beijando-o com desespero, e quando suas mãos desceram pelo peito de Shawn, avançando ousadamente até seu abdômen, louca para tocá-lo mais intimamente, ele a interrompeu desgrudando os lábios do dela, dizendo:
- Baby, não faça isso, ou não respondo por mim. Não temos tempo para isso agora, e se eu começar a te tocar, não vou conseguir parar e temos que viajar daqui a pouco.
Nathaly olhou para ele frustrada, mas assentiu com a cabeça.  Se levantou da cama e fez menção de ir ao banheiro, mas Shawn segurou em seu pulso impedindo-a de se mover.
- Não fique brava comigo. Prometo que vou te compensar depois.
- Tudo bem, Shawn. Não estou brava, é só que…. Ela não sabia o que dizer, pois não sabia explicar o que estava sentindo. Pela primeira vez na vida ela estava tão maluca por um homem que não conseguia controlar seu próprio corpo. Shawn a fazia se sentir confusa.  Queria entender o que sentia por ele, mas era difícil compreender todas aquelas emoções que se misturavam dentro dela. Ela o queria, isso estava claro para ela, mas havia algo mais que ela ainda não conseguia identificar. Ela nunca quisera alguém do lado dela como queria aquele homem. Depois de anos vivendo sozinha e sendo auto-suficiente, ela começava se questionar se queria continuar sozinha, mas pensar em ter uma vida ao lado de Shawn era algo incerto. Nunca falaram de compromisso, nem sabia classificar o que tinham. Não eram namorados, não eram amigos, a única coisa que talvez pudesse dizer era que eram amantes, e muito bons por sinal, o que a fazia se perguntar como seria ter Shawn como namorado? Trocar mensagens carinhosas, jantar a luz de velas, fins de semana enroscados um no outro assistindo um filme na TV ou apenas dormir abraçados sem se preocupar com nada mais?
De repente, Nathaly se deu conta do que estava pensando e balançou a cabeça, imaginando se estava ficando maluca ou se era o efeito que aquele homem à sua frente causava nela.
- Você não vai terminar o que ia dizer? - Shawn perguntou acariciando com o polegar o pulso dela.
- Não era nada importante. Vou tomar banho, e estarei pronta em cinco minutos.- ela se encaminhou par o chuveiro, rezando para que ele não a seguisse dessa vez, pois ela sabia o que aconteceria e precisava ordenar seus pensamentos.
Shawn observou-a caminhar para o banheiro e sentiu seus sentidos se aguçarem. Aquela garota conseguira em um minuto o que poucas conseguiram em quinze, excitá-lo sem que se realmente se esforçasse para aquilo. Nathaly era linda, da cabeça aos pés, e ele não conseguia tirá-la da cabeça e nem do seu coração. Se rendera ao inevitável, depois de amá-la na noite passada. Enquanto ela dormia serena em seus braços, ficara um bom tempo olhando para ela e descobrira naquele instante que estava apaixonado irremediavelmente.
Desde a primeira vez que a vira na conferência de fãs ele se encantara por ela, e tentara se enganar toda vez que a tocara, dizendo a si mesmo que era atração física o que sentia, mas no fundo ele reconhecia que nenhuma garota o fizera se sentir assim antes. Seu desejo por ela era insaciável e precisava sempre se lembrar que era importante que fosse devagar, e não apressasse as coisas, pois ela poderia se assustar e querer se afastar dele, e sinceramente, ele não mais conseguia se ver longe dela.
Nathaly era uma combinação de várias coisas que juntas a tornavam especial. Ela era complicada, mas doce, irônica e malcriada, ao mesmo tempo em que era tão quente e sensual que o fazia arder por ela o dia inteiro. Quando estavam separados ele ficava se lembrando de como era fazer amor com ela, de como ela o beijava e tocava, e de como ela o fazia se sentir depois de fazerem amor. Estava cada vez mais louco por ela, e isso o fazia se perguntar como faria aquilo dar certo. Não a queria apenas em sua cama, a queria em sua vida, e isso era um pouco complicado de conseguir. Não sabia se Nathaly queria o mesmo que ele, não sabia o que ela realmente desejava. A única coisa da qual tinha certeza era que ele a afetava fisicamente, e que seus corpos se encaixavam perfeitamente, mas ela nunca falava de seus sentimentos, então, Shawn não  sabia o que pensar.
O passado ainda fazia parte da vida dela, e Nathaly não se libertara do fantasma de seu noivo, e isso a fazia sofrer imensamente. Shawn podia ver em seus olhos a dor quando sem querer alguma coisa a lembrava dele, e ele detestava ver a agonia dela quando despertava de seus pesadelos. Ele queria ajudá-la, mas não sabia como. Shawn já a vira chorar escondido em vários momentos, mesmo quando se fazia de forte, ele conseguia ver sua fragilidade extrema.
O sofrimento fazia coisas engraçadas com as pessoas, as deixava vulneráveis ou amarguradas, incapazes às vezes de enfrentar os próprios traumas, fazendo-as se esconderem dentro de si mesmas. Ele nunca passara por algo assim, nunca perdera ninguém tão próximo para poder compreender o que Nathaly sentia realmente, mas ele conseguia imaginar que não era uma coisa que alguém pudesse passar sem carregar consigo alguma cicatriz. O problema era que após três anos Nathaly ainda tinha sua ferida aberta, e por conta de sua profundidade a fazia sofrer o dobro. Como Shawn queria não vê-la naquela situação. Como gostaria de apagar tudo de ruim que ela vivera até ali, e fazê-la sorrir mais vezes, mas a única coisa que podia fazer era ficar do lado dela e lhe oferecer um ombro amigo, quando o fardo fosse pesado demais para ela suportar.
Ela saiu do banheiro já vestida, os cabelos úmidos do banho se encaracolando ao redor do rosto delicado. Ela olhou surpresa para a mesa perto da janela já estar posta com o café da manhã e disse:
- Você parece que quer alimentar um batalhão.
- Eu quero ter certeza que você vai se alimentar direito, pois tenho observado nos últimos dias que você só tem beliscado a comida.
Nathaly sentiu um aperto na garganta. Só mesmo Shawn para prestar atenção em algo assim, e ele a emocionava por cuidar dela daquela maneira, quando fazia anos que ela só podia contar consigo mesma para pensar em seu bem-estar. Era um sentimento único ter alguém que se importava com os pequenos detalhes e que a fazia se sentir especial.
- Você sabe que não vou comer tudo isso, não é? - ela disse sentando na cadeira que ele puxara para ela.
- Eu não me importo com o que você vai comer, quero apenas que se alimente e que traga um pouco de cor para esse rosto que tem estado pálido nos últimos dias. Eu sei que tem sido difícil para você, Nathaly. Mas, quero que saiba que não está sozinha, eu estou aqui. Apenas segure em minha mão e eu nunca vou largá-la. Me deixe cuidar de você. – Shawn acariciou o rosto dela e Nathaly fixou seu olhar no dele. Havia tanta coisa dentro daqueles olhos castanhos, tantos sentimentos, tantas palavras, e foi neste instante que descobriu que estava apaixonada.
A descoberta fez com que engolisse em seco, enquanto seu coração suspirava feliz. Estava apaixonada por Shawn Mendes e se perguntava quando isso acontecera? Como deixara acontecer? Estava apavorada, pois não sabia aonde esse sentimento a levaria. Não estava em seus planos se sentir dessa maneira a respeito dele, mas por mais que lutasse, não conseguiu evitar que seu coração batesse por ele. Por que ele tinha que ser tão maravilhoso? Tão preocupado, tão presente e tão lindo? Ela não conseguira deixar seus sentimentos fora do relacionamento que estavam tendo. Quando fizeram amor pela primeira vez, ela quisera apenas aliviar o vazio de sua alma, mas agora quando se entregava para ele era porque o amava. Como não percebera isso antes? Como lidaria com isso agora? Não podia deixar que Shawn percebesse, ou estaria perdida.
- Você não está comendo nada, Nathaly. – Shawn disse interrompendo seus pensamentos.
- Desculpe, – ela pegou uma torrada, passou geleia nela, e comeu devagar acompanhada de uma xícara de café.
- Estava penando. Chegaremos hoje à tarde em Madri, e só terei show na quinta –feira. O que acha de irmos a Ibiza?
- Ibiza é linda, Shawn. Estive com meu pai várias vezes lá quando eu era adolescente, mas depois de adulta nunca mais voltei.- Nathaly comentou, tentando não se deixar seduzir pelo sorriso lindo que tinha no rosto.
- Então faremos isso. Faz tempo que não curto a praia, e realmente preciso de momentos assim para relaxar. – ele olhou no relógio e depois disse.
- Temos exatamente quarenta e cinco minutos para ficarmos prontos para a viagem.
- Vou arrumar as malas e te encontro no saguão do hotel em vinte minutos. – Nathaly disse tomando o último gole de café da sua xícara,
-  Está combinado.- ele disse, e assim que Nathaly se levantou e começou a caminhar em direção a porta, ele a puxou para seus braços e disse:
- Está esquecendo de algo. – e a beijou deixando-a tonta com o coração disparado. Ele a soltou e Nathaly foi direto para o seu quarto, pensando que nunca se acostumaria com esses gestos de carinho de Shawn. Ela sabia que ele fazia isso porque era algo natural dele, o que deveria acontecer com toda namorada que ele tivera, por isso ela não devia ficar animada, achando que era somente com ela que ele agia assim.
Por mais que esse pensamento a incomodasse, Nathaly prometeu a si mesma que manteria seus sentimentos em segredo, não queria sofrer e quanto mais cedo entendesse que seu amor por Shawn era algo do qual ele não deveria saber, melhor seria. Shawn nunca seria seu, tinha que se lembrar disso para não cair nas armadilhas do seu coração.
Em vinte minutos estava pronta como prometera para Shawn, e foram direto para o aeroporto. Pelo menos daquela vez viajariam de dia, e Nathaly não teria que passar por toda tensão do voo que tivera da última vez. Shawn avisara Andrew que iriam para Ibiza, e ele aprovara a ideia. A equipe toda precisava relaxar depois de todos aqueles dias de correria por causa da turnê.
Eles fizeram o check in no hotel confirmando suas reservas, e logo que chegaram nos quartos, Shawn disse:
- Fique pronta que vou te levar para a praia.
Nathaly colocou um biquíni branco e uma saída de banho por cima dela, e saiu do quarto a procura de Shawn. Ele a esperava no fim do corredor e quando a viu, seu olhar aprovou imediatamente o que viu.
- Você está incrível, Nathaly.- ele disse, admirando-a intensamente.
- Obrigada. – foi só o que conseguiu dizer, pois desde que descobrira que estava apaixonada por ele naquela manhã, estava se sentindo estranha, inquieta e nervosa. Ela estava tentando encontrar uma maneira de lidar com aquele sentimento inesperado sem comprometê-la demais.
Eles chegaram a praia, e Nathaly estendeu sua toalha na areia e sentando-se sobre ela. Ela olhou o mar incrivelmente azul à sua frente e pensou que Ibiza era o paraíso na terra, com as ondas se quebrando antes de chegarem a margem, a areia branca e bem cuidada, a calmaria que fazia bem à alma, e o sol brilhando sobre o mar parecendo um cartão postal. Há quanto tempo não se permitia fazer algo relaxante assim? Vivia tão envolvida com seu trabalho que não tirava férias há mais de dois anos, mais por escolha própria do que por excesso de atividade na redação do jornal, porque férias significava ter mais tempo livre, e ter mais tempo livre significava pensar mais vezes em Michael do que gostaria, por isso, se atirava no trabalho como seu fosse sua única salvação.
Shawn passou por ela, arrancando a camisa, ficando somente de sunga e entrando no mar imediatamente. A visão dele nadando no mar fez Nathaly suspirar maravilhada. Ele era lindo de qualquer jeito e era impossível desviar o olhar, enquanto ele vencia cada onda com suas braçadas perfeitas, deixando seus músculos à mostra em uma conexão perfeita com a natureza. E quando ele saiu do mar, sacudindo seus cachos molhados, as gostas de água salgada escorrendo pelo seu corpo inteiro, Nathaly sentiu sua garganta secar, a respiração falhar, e coração bater em um ritmo diferente do normal.
Mas, seu momento de êxtase foi interrompido por algumas garotas que se aproximaram dele, reconhecendo-o como o cantor famoso canadense, e pedindo para que ele tirasse fotos com elas. Nathaly ficou assistindo enquanto as garotas o abraçavam, seus corpos próximos demais, as mãos dele na cintura delas, beijando-as no rosto quando a sessão de fotos acabou. Ela estava fervendo por dentro, não queria agir como uma namorada ciumenta que não era, mas detestava vê-lo perto de outra garota que não fosse ela. Deus! Agora ela ia começar a se comportar como aquelas mulheres neuróticas que não podiam ver seu homem longe delas que surtavam. O pior de tudo no caso dela era que não tinha nenhum direito sobre Shawn Mendes, e esse pensamento a deixou deprimida.
- O que foi Nathaly? Parece aborrecida. – Shawn sentou do lado dela na areia, e o maldiçoou por já conhecê-la tão bem.
- Não é nada. Estou bem.
- Não, você não está. Posso ver pela maneira como respira, e quando evita olhar para mim.- ele chegou mais perto e a abraçou pelo ombro. – Vamos, me diga. Por que esta´ assim?
- Eu não tenho nada para dizer.- aquela proximidade dele a estava deixando inquieta.
- Por que não admite logo que está com ciúmes? - Nathaly olhou para ele incrédula. Não, não era possível que ele tivesse percebido aquilo? Quando ele aprendera a ler suas reações tão bem? Ela ia negar, mas ao olhar nos olhos dele não conseguiu dizer nada, e principalmente, não conseguiria mentir para ele, não quando ele a olhava daquele jeito.
- E se eu estiver? – ele riu do ar de desafio dela.
- Você sabe que não tem motivos.
- Não? Toda vez que você encontra uma fã tem mesmo que se agarrar nelas? Tem que beijá-las no rosto e olhar para elas como esse seu olhar sedutor? Pelo amor de Deus, Shawn, como quer que eu me sinta quando vejo um bando de garotas se derretendo por você, enquanto você sorri como se fosse um anjo no paraíso? – ele começou a rir deixando-a ainda mais furiosa.
- Por favor, não fique brava, mas você ciumenta é uma cena hilária demais para resistir.- ele se levantou, pegou na mão dela puxando-a para ele e disse:
- Venha comigo. Quero te mostrar uma coisa. – Shawn começou a caminhar de volta ao hotel levando-a junto.
- E nossas coisas? – Nathaly protestou ao ver para onde estavam indo.
- Não se preocupe. Mike leva para a gente depois.
Entraram no saguão do hotel e foram direto para o quarto dele. Nathaly  se  perguntou o que ele tinha que mostrar para ela ali que não podia ser mostrada na praia.
- Muito bem, já que estamos aqui. Vai me dizer o que quer me mostrar?
Shawn se sentou na cama e a puxou para o seu colo enquanto falava no seu ouvido:
- Quero te mostrar que você não tem motivo nenhum para sentir ciúme de mim.- Nathaly não teve tempo de responder ou raciocinar, pois em um segundo ela estava deitada na cama, sem a parte de cima do biquíni e com a cabeça de Shawn enterrada em eu pescoço, descendo para o seu seio, deixando-a louca. Ela adorava o toque dele em sua pele nua, seus lábios quentes fazendo-a sentir coisas que a impediam de pensar em qualquer coisa que não fosse o corpo dele sobre o seu.  Shawn arrancou a calcinha do biquíni dela e sua própria sunga em um único movimento, fazendo Nathaly gemer baixinho ao sentir a boca dele em sua intimidade. Shawn era extremamente habilidoso quando se empenhava em fazê-la tremer de prazer nos braços dele, seu toque era firme, nem um pouco hesitante, e cada vez que a língua dele descia por sua coxa ela se agarrava a ele como se fosse despencar de uma altura incrível. Ele girou o corpo deixando-a por cima dele, e Nathaly aproveitou para tocá-lo como queria. Sua boca distribuiu beijos ardentes pelo peito dele, descendo pelo abdômen até tocá-lo em sua intimidade como ele fizera com ela. Shawn ofegava, repetindo o nome dela sem parar, incapaz de coordenar seus movimentos com coerência. Aquela garota o fazia perder a cabeça, e nenhuma outra o fizera se sentir assim, tão fora de si e tão ardente. Ele a beijou com fúria, enquanto a posicionava sobre ele e a possuía, ouvindo com prazer Nathaly gemer alto, totalmente perdida na paixão que tomava conta de ambos. O prazer de ambos chegou junto, como uma onda no mar revolto, eles se movimentaram juntos até que seus corpos relaxaram satisfeitos.
Shawn acariciou os cabelos de Nathaly que ainda se mantinha deitada em cima dele, se aconchegando ao calor que vinha do corpo de Shawn.
- Eu te quero tanto, Nathaly. Percebe como me deixa? Como posso olhar para outra garota quando te desejo dessa maneira? Nenhuma outra consegue me fazer me sentir assim.
- Desculpe-me Shawn. Eu não sei o que me deu. Eu não consigo pensar direito quando estou perto de você. E ver outra  garota te tocar me deixa furiosa. Eu te quero muito também- ela confessou sem se importar o eu ele pensaria das palavras dela.
- Você me quer? – ele perguntou com a mão no pescoço dela, acariciando-o devagar.
-Sim, muito- ela disse sorrindo.
- Então me mostre agora o quanto me deseja. – ele disse, beijando-a novamente com paixão.
Muito mais tarde, eles se sentaram na sacada do quarto de Shawn, e observaram de mãos dadas o pôr-do-sol. Nathaly se aconchegou mais ao corpo dele enquanto ele envolvia a cintura dela com seus braços forte, e ela pensou olhando para o cenário à sua frente e o homem incrivelmente sexy ao seu lado, que aquilo sim era sua definição de paraíso.
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Between UsOnde histórias criam vida. Descubra agora