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Ter alguém sempre por perto me sufoca.
Antes do Pôr do Sol.

Durante todo o percurso até em casa ela continuou em silêncio e quando paramos na garagem foi a primeira a sair

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Durante todo o percurso até em casa ela continuou em silêncio e quando paramos na garagem foi a primeira a sair. Dentro do elevador a mulher parecia uma criança emburrada, agarrada a suas roupas e batendo o pé sobre o metal.

Assim que o elevador se abriu nos deparamos com Thomas, que perambulava seminu pelo apartamento. O homem nunca se importou em usar roupas dentro de casa, nem quando Avery estava aqui, não seria diferente com Lindsay.

Ele nos olhou confuso enquanto saiamos do elevador. Parei de frente para ele, queria lhe informar algumas coisas. E Lindsay passou por nós como um foguete e se trancou no quarto; depois eu iria atrás dela.

— Quero que saia durante o dia todo, porque as coisas aqui não estão as melhores e não estou afim de lidar com a sua guerrinha com ela também.

Ao perceber que não brincava, Thomas simplesmente levantou as mãos em sinal de rendição.

— Seu pedido é uma ordem.

Com isso, saiu da sala indo vestir uma roupa qualquer. Permaneci no lugar, aproveitando aquele meio tempo para respirar e me acalmar; trazer ar aos pulmões e apagar a chama crescente que subia pela minha garganta querendo sair e queimar tudo. Alguns minutos depois, Thomas saiu de casa, arrumado e pronto para fazer o que fazia sempre que saia; eu só não sabia o que era.

Depois disso caminhei para o quarto de Lindsay que estava vazio, na cama residia somente sua bolsa aberta e da porta do banheiro vinha uma luz. Acostumado a conviver com Thomas, somente abri a porta, a assustando no processo. Lindsay deu um pequeno pulinho e abaixou a camiseta que havia vestido, tampando a visão que tive da sua pele ferida.

— O que você quer aqui, cabrón? — Indagou, furiosa.

Seu olhar ardia como o inferno, mas ela se conteve em se encostar na pia para esconder a caixinha de primeiros socorros. Foi o ato automático que me deixou curioso para saber a causa; por que ela iria querer esconder as feridas de alguém? Se passavam várias respostas pela minha mente, no entanto, eu queria a dela.

Sabendo que não iria me responder caso me perguntasse, optei por outra estratégia.

— Vim em paz.

A expressão que me deu foi um misto de incredulidade e dúvida.

— E...?

— Só vim para oferecer ajuda e conversar. — Respondi adentrando o grande espaço.

— Que engraçado, você não queria conversar muito no carro.

Levei minha mão aos cabelos e os arrumei, procurando algo para fazer enquanto pensava em uma resposta.

— Sei que fui idiota, mas estava no meu direito de ficar puto com a situação.

— Ficar puto com o que exatamente? Com eu ter me defendido?! — Elevou a voz.

VERTIGO (COMPLETO NA AMAZON)Onde histórias criam vida. Descubra agora