❝ chapter twenty-three. ❞

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Passei a maior parte da festa andando pra lados aleatórios

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Passei a maior parte da festa andando pra lados aleatórios. Os caras haviam sumido, provavelmente ido transar e me deixado sozinho. Ótimo. Pelo menos não tenho que ficar ouvindo merda de bêbado fudido.

Enquanto eu andava pela festa, me lembrava do que Aileen havia me dito e ria sozinho. Era inacreditável a forma que essa garota se contrariava. Eu não iria transar com ela. Pelo menos não hoje que ela estava bêbada. Posso ser um cuzão do caralho, mas ainda não sou um delinquente. Preferia optar pelo certo que me convinha mais.

Resolvi respirar um pouco de ar e me direcionei até o lado de fora da festa. O jardim estava lotado de garrafas jogadas pelos cantos e algumas pessoas estavam espalhadas por ali. Me sentei no chão e acendi um cigarro enquanto encarava o céu. As estrelas estavam dispersas naquela imensidão negra que era a noite e fazia tudo parecer ainda mais clichê. Me sinto num filme adolescente onde estou numa festa qualquer cheio de adolescentes bebendo e fumando e me localizo sozinho. Que se foda. Sempre gostei da minha solidão.

Ao ouvir uma risada alta, me dispersei dos meus devaneios e olhei pra trás, vendo a cena deplorável que Aileen se encontrava. Estava em pé e errando seus passos, com uma garrafa de corona na mão e rindo sozinha. Seu rosto estava um pouco vermelho e suas pálpebras pareciam pesadas, consequentes do efeito do álcool. Respirei fundo e apaguei meu cigarro no chão antes de me levantar e ir em direção à Aileen, que estava prestes a cair antes de eu segura-la.

— Oi, Jack! — Ela me olhou sorrindo enquanto tropeçava. Revirei os olhos.

— Vamos embora. — Eu a puxei pela mão mas ela se desvencilhou de mim.

— Eu quero ficar aqui, seu chato! — Ela cruzou os braços.

Murmurei alguns palavrões. Eu realmente não tinha paciência pra isso. Num gesto só, peguei Aileen no colo e a joguei sobre o meu ombro como um saco de batatas. Ela deu um grito.

— Meu Deus, ele vai me estuprar! — Ela começou a choramingar. — Quem poderá me defender?

— Cala a boca, Aileen. — Falei enquanto andava em direção ao carro de Cameron.

A coloquei no banco do carona e dei a volta para entrar no banco do motorista. Liguei o carro e saí dali às pressas. Aileen resmungava algumas coisas mas eu ignorava.

— De quem é esse carro? Você não tem carro. — Ela perguntou enquanto abraçava suas pernas.

— Do Cameron. — Respondi sem olha-la.

— Mas você deixou eles lá pra me salvar? Isso é tão sexy. — Ela tombou a cabeça pro lado. Suspirei irritado.

— Eu agradeceria se você ficasse quieta.

— Não pode me mandar ficar quieta, seu machista. — Ela começou a chorar. — Me leva pra casa. Eu quero ir embora.

Eu não a respondi e me concentrei em dirigir até o seu apartamento. Durante todo o resto do trajeto, o silêncio predominou naquele carro. Melhor assim. A última coisa que eu estava afim era de ouvir gracinha de gente bêbada.

𝐒𝐄𝐗 𝐆𝐀𝐌𝐄, 𝗴𝗶𝗹𝗶𝗻𝘀𝗸𝘆.  ✓Onde histórias criam vida. Descubra agora