VINTE E TRÊS | Sinto sua falta...

105 14 13
                                    

Alguém pigarreia fazendo com que chame minha atenção. Vejo que se trata de connor e então desfaço o abraço com valerie que encara a mim e ao meu pai sem entender nada.

-Estêvão, fica com a valerie pra mim, por favor?-Estêvão concorda com um leve aceno de cabeça.

Me dirijo para a sala do meu pai e o mesmo entra também fechando a porta em seguida.

-Pode falar...-Me jogo em uma cadeira qualquer e o espero começar a falar e falar.

-Lílian, por que não me disse que essa garota tinha fugido de casa pra vir te procurar? Não se dá conta do tamanho do prejuízo que pode nos causar?

O encaro sem dizer nada, havia me acostumado em tê-lo reclamando de tudo que me envolve. Ele para e me analisa perplexo.

-Você não vai dizer nada?

-Olha só, eu descobri disso tudo não faz nem uma hora. O pai dela me ligou...

-Não acredito que mantém contato com esse...

-Esse oque?-Me exalto levantando da cadeira.

-Ele é o irmão daquele bandido. Essa menina, todos dessa família fazem parte daquele bandido...

-Que horror, "papai".-Digo sarcástica.
-Deveria ser um exemplo e não mais um julgador preconceituoso como muitos por aí. Alexander não tem culpa e muito menos a menina, São inocentes. Mas parece que o senhor não consegue captar isso, não é?

-Aonde vai?-Pergunta ao ver que sigo para porta.
-Carly, ainda não terminamos.

-Eu vou fazer o certo e sim já terminamos. Ah, faz o favor de mandarem prender logo todos envolvidos nessa merda por que assim que tudo isso acabar eu vou embora. Estou cheia disso aqui tudo!

Ele suspira e nada mais diz. Saio de sua sala e encontro uma valerie de braços cruzados enquanto Estêvão parece tentar entreter ela.

Sorrio.-Ta difícil ae?

-É, bom, ela é legalzinha...-Ele diz meio incerto enquanto valerie se aproxima me abraçando.

-Eu vou levá-la pra minha casa, obrigada por tudo Estêvão.-Ele sorrir daquele jeito bobo e então valerie me abraça mais forte.

-De nada, Carly!

Sigo para fora da delegacia e já dentro do carro sigo para casa. O caminho todo fui perguntando e aconselhando valerie que me disse ter escutado meu verdadeiro nome em uma discussão do "tio"e seu pai. Ela pegou todo dinheiro do seu cofrinho e pagou um táxi para levá-la até o endereço da delegacia que ela achou na Internet ao pesquisar por mim. Eu adverti ela dizendo que o táxi poderia ter sido uma pessoa má e que agora ela poderia está sem vida, mas ela entendeu e pediu desculpas.

Ao chegar em casa dei algo para ela comer já que minha mãe não estava em casa. Aproveitei que ela estava comendo e liguei para Alex que atendeu no primeiro toque.

-Carly, já sabe algo da minha filha?

-Oi, Alex! Sim, valerie está aqui comigo. Eu vou levá-la aí e lhe explico como tudo ocorreu...

-Não precisa. Eu mesmo vou buscar ela, é só me dizer o endereço.

-Alex, não precisa...

-Sem discussões. Eu vou, não tem problema.

-Ok, está bem. Lhe mando o endereço por SMS então. Até já!

-Até.

-Era meu pai?-Valerie pergunta atrás de mim.

-Sim, ele virá buscar você.

Uma Agente Como Babá Onde histórias criam vida. Descubra agora