VINTE E UM | Alex

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Leiam escutando a música. 💕

Mais uma noite dormindo no escritório, mais uma noite dormindo sob a cama em que a havia feito minha, minha babá que naverdade era uma agente e de nome Carly. De acordo com o dicionário Carly significava mulher guerreira. Mulher que trava todas as batalhas que a vida lhe propõe, mantendo sempre a coragem e a honra.

Tanto o significado como a dona do nome, eram lindas. Carly é dona de uma essência esplêndida e talvez eu seja um pouco suspeito em falar tudo isso, mas tudo bem. Em toda minha vida nunca conheci alguém como ela que em tão pouco tempo me fez ver o como ela era especial, meiga, responsável, amável, apaixonante...

Antes, até umas horas atrás, achei ter encontrado alguém assim, Madson. Mas pelo visto estava enganado quanto a sua real essência e nossa, como eu fui estúpido.

Encarando o teto claro, sentia-me perdido. E agora esse sentimento parecia crescer mais e mais dentro de mim, após tê-la mandado embora. Sim, a dona dos motivos pelos quais tem me feito sorrir.

Gostaria de ter percebido quando comecei a ama-la assim. Talvez quando vi que ela era a única a me entender nessa casa? Não sei em que momento foi, mas tive a certeza quando Emma me disse que ela era como as outras babás e que estava tendo casos às escondidas com liam, meu irmão.
Naquele dia, eu não consegui acreditar até por que sentia dentro de mim algo dizendo que era tudo mentira, mas a mesma havia me convencido de que terá visto liam sair muitas vezes do quarto dela oque me deixou furioso, como nunca me senti com as outras babás. Senti ciúmes fora do controle.

Aquela noite transei com Emma toda a noite, era como se estivesse descontando toda a minha raiva. Na manhã seguinte, disse que levaria as meninas pro Colégio por que simplesmente Emma estava me enchendo dizendo que a babá não era confiável. Doeu muito ao vê-la triste por não deixar levar as meninas e por tê-la tratado tão grosso.

Ainda por cima no mesmo dia, vi liam com meus próprios olhos dentro de seu quarto, um tanto próximo de mais. Foi a gotad'gua!
Mas quando a tive finalmente nos meus braços, vi que não era somente eu que sentia algo.

E então nos beijamos pela primeira vez. E Deus, que lábios tão macios e doces eram os seus! Ao fazer dela minha mulher, senti como se estivesse no lugar certo. Eu a queria para sempre e estava disposto a tudo, mas aí ela me diz que não era quem eu pensava.

Sim, eu não nego que me senti como um meio que ela havia encontrado pra fazer melhor o seu trabalho, mas horas antes vendo-a tão mal por se despedir de mim, percebi que nem tudo foi só um trabalho. Tinha sentimento no meio, nem tudo estava perdido.

Ou estava?

Eu estava tão confuso que minha cabeça rodava sem parar. Precisava de algum remédio ou então minha cabeça iria explodir.

Saio do escritório para buscar um copo com água para tomar algum remédio, mas meus planos vão por água a baixo quando escuto alguém chorando baixinho.
Subo as escadas e encontro marianne sentada encolhida no chão, com a cabeça entre as perninhas.

-Filha, oque está fazendo aqui e fora da cama?-Pergunto me aproximando.

-Eu quero a Rosa, papai. Eu tô com medo...

Diz soluçando.

-Mas ela não está no quarto?-A pego nos braços e caminho para o quarto de Carly.

-Não, eu entrei e não tinha ninguém. Pra onde ela foi, papai?-Chora.

Ao abrir a porta, vejo que realmente não tem ninguém. Suas roupas não estavam mais no lugar, a cama e o quarto estavam bem arrumados como se nunca alguém houvesse dormido ali.
Engulo em seco, sentindo minha voz falhar. Aperto minha filha contra meu corpo, sentindo as lágrimas virem com força.

Uma Agente Como Babá Onde histórias criam vida. Descubra agora