Cabelos curtos, roupas modernas, e um subconsciente chato, era oque fazia parte de mim agora, Ana Rosa.
Para mim, ainda contínua brega, né amiga? Mas está melhorzinha que a antiga 'nós'.
-Como você é chato!!! Por que não vai embora?!-Bato na minha cabeça, me sentindo uma 'sem noção.'
-Carly, filha! Vou entrando...-Abre a porta aos poucos e assim que me vê em frente ao espelho, cobre a boca com as duas mãos e caminha até mim.
-Ainda não me conformo em ter você assim, com esse cabelo todo diferente. Seus cabelos longos, eram tão lindos...-Faz bico, começando a chorar.
-Calma, mãe. Depois deixo crescer de novo, tá?-Ela confirma com a cabeça e enxuga as lágrimas.
-Seu pai acabou de ligar, todo nervoso.-Diz e então bufo.
-Ele...Mandou o Estêvão vir te buscar.-Meu pai também não sossega, né? Sempre que tem oportunidade, joga o Estêvão para cima de mim. Nossa!!!
-Eu gosto dele, filha. É um bom rapaz e sempre esteve ajudando seu pai nas buscas, casos...
-Mas eu não gosto dele, mãe. Não como homem, entenda por favor e, faz meu pai entender também.-Tento me afastar, mas ela aperta meu ombro, me fazendo parar.
-Desde que o Matheus e você terminaram, você não saiu com outra pessoa, filha. Eu sei que o amava, mas...
-Mas nada, mãe. Poxa, não toca mais nesse assunto. Ele morreu, ta? E, Não quero mais que fale dele. Não quero.-Ando em passos largos para o banheiro, Me trancando ali.
Merda!!! Por que ela tinha que me fazer lembrar daquele Canalha?! Porque?!?!
O choro, que até então não havia notado, borrou toda minha maquiagem, oque me fez ter mais raiva.Lavo o rosto, e espero me acalmar um pouco para sair. Quando me sinto melhor, saio e dona pietra já não estava mais. Suspiro, aliviada.
Nossa mãe, as vezes é tão anti-Romântica.
-Tem razão, chatinha.
Desanimada, tento refazer a maquiagem que havia estragado. Verifico minha roupa e bolsa, e logo saio do quarto.
Ao adentrar a sala, logo vejo Estêvão e pietra, conversando. Os dois se afastam, ao notarem minha presença.-Oi!-Complementou à mim, com um aceno de cabeça.
-Oi...-Disse, estranhando aquele ar estranho que começava a se formar.
-Então, vamos?-Ando rapidamente até a porta, sem ao menos esperar ele responder.O caminho para delegacia, foi um completo tédio. Sentia uma tensão enorme entre mim e Estêvão.
Connor, ainda iria me ouvir. Ah! Se vai.
Ao chegar à delegacia, meu pai me arrastou, literalmente, para sua sala.
-Me larga!-Me afasto dele, sentindo a ira tomar conta de mim.-Estou cheia de você. Cheia dos seus caprichos. Cheia do doutor connor, 'o sabe tudo'.-Não começa, Lilian.-Me repreende, se aproximando de mim.
-Não comece, você!!!-Praticamente grito e tenho certeza que já podem nos ouvir, fora da sala.-Tudo oque faz, só me deixa com mais raiva de você. Sempre querendo controlar a minha vida; Sempre fazendo de tudo para que eu te obedeça sem protestar. Eu não vou permitir mais isso. Não vou!
Ergo a cabeça quando meus olhos seguem sua mão, levantar para me bater. Seus olhos estavam cheios de lágrimas, assim como também estavam vermelhos. Sentia sua raiva, oque me fez sentir um arrepio na espinha.
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Uma Agente Como Babá
RomansaApós o acidente de carro que resultou na morte de seu filho e namorado, Carly se vê sozinha no mundo sem ter com quem contar. Mas as coisas mudam e carly já não é mais uma adolescente boba e sem responsabilidade. Anos se passam e agora ela só quer f...