ONZE | Sentimentos

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Dias haviam se passado desde a última vez que havia visto liam, Alexander passou a se infurnar novamente na agência atrás de uma solução para o problema que parecia só piorar e dentro da mansão parecia mais que tinha um velório todos os Santos dias pois todo mundo agia no automático, fazia o obrigado e não falava mais que o costume e necessário.

Aquilo sinceramente estava me dando nos nervos, primeiro que aquilo só me deixava mais nervosa e teoricamente não ajudava nada no meu trabalho em investigar as coisas como agente, e em segundo eu só não curtia muito o silêncio mesmo.

Era quase hora do jantar e as meninas estavam se aprontando para comer. Emma havia se trancado à cerca de uma hora dentro do quarto e não saiu mais, Alexander ainda não havia chegado da agência e tudo mais uma vez estava muito quieto até que...

-Podem levá-lo lá para cima.-A porta principal é aberta rapidamente e um liam totalmente machucado é levado para um dos quartos de cima sob a ajuda de Alexander e mais dois enfermeiros.

-Meu Deus!-Morgan sussurra logo atrás de mim com uma das mãos na boca.
-Oque será que aconteceu?

-Não faço a mínima idéia...-Foi a única coisa que consegui dizer.

Mais tarde naquela mesma noite após todos jantarem Morgan me chamou para levar o jantar feito para liam. A mesma estava com medo de ir sozinha e me chamou, não neguei pois precisava aproveitar a oportunidade para saber oque aconteceu de verdade.

Ao chegar ao quarto liam estava ainda dormindo pois habia sido medicado quase que naquele instante. Então, Alexander que ainda conversava com um dos enfermeiros, pediu para que deixássemos a comida encima da mesinha ao lado da cama.
Pude ver mais de perto que liam tinha um dos olhos roxos e o braço direito estava enfaixado.

-Rosa, espere um momento lá fora. Preciso falar com você.-Concordo antes de sair e fazer oque ele havia pedido.

Morgan saiu me deixando sozinha.

Cerca de minutos depois, um Alexander com uma cara de muito cansado saiu do quarto e se despediu dos enfermeiros que logo se foram. Ele me acompanhou até seu escritório e assim que me sentei ele começou a falar.

-Parece que toda vez que vou conversar com você é pra pedir desculpas...-Ele soltou uma risada meio sem jeito. Sorri de leve sem mostrar os dentes e ele apenas me encarou por um bom tempo.

Tempo esse que já estava me encomodando pela intensidade que o mesmo me olhava. Depois de longos segundos ele voltou a falar...

-Bom, lhe chamei até aqui pelo o ocorrido de alguns dias atrás. Meu irmão é muito difícil de lhe dar e...

-Tá tudo bem, senhor.-O enterrompi e o mesmo fez careta.

-Me chame de Alex ou Alexander, é bem melhor. Acho que você já é bem íntima dos meus problemas para tantas formalidades.

Voltou a sorrir e em um movimento involuntário colocou sua mão sob a minha que estava sob sua mesa. Um arrepio mais que rápido tomou conta de todo meu corpo me fazendo retirar minha mão de perto do seu toque.

-Oque aconteceu com o senhor liam?
-Perguntei mudando de assunto, seu rosto se fechou rapidamente.

-Nada de muito grave, mas ele vai precisar de repouso. Foi encontrado na rua e o mais provável é que tenha sido vítima de algum assalto pois não encontramos o carro que ele estava.-Explicou se levantando.

-Entendi. Acho que já posso ir, certo?

Levanto e me dirijo até a porta, sua mão toca meu braço me parando onde estava. Estava começando a me sentir demasiadamente estranha perto dele e aquilo não me agradou de início. Me viro e o encontro me encarando com ar inexplicável.

-Acha que as meninas gostariam da idéia de passear amanhã?

-Claro, tenho certeza que sim.-Minha voz soa baixa e tenho raiva disso.

Oque eu estava fazendo?

-Gostaria que falasse com elas e providenciasse algum lanche pra levar.

Seus olhos encaravam os meus sem desviar um só instante.

-Pode deixar senh...Alex.

Nossos corpos estavam perto de mais e tenho quase certeza que se não tivesse aberto logo aquela porta teríamos nos beijado. Como? Eu também não sei, e aquilo infelizmente ou felizmente estava acontecendo.

Seria possível mesmo Alexander estar interessado em mim?

Em que momento aquilo aconteceu?

Eu sabia de uma única coisa: Precisava dormir. É isto.

No dia seguinte, pedi logo cedo na cozinha para preparem uma cesta grande com bastante lanche assim como Alexander pediu. Logo em seguida, subi para os quatros das meninas e acordei uma por uma, ajudando também com a roupa de cada.

A felicidade das duas eram inexplicáveis quando disse que o pai queria passear com elas, me senti bem vendo elas bem também. Cerca de meia hora depois descemos as três juntas e Alexander já estava na sala ao celular falando com alguém.

-Ok, entramos em contato então. Bom dia!

Disse encerrando a ligação assim que nos viu, guardando o celular logo após.

-Então vamos?-Perguntou ele.

-Sim papai.-As duas disseram juntas, aquilo foi muito fofo.

Nos dirigimos então até a porta e logo já estávamos dentro do carro. Cerca de minutos depois já estávamos em um parque lindo, contia um gramado muito bem cuidado com flores e árvores de diversos tipos, bancos com mesas, brinquedos para crianças e o melhor era que naquele dia o céu estava aberto e com poucas nuvens.

Assim que chegamos as meninas correram para brincar e então restou apenas eu e Alexander para montar tudo. Forramos um lençol no gramado e organizamos os lanches sob o mesmo.
Após estar tudo pronto, fiquei observando os casais e as crianças de todas as idades que haviam ali. Foi inevitável lembrar que também já fui uma jovem apaixonada e que não tinha meu filho ou filha agora por conta das minhas más escolhas.

Um suspiro me escapou oque chamou atenção de Alexander que me encarou no mesmo instante.

-Ta tudo bem, Ana Rosa?-Seu semblante preocupado me fez dar conta que meus olhos estavam cheios de lágrimas pelas lembranças e tantas culpas. Infelizmente tudo aquilo me fazia mal, era como um ponto fraco.

-T-ta ta sim...-Desviei meus olhos dos seus.

Mas para minha surpresa eu tinha um "patrão"muito ousado até por que sua mão tocou meu queixo me fazendo o encarar novamente.

-Não parece.-Foi só oque ele disse antes de tocar meus olhos, me fazendo os fechar. Com o ato as lágrimas que eu estava fazendo de tudo para não derramar, escorregaram por meu rosto me fazendo abaixar a cabeça.

-Conta pra mim oque te machuca, eu prometo te ouvir.-Suas palavras me transmitiam segurança como nunca alguém me fez sentir.

O pior era saber que não podia me abrir como a Carly de verdade, poderia ser comprometedor e aquilo acabaria com meu trabalho.

-Eu não posso...

-Oque você não pode?-Perguntou me encarando nos olhos como se pudesse ver minha alma.

Oh céus, por que ele tinha que ser assim?

-Eu não quero enganar você...

Sussurrei quase que imperceptível pois seu rosto se formou em uma completa confusão.






Agoooraa sim tudo ta começando a desenrolar.😄
Espero que tenham gostado, comentem e deixem suas estrelinhas.

Até mais!💋

Uma Agente Como Babá Onde histórias criam vida. Descubra agora