DÉCIMO TERCEIRO

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"Bem vinda de volta minha querida. Tem alguma coisa que queira dividir comigo em segredo hoje ou prefere contar a todos?" Ele pergunta tentando me persuadir.

" Com sua licença mestre, gostaria de lhe mostrar. " Eu não vacilei quando ele me estendeu a mão como sempre. Ele ainda não havia se acostumado com a minha mão em seu rosto sempre que me pedia para fazer a leitura, todos os dias ele me olhava com a mesma incerteza, como que se sentisse mais frágil ao meu toque quente. Mostrei-lhe então algumas imagens do meu tumultuado dia. A cidade, os lugares escondidos que visitei, os calabouços e qualquer outro lugar que eu tenha passado pela cidade. Ele sorriu com satisfação.

"Já conheces todo o nosso domínio, todas as partes de nossa casa. Espero que se sinta bastante aconchegada. " Aro disse assim que tirei minha mão de seu rosto.

" Convidamos você a participar de uma noite de diversões conosco. Hoje teremos algumas atrações." Marcus disse, aparentemente divertido.

" Adoraria." Falo e Aro me conduz até perto de sua cadeira, Entre ele e Marcus, ao seu outro lado estava Antonius, ou 'adorável' como ele fala. Antonius era filho de Marcus, feito quando ele e Didyme ainda eram humanos e transformado na sua juventude. Marcus não tinha tanto apego ao filho desde que perdera sua mulher porque a cria eventualmente o lembrava que um dia ele havia tido um grande amor.
Houve muita música e sangue servido em taças de cristal como se fosse vinho. Apesar da grande falta de respeito com a mortalidade os Volturi tinha noites até agradáveis. Ao meio do espetáculo, quando eu já parecia entediada, Heidi chamou-me, com uma taça de sangue em sua mão direita enquanto sorria alegremente.

" Hora de dormir, queridinha. Amanhã teremos um longo dia. " Ela me puxou em direção aos quartos. " Volto já." Em uma fração de segundo ela volta com um laptop na mão.

" O que pretende me mostrar aí ?" Pergunto curiosa.

" Nosso novo grupo de turistas." Falou, virando a tela do computador em minha direção. Haviam nomes, nacionalidades e endereços postais de todos os turistas e eu olho os nomes da lista, mas algo me chama atenção.

" E... e esse grupo será trazido quando? " Tento não demonstrar preocupação no meu tom de voz.

" Semana que vem Renesmee, eu te falei os períodos de viagens há dois dias." Ela diz aparentemente decepcionada com a minha falta de competência 'profissional'. " Algum problema? " Me encara enquanto percebe que eu ainda olho para a tela.

" Não... " Sibilei, meus olhos distantes, juntamente com meus pensamentos. Os nomes Renée Vivien Dwyer e Philip John Dwyer me faziam pensar sobre porque minha avó materna e o seu marido tinham que resolver visitar logo esse lugar.

" Teremos que confirmar por telefone todos os turistas então não acorde tarde." Ela fecha o seu laptop e sai do quarto. Deito-me e penso porque tudo tem que ser tão difícil para mim. Qual o problema da vida facilitar um pouco pelo menos nos primeiros anos? Definitivamente eu não aguentaria mais ficar ali. Sem perceber, pego num sono leve, pensando em tudo que anda acontecendo e tentando arrumar soluções .

" Eu disse que você deveria acordar cedo. " Heidi resmunga logo quando eu abro os olhos. Ela estava sentada na ponta da minha cama enquanto olhava algo no laptop novamente e me lembro sobre o que eu teria que fazer hoje. Tenho que cancelar a viagem da minha avó quando for confirmar.

" Desculpe, é que ontem foi muito divertido. " Olho envolta do meu quarto tentando não parecer tão incompetente. Algo parecia faltar e eu não compreendia exatamente o que era.

" Não se preocupe, já fiz algumas ligações e a maioria confirmou. Olha só essa lista." Ela fala alegrinha e parece mais me mostrar um cardápio. Ela entrega-me uma prancheta repleta de nomes e eu tenho medo de ler até o final. Sim, o nome de Renée e Phil estavam confirmados. Oh, puta merda nada dá certo!

-  𝐑 𝐄 𝐍 𝐀 𝐒 𝐂 𝐄 𝐑  -  A  SAGA CREPÚSCULOOnde histórias criam vida. Descubra agora