Cap. 11

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Ouvia-se barulhos de passos vindo da imensa floresta que estaria logo atrás da lápide. América apenas estava com a cabeça abaixada enquanto encostava um de seus braços na lápide, ele estava tão atordoado que nem se importava mais com nada, então não se importaria se era alguém de bem ou não passando por ali.

- América? - uma voz ecoava atrás do americano. A voz era grave e doce.
- Eu estou começando a pirar...até estou a ouvir a voz dele... - falava enxugando as lágrimas com lencinho que tinha em seu bolso.
- Америка! - falou a voz pondo uma de suas mãos no ombro do americano.

Ele assustou-se assim que sentiu algo encostando em seu ombro, virou-se rapidamente para ver quem era. Ele abriu um grande sorriso e lágrimas começaram a surgir em seu rosto.

- Rússia! - disse ele levantando-se rapidamente e abraçando o russo fortemente.

Rússia o pegou no colo e continuou abraçando-o.

- Eu estava com tanta saudades de você, meu amor!
- Eu também! E com muita!

O russo enxugou as lágrimas do seu amado com um de seus dedos. América o beijou com paixão e um toque de timidez, Rússia apenas retribuiu o gesto do menor e separaram-se depois de curtos segundos. O russo alto olhou bem para o estado físico do americano. Sua face mudou para uma expressão preocupada.

- América, o que houve contigo? Olhe só para ti...um pouco mais magro e seus olhos estão inchados e cheio de olheiras. - ele falou sentando-se no chão ainda com o americano no colo.
- Meu pai tinha falado que você, meu amor, havia morrido...passei noites chorando e lamentando. Eu não queria comer e não conseguia dormir em nenhuma noite. - falou um pouco cabisbaixo.
- Oh céus. Não acha melhor comer algo? Você pode desmaiar de fome a qualquer momento.
- Não, não precisa, querido.
- Não, você precisa comer. - disse o russo levantando-se rapidamente.

Rússia ficou andando para a sua casa. No meio no caminho, América perguntou sobre onde ele estava esse tempo todo. Após ele explicar o que ocorreu, o americano sentiu um pouco de culpa naquilo e começou a criar vários pensamentos 'paranóicos'. Achando que se não fosse por esses encontros, nada disso tinha acontecido.

Chegaram à casa de Rússia, onde foram recebidos pelo URSS, que também estava triste pelo desaparecimento de seu filho e que, por incrível que pareça, não sabia que tinha botado seu filho como morto.

América comeu muito lá, já que tinha passado vários dias sem comer.

- Desculpe se comi muito, senhor.. - falou pondo o copo vazio na mesa.
- Não se preocupe, jovem. Eu entendo o seu estado. - sorriu
- Obrigado. - retribuiu o sorriso.
- Então, vocês são um casal, né? - disse o soviético.
- Sim, papai. Falei isso ao senhor antes de eu desaparecer.
- Ah, verdade. Idade chegando, sabe como é.

América riu juntamente com o russo.

Longos minutos após isso, o casal já estava no quarto apenas aproveitando um tempinho juntos, mesmo não conversando muito. América o ajudava nos curativos enquanto o Rússia fazia curativos em seu próprio braço. Assim que terminaram, o americano sentou-se no colo do russo e aconchegou-se ali mesmo. Rússia corou bastante, mas o deixou.

Eles adormeceram abraçados um ao outro, mas mau sabiam que mais coisas ruins aconteceriam por aí.


Por que tinha que ser logo você? - RusameOnde histórias criam vida. Descubra agora