DOZE | Um novo... Amor?

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-Eu não entendo...-Ele dizia quando fomos, graças a Deus, interrompidos pelas meninas.

-Rosa, papai...Tem um fotógrafo tirando umas fotos. Vamos!

Antes que pudesse dizer alguma coisa valerie me puxou e assim marianne fez o mesmo com Alexander. Ao chegar onde elas queriam, pude ver que um fotógrafo tirava fotos das famílias que queriam guardar de recordação aquele dia.

-Pai, a gente quer...

-Por mim tudo bem.-Disse ele.
-Mas com a condição de Rosa se juntar à nós.

Terminou de dizer ainda me olhando daquela forma que estava me deixando já sem jeito.

-Alex, eu...-Tentei negar, mas as meninas me encaravam com olhos pidões.
-Está bem, vamos tirar logo essa foto.

Esperamos então nossa vez e tiramos a foto como elas tanto queriam. Tiramos três, uma para as meninas, outra para Alexander e Uma para mim.

-Ficaram lindas.-Foi só oque ele disse antes de pagar pelas fotos.

As meninas comeram e logo em seguida voltaram a brincar, deixando mais uma vez nós dois à sós.
-Você só tem sua mãe, Ana Rosa?-Sua pergunta me pegou de surpresa.

-Sim, moramos sozinhas. Quer dizer morávamos por que agora moro praticamente na mansão.-Ele concordou deixando um sorriso bobo escapar.

-Então está me dizendo que não tem nenhum namorado?-Uma de suas sobrancelhas ergueu me fazendo pensar o por que de toda aquela curiosidade.

-Por que o interesse? Minha vida pessoal interessa muito ao senhor assim?-Me atrevi a pergunta também com um semblante desafiador.

-Sim, você não imagina o quanto.-Disse lentamente, causando em mim um misto de coisas no corpo.

Quer saber, não iria deixar aquilo barato...

-Pois terá que ser bastante persistente se realmente quiser saber mais de mim. Eu garanto que não irá conseguir muito.

Disse também lentamente, assim como ele havia feito. Seus olhos claros agora tinham algo de diferente, parecia até que eu tinha acordado algo nele, talvez eu tenha exagerado. E se ele acatar realmente a essa provocação e for atrás de mais informações de mim? Droga, Carly!

Já era quase hora do almoço e então por isso voltamos para a mansão. Ao chegar subi com as meninas para ajudar no banho. Enquanto valerie e marianne tomavam banho, fui para o corredor onde liam estava e como a porta de seu quarto estava entreaberta consegui ver o suficiente para saber que alguém estava com ele dentro do quarto e que era a própria Emma.

Pareciam conversar sem muita paciência e aquilo aguçou minha curiosidade me fazendo aproximar mais meu corpo da vista que a porta meia aberta me proporcionava. Aquela atitude me fez ter a maior raiva de mim mesma pois liam que estava deitado meio desajeitado na cama, conseguiu ver que eu estava bisbilhotando.
Senti o nervoso na espinha e tomei a atitude de correr logo dali, encontrando valerie no corredor.

-Rosa, me ajuda com a roupa?-Perguntou ao ver que me aproximava. Apenas concordei e entrei em seu quarto.

-Esse aqui vai ficar lindo em você.-Disse tirando de seu pequeno closet um vestido azul bebê com estampando em bolinhas brancas. Ela saiu e pegou o vestido de minha mão o olhando no espelho.

-Rosa?-A encarei e ela continuou.
-Você gosta do meu pai?-Meus olhos de imediato se arregalaram e por um momento me perguntei de onde aquela idéia havia saído.

-De onde tirou isso?-Foi só oque saiu enquanto um grande bolo descia por minha garganta.

-Eu vi como vocês estavam juntos no parque hoje de manhã, meu pai estava feliz de está com você. Faz tempo que eu o vi assim, a última vez foi quando ele começou a namorar a Emma, mas isso foi bem no início. Agora ele parece muito triste quando está com ela.

Quem via ela falando assim nem imaginara que tinha apenas onze anos de idade. Valerie já era madura quanto a assuntos mais sérios e isso se devia ao ter que lidar com seus sentimentos sozinha já que perderá a mãe cedo e não tinha um pai presente e muito menos uma madrasta boa.

Me aproximei ainda mais dela e a puxei para sua cama, fazendo com que nós duas sentassemos ali.

-Eu não sinto nada por seu pai. Bom, a gente é só amigos, eu acho.

A verdade era que nem eu mesma tinha certeza do que tinha dito depois do que tenho sentido quando estou com alexander, mas com certeza não passava de uma bobeira passageira que logo acabaria com o fim do meu trabalho.

-Ah...-Sua cabeça abaixou e pude sentir um desânimo no seu falar. Oque ela queria que eu respondesse?

-Valerie, pode ficar tranquila que não sou como as outras babás que só queriam algo com seu pai...

-Mas Rosa, não é isso que...

-Rosa, olha como estou linda.-Minha atenção se dirigi a marianne que adentra o quarto da irmã rodopiando em seu vestido lilás.

-Nossa, como essa princesa tá linda!-Pego a mesma no braço e a encaro sorrindo.
-Sabe oque vou fazer agora?

Faço cara de suspense.

-Hã, hã...-Nega com a cabeça rindo.

-Vou encher de beijo essa menina linda...
-Beijo todo seu rosto a fazendo gargalhar.

Valerie que assistia tudo passa a rir também de como marianne ficava vermelha toda vez que eu fazia isso.
-Agora nossa missão é beijar a mana todinha.

Coloco marianne no chão que pula encima de valerie a derrubando na cama. Me junto a ela e então deixamos valerie também toda vermelha de tanto beijo. Cócegas era indispensável, não é mesmo?
As gargalhadas de nós três devia ser ouvidas até do começo do corredor e eu não estava errada, quando menos esperei senti alguém por trás de mim e aí então eu que fui a vítima das cócegas.

Alexander se juntou as meninas e me empurrou na cama. Não consegui parar e desistir da brincadeira pois justamente cócegas era meu ponto fraco, eu não resistia e estava com falta de ar quando finalmente paramos a brincadeira e nos deitamos na cama enquanto encaravamos o teto.

-E ainda me pergunta por que tenho tanto interesse em saber mais de você?

Sua voz me chama atenção e o encaro que está bem do meu lado, me olhando agora nos olhos.

-Você me desperta todo o interesse que nunca alguém despertou em mim. Você é...diferente, Ana Rosa!

Naquele momento foi inevitável desvia meus olhos para sua boca...








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