TREZE | Os jogos invertem

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Seu olhar...

Oque dizer do seu olhar? Nossa, era como encarar o mais profundo e intenso oceano. Como nunca parei pra reparar em como seus olhos eram tão lindos assim?
Sua boca então...
Eram como dois morangos vermelhos, apetitosos, rosados.

Onde eu estava com a cabeça? Estávamos lado a lado deitados encima da cama de uma de suas filhas e eu me encontrava rendida só por estar tão perto e presa aos sentimentos confusos e incertos que me provocará com seu jeito, sua boca...
O pior não era nem isso por que ele nem sequer mostrava querer distância ou algo do tipo, me olhava com tamanha necessidade e minha presença parecia satisfatório para o mesmo.

Onde eu fui me meter?

-Alexander...-A voz de Emma é oque parece fazer o marido voltar do espaço por que como num estalo ele piscou os olhos. Comigo não foi diferente.

Sentada agora na cama vejo seus olhos em um misto de confusão, parecia querer uma explicação do que acabará de ver. Bom, se ela conseguisse aquela explicação gostaria que fosse compartilhada por que eu também estava sem entender absolutamente nada.

-Oque você quer, Emma?-Seu tom de voz era grosso.

-O jantar...-Ela tenta dizer.

-Eu já sei. Desça, nos encontramos a mesa.
-Diz ele praticamente ordenando.

Ela concorda e se retira meio relutante.

-Meninas, terminem de se aprontar!

-Ok, papai.-Dizem juntas prendendo o riso com certeza achando graça da cara que Emma havia feito.

Me levando logo em seguida em um movimento vão de sair do quarto. Sua mão mais uma vez me impedirá.

-Rosa...-Ele levanta colando seu corpo ao meu como nunca havia feito antes, sua testa vai de encontro a minha e um suspiro escapa de sua boca.

-Oque...Oque tá fazendo?-Tento afastar seu corpo do meu, mas seus olhos ao encarar os meus acaba com possível movimento.

Alguém por favor poderia me explicar oque ta acontecendo comigo?

-Eu não consigo mais controlar. Por favor, me diz que sente o mesmo por que eu não aguento mais...

-Rosa, eu já...-Valerie para no canto e posso sentir que ela sorrir pois solta um gritinho típico.

Com a presença da filha Alex acaba por me soltar, com isso aproveito e saio rapidamente do quarto. O ar ali havia parado definitivamente e eu já não estava mais aguentando.

-Rosa, você e meu pai...

-Não, não entenda mal. Foi um mal entendido, isso foi...

-Ai, eu tô muito feliz!!-Comemora batendo palminhas antes mesmo de me permitir terminar de falar.

-Vamos logo descer pra esse jantar.-Digo já descendo as escadas.

Logo atrás vinha Alexander com marianne. Por fim, todos jantaram e claro que Emma não parou de me encarar um só instante.
Aquilo estava cada vez pior e sinceramente precisava romper com aquilo me afastando o quanto antes de Alexander. Todas aquelas coisas confusas só iriam acabar com todo meu trabalho e todo esforço que tive até aqui. Não iria permitir aquilo.

Meu maior desafio agora seria evitar Alexander campbell.

Mais tarde com todos já recolhidos para dormir, saio do quarto de marianne fechando a porta com todo o cuidado. Havia lhe contato uma história qualquer como ela mesma havia pedido, com um pouco de dificuldade ela dormiu então não seria uma boa acorda-la novamente.
Me dirijo para meu quarto e ao adentrar o mesmo retiro o uniforme e vou logo para o banheiro. Minha maior vontade agora era tomar um banho quente e deitar.

Já dentro do box, ligo o chuveiro me molhando em seguida. Espalho um pouco de sabonete líquido pelo corpo e fecho os olhos com força permanecendo debaixo do chuveiro. Os últimos acontecimentos me invadem de uma maneira que não sabia explicar.

Sua boca, seus olhos, sua voz...

Em que momemto ele passou a mexer tanto comigo assim? Estava muito confusa e me sentia encurralada com tantas novidades pois tudo havia saído do controle e eu tinha certeza que se não fosse mais cuidadosa colocaria tudo a perder. O pior era que eu tinha pouco tempo para descobrir várias coisas, se fracassasse connor nunca mais me confiaria um trabalho como esse. Isso eu não iria permitir.

Tinha a sensação que precisava de só mais um pouco de tempo para encaixar tudo. Emma e liam tinham um caso às escondidas, liam tinha raiva e muita inveja de Alexander e algo estava acontecendo dentro da agência da família e oque minha intuição dizia era que Emma e liam tinham algo a ver com toda essa crise. Eu só precisava descobrir oque.

Saio de meus devaneios quando ouço a porta abrindo. Rapidamente puxo a toalha e me enrolo na mesma.
-Quem está aí?-Caminho até a porta do banheiro abrindo-a.

A porta do quarto permanece fechada então penso que talvez tenha ouvido coisa, mas ao me virar novamente encontro um liam despreocupado sentado no canto da porta que dava pra varanda. Como não havia o visto ali?

-Oque ta fazendo aqui, liam?-Pergunto e por algum acaso Seguro a toalha com mais força.

-Não gostou da surpresa? Não precisa fingir mais, minha linda. Alexander não está aqui e... Podemos aproveitar que acabou de sair do banheiro e está semi-nua.-Diz tudo enquanto se aproxima devagar com um sorriso sacana no rosto, sussurrando a última parte "semi-nua".

Me viro tentando abrir a porta, mas para minha derrota o desgraçado está com um molho de Chaves na mão.

-Se meteu com a pessoa errada, liam! Você não me conhece então não ouse tocar em mim. Vai se arrepender.-Falo tudo sariamente agora. Sabia que em algum momento isso poderia acontecer.

-Nossa, vai dizer ao meu irmãozinho?-Seu sorrisinho de quem não está com um tico de medo me dá nos nervos. Ele me lembrava uma pessoa e eu odiava isso.

-Não sou como as outras babás, liam. Isso eu posso te garantir! Não sou como as outras que você comia às escondidas pelos cantos dessa casa, enquanto você zombava do seu irmão.

-Você está bem informada hein, também é muito curiosa por que pude ver hoje você bisbilhotando meu quarto. Sei que tá se fazendo de difícil.

Quando dou por mim seu corpo está colado ao meu, me prensando contra a porta.
-E então, oque vai fazer?-Me desafia enquanto põe sua mão sobre a minha que está segurando a toalha.

-Isso!-Chuto suas partes e o mesmo cambaleia para trás. E Olhando ainda sua cara ficar roxa pela dor desfiro uma tapa no lado esquerdo do seu rosto que solta de vez o molho de Chaves do chão.

Pego as chaves e abro a porta do quarto.
-É bom pra você que não volte a se aproximar de mim e muito menos que me toque. Da próxima te deixo com os dois olhos roxos.

-Você não seria capaz...-Diz gemendo segurando os ovos como se os mesmos fosssem cair, tenho vontade de rir.

-Não duvide. Não tenho um pingo de pena de você. Agora sai daqui que amanhã eu trabalho ao contrário de você.

-Você vai se arrepender...-Mancando e ainda gemendo ele levanta com dificuldade e sai, sumindo pelo corredor. Tranco a porta novamente, mas dessa vez com chave.

Finalmente respiro sentindo ainda tudo oque acabará de acontecer. Liam faria de sua vida um inferno e a guerra acabará de começar.

-Isso está cada vez mais difícil.

Uma Agente Como Babá Onde histórias criam vida. Descubra agora