Prólogo

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Miami, Cidade na Flórida.
28 de Junho, Quatro anos à trás...

Você acredita que pensamentos negativos atraeem coisas ruins?
Bom, eu não acreditava. Até então...

-Para esse carro, Matheus!
-Grito, nervosa.-Para esse carro, agora!!!

-Eu não vou parar.-Disse ele gritando, enquanto tentava de alguma forma se controlar no volante.-Não vou permitir que tenha esse filho. Não vou!

-Você não tem que decidir nada por mim. Eu o quero e irei tê-lo.-Faço menção de abrir a porta do carro.

-Você não vai sair daqui, Entendeu?
-Nisso tudo Matheus, havia largado o volante, para poder me agarrar com força.

Sua respiração estava descontrolada e sua raiva chegava à seus olhos escuros. Eu estava com medo, mas não podia deixá-lo tirar meu bebê.

-Me deixe ir Matheus. Por favor, eu juro que nunca irei procurar você. Irei criar a criança sozinha...

-É Mentira!-Gritou ele, raivoso mais uma vez. Meu medo agora era maior, o carro começou a tomar outro rumo e estava à uma velocidade maior que antes.
Matheus vendo meu desespero,correu de volta para o volante, mas já era tarde e, o mesmo não conseguiu mais controlar o carro.

Minhas lágrimas eram inevitáveis de cair, eu morreria e meu bebê também.
-Faz alguma coisa!-Grito apertando meus braços ao redor de mim, em um modo inútil de me proteger,ou melhor, proteger meu bebê.
-Faz alguma coisa!Por favor...-Meus soluços se fazem maiores, o que irrita Matheus. O mesmo bate no volante, desferindo murros vãs.

-Para de chorar!-Ordena ele, se virando para me encarar.

Meus olhos se arregalam ao ver para onde o carro estava seguindo.
Não deu tempo de pensar em nada, tudo aconteceu muito rápido e eu só soube chorar.
Segurei o cinto de segurança que, me prendia à cadeira e fechei os olhos.
Depois disso só ouvi o grito agonizante de, quem à alguns minutos antes quis me tirar meu bebê.

Tudo se perdeu.

Não senti ou vi mais nada.

Até acordar em um quarto gélido, e solitário, Onde apenas se ouvia as diversas máquinas que estavam presentes ali também, junto à mim ou, ao meu corpo.

Por que Minha alma e meu coração, já não faziam parte de mim.

...

Uma Agente Como Babá Onde histórias criam vida. Descubra agora