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DUOLOGIA OCULTOS - I
Chaol Brekker, tinha um passado árduo; o homem portava seus demônios enraizados por escolhas que não foram lhe dadas no passado. Toda a sua vida havia si...
Eu perdi o meu caminho entre as ruas vazias. Morangos Silvestres
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O depósito em que iria me encontrar com Campellone, como sempre, fedia demais. Não entendia como ele sempre conseguia escolher os piores lugares para nos encontrarmos, na verdade, eu entendia, mas não gostava ainda assim.
Quando adentrei seu escritório foi que finalmente respirei de verdade, ali tudo era limpo e organizado, diferente do lado de fora. Clint estava na sala também e me deu um aceno de cabeça. Igual todas as outras vezes desde o meu iniciamento, o ignorei e me voltei para o meu chefe. Apesar de ser considerado meu superior, não obedecia nenhuma ordem vinda de Clint desde os quinze anos; não o suportava.
Campellone em seu grande porte estava sentado em uma grande cadeira. Seus olhos claros e espertos não perdiam nada da minha interação com meu antigo chefe e mestre. O grande homem bem vestido parecia pacífico, mas ele escondia um inferno em si e era astuto demais a cada gesto, palavra e ação. Ele era como uma águia gigante e faminta que nos olhava de cima escolhendo sua próxima caça.
— Sente-se — ordenou calmamente, porém um dos seus seguranças me parou antes do ato. — Sem armas na mesa, claro.
Tirei todas as minhas armas em sua frente e me sentei do outro lado da mesa, face a face com o mal. Sabia que fazia tal coisa somente para demonstrar o seu poder perante a todos naquela sala.
Ele trajava um elegante terno branco, feito sob medida para o seu corpo que era alto e um tanto gordo, mas ainda assim ele era bom de luta. O vi lutando pouca vezes, no entanto, nessas ocasiões havia notado como o homem era inteligente para usar todo o seu corpo ao seu favor. Talvez ele também tivesse treinado com Clint, já que ambos pareciam ter idades bem próximas.
— O que deseja? Tenho certeza que não me chamou aqui para um simples café. — Disse elevando a perna e pousando o tornozelo sobre o joelho, imitando uma das típicas poses de Thomas.
— Oh, estávamos somente o aquecendo com Gerald — sem nexo, começou —, agora temos um caso de verdade para você, não é mesmo, Clint?
O homem parado a porta que costumava ser meu mentor somente concordou e manteve a postura.
— Qual seria esse caso?
Campellone sorriu de forma maquiavélica para mim, planos brilhavam em suas orbes claras, mas eles eram tão difusos e experientes com mentiras que não pude ver nada do que ele não queria transmitir.
— Há um homem querendo me derrubar, tanto publicamente quanto nesse mundo da máfia. Eu quero que você se livre dele sem nenhum problema para mim.
Publicamente, Campellone concorria a ser prefeito da cidade. Com sua ótima lábia e uma imagem perfeita, não duvidava que ele ganharia e aumentaria ainda mais o seu poder.
Meu chefe era inteligente o suficiente para esconder seus crimes das formas mais perversas e inimagináveis possíveis. Ele usava os pobres e esquecidos que iriam fazer tudo que pedisse por um pouco de cuidado para esconder os seus crimes. Campellone era o único homem que eu temia na face da Terra, porque ele era ardiloso o suficiente para conseguir tudo o que queria. Normalmente, não temos a pessoas pois todos nós temos medos e falhas, e isso inclui a mim. Entretanto, ele era como um psicopata com mania de grandeza, não temia a nada e fazeria de tudo para conseguir mais poder.