ALGODÃO-DOCE • Joshler

10 pt. 1

Acordei com a minha cintura sendo rodeada por um braço bronzeado e com algo precionado contra o meu bubum, também havia um peitoral definido encostado em minhas costas e um nariz contra os meus cabelos.

Ai ai eu tô em Nárnia.

Sorri pra mim, juntei minhas mãos sob a lateral do meu rosto e fechei os olhos novamente, me perguntando se era um sonho... e caso for eu não quero acordar, nunca mais.

Não consegui cair no sono novamente, já estava descansado o suficiente, é como se eu tivesse dormido nas nuvens, mas mesmo assim permaneci na cama com as cenas de ontem passando por minha mente enquanto um sorrisinho tomava conta do meu rosto.

Coloquei minha mão sobre a sua que estava em minha barriga, a acariciei suavemente sem acorda-lo, apenas para senti-lo na ponta dos meus dígitos e me lembrar de que ele é real e que o que estou vivendo e vivi realmente aconteceu.

Ele apertou um pouquinho, ainda inconsciente pelo sono profundo em que se encontrava, eu ouvia sua respiração leve suavizar o enorme silêncio em que o quarto se encontrava e sentia sua barriga se movimentar atrás de mim.

Fiquei o sentindo por vários e longos minutos até que senti  vontade de fazer xixi e tentei ao máximo sair de seu enlace sem acorda-lo, fui ao banheiro nas  dos pés e quando terminei aproveite que estava no recinto e fiz toda a minha higiene matinal.

Voltei para a cama em silêncio e dessa vez me deitei de frente para o homem bonito que dormira comigo, só para olhar sua beleza quase angelical enquanto dorme com um sorrisinho na face.

J: Para de me olhar, pra eu voltar a dormir...

- Por que não acorda ?

J: Porque eu estava tendo um sonho muito bom.

- 'Tava sonhando com o que ?

J: Com você.  - disse abrindo os olhos devagar e sorrindo abertamente.

Devolvi um sorriso a ele e o mesmo ficou me olhando fixamente, como se eu fosse a pessoa mais bonita desse universo

J: Bom dia !

- Bom dia ! Dormiu bem ?

J: Muito bem.

- Quer ir tomar café da manhã?

J: Daqui a pouco, agora eu só quero te abraçar e te dar um cheiro no pescoço.

Me movi pelo colchão logo alcançando seu corpo masculino e me entrelaçando a ele como uma trepadeira que sobe pelo tronco de uma árvore.

Ele deu uma fungada em meu pescoço, inalando todo o odor que minha pele exalava exclusivamente para ele.

Trocamos carícias por uma boa meia hora até que ele se levantesse e fosse ao banheiro lavar o rosto para que fôssemos tomar café da manhã.

Mas ao contrário disto, não descemos, Josh voltou para debaixo do cobertor e novamente nos agarramos, nossos corpos pareciam não quererem se desgrudar e os donos deles também não.

Eu deixei uma das minhas coxas por cima dele e ele a segurou firme para que eu não a tirasse de lá enquanto afundava os dedos em seus lindos e macios fios rosados que estavam uma bagunça.

Acariciei também o seu rosto, analisando com as pontas dos dedos o que a visão não permitia, sentindo os pêlos da sua barba que está crescendo, sentindo também a maciez dos seus lábios levemente rosados e também as rugas dos mesmos ao formarem um biquinho e beijar a minha mão.

Me senti novamente apaixonado quando olhei em seus olhos felizes que estavam castanho-folha-seca com pequenas e finas rajadas verdes por entre as largas rajadas mais escuras.