Cap. 7

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Dias se passaram e a cada ida desses encontros com o obreiro deixava América totalmente mais animado. Essa animação toda deixava seus pais e seus irmãos desconfiados. França, esses dias, perguntou para o americano o por quê de estar tão animado e alegre esses dias, EUA deu uma desculpa esfarrapada, dizendo que era os passeios que o deixava assim.

Certo dia, Inglaterra, não satisfeito com o motivo de tanta alegria de EUA, resolveu pedir para uma empregada doméstica seguir América pois desconfiava que ele estava mentindo. Falou para a mesma que assim que o americano saísse, bastava apenas sair pela porta de trás e tentar no máximo não fazer com que ele veja-a.

- Pai, eu vou sair, certo? - dizia América se levantando da mesa rapidamente e limpando a boca com um paninho.
- Certo. - disse ele olhando para o americano.

EUA saiu de sua mansão bastante alegre, mesmo não sabendo que essa saída seria o começo da desgraça, e foi andando em direção para o mesmo local que havia encontrado o seu amado obreiro.

A empregada estava vestida de camponesa e seguindo-lhe. Às vezes, fingiria que estava indo para outra rua, apenas para o americano não suspeitar de nada. Após chegar ao local, América encontrou Rússia no mesmo lugar assim como todos os encontros. Ele deu um pulo em cima dele e beijaram-se de um jeito carinhoso. A empregada estava vendo tudo atrás da moita com um olhar espantado e logo saiu correndo indo em direção a mansão.

- Que barulho foi esse? - disse o russo olhando para os lados e principalmente para a moita.
- Eu não sei. - falou sentando-se ao lado dele.

Rússia foi até a moita e afastou-a para poder ver o que tinha feito aquele barulho. Ele não encontrou nada. Deu de ombros e se sentou ao lado do americano novamente.

- Talvez tinha sido algum animal passando por aí. - falou América.
- É, pode ter sido mesmo.

Tudo parecia perfeito. Parecia que ninguém ia descobrir esse romance, mas pena que a felicidade acaba tão rapidamente. A empregada chegou em frente a mansão e entrou pela porta de trás dela. O lugar que ela entrou era uma salinha, onde ali estava Inglaterra tomando seu chá sentado em uma poltrona.

- O que descobriu? - falou enquanto mexia o seu chá com uma colher pequena banhada a ouro puro.
- O seu filho, bom...não sei se o senhor vai gostar... - disse espremendo os ombros.
- Não importa se vou gostar ou não, apenas fale. - ele disse bebendo um gole do chá.
- Seu filho gosta de homens.
- Claro que ele gosta, por que ele não gostaria?
- Você não entendeu, senhor...
- Como assim? - falou pondo a xícara de chá na mesinha ao lado da poltrona.
- Ele beijou um menino e pareciam ter um relacionamento igual a de um casal normal.
- O QUÊ?! Eu não acredito...

Inglaterra levantou-se rapidamente e saiu da salinha bastante furioso indo em direção a sala. França, que estaria sentada conversando com uma empregada enquanto ela arrumava a sala, olhou rapidamente para o marido.

- França, onde está o meu chicote? - disse abrindo e fechando algumas gavetas.
- Pra que você quer ele?
- Preciso dar uma lição de moral para América. - falou encontrando o chicote, que estaria atrás da estante.
- Mas o que o nosso filho fez?! - disse a mesma se levantando rapidamente do sofá.
- Beijou um menino... - ele falou se sentando no sofá a espera de América voltar.
- Querido, pra mim, não precisa bater nele...é melhor conversar. - disse a francesa.
- Não interessa, é pecado. Não quero nenhum filho meu gostando de homem.

Algumas horas passaram-se e América foi para casa bastante feliz como de costume. Ele abriu a porta e entrou. Mau fechou a porta e sentiu um puxão pelo braço, fazendo o assustar.

- Então, quer dizer que o "senhorzinho" estava tendo encontrinhos com um homem?! - falou Inglaterra o jogando com força no chão.

América apenas ficou calado enquanto olhava para o pai com os olhos marejados. Inglaterra o pegou pelo braço com força e enquanto arrastava EUA para o seu quarto. França quase impediria do seu marido bater em seu filho, mas a empregada não a permitiu.

Assim que Inglaterra chegou ao quarto, ele jogou seu filho no chão com força novamente.

- Agora me fale. - disse o inglês puxando a gola do garoto. - Você tá saindo com quem?
- ...
- FALA ALGUMA COISA, VERME. - Inglaterra deu um tapa forte no América.
- Ah! E-Eu...tô... - gaguejou.
- FALA LOGO!

Inglaterra pegou o chicote e começou a bater no pobre menino. América chorava e gritava de dor. Em poucos segundos, o corpo de EUA já estava praticamente dolorido e o sangue escorria pela sua pele branca como a neve. Mesmo que tentasse para o seu pai parar com aquilo, não conseguia conter as lágrimas. Minutos depois, América já estava no chão todo coberto de sangue. O chão estava coberto do líquido de cor carmesim. Inglaterra parou de dar chicotadas e colocou o chicote em cima da escrivaninha, logo saindo do quarto ainda com fúria.

América, com um pouco de dificuldade, se levantou com a ajuda da cadeira que estaria logo em frente a ele. Após conseguir ficar em pé, começaria a andar cambaleando para o quarto. França viu seu filho quase morto e correu até ele com os olhos prestes a chorar ao ver o seu filho nesse estado. Ela o ajudou a entrar no quarto e fez com que ele deitasse na cama.

Resumindo, França chamou a empregada para ajudá-la a pôr curativos e remédios nos ferimentos. América chorava baixinho por conta das dores pelo seu corpo todo. Assim que França estava pondo os curativos no corpo de América, ele simplesmente adormeceu por causa do remédio que havia tomado.

Após esse dia, o inferno começou.

Por que tinha que ser logo você? - RusameOnde histórias criam vida. Descubra agora