Em parceria com: @freyjaakantha
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DUOLOGIA OCULTOS - I
Chaol Brekker, tinha um passado árduo; o homem portava seus demônios enraizados por escolhas que não foram lhe dadas no passado. Toda a sua vida havia si...
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Acho que Chaol não pensou em me dar uma carona quando disse que precisava das minhas coisas. Já sabia que tinha dedo podre quando o assunto era homens, mas não pensei que seria tão ruim ao ponto de ter que morar com dois assassinos e agir naturalmente, tomando café da manhã e jogando conversa fora. Sabia também que era louca, mas havia ultrapassado o limite da loucura nas últimas horas.
Saí rapidamente daquele apartamento, sem esperar com que Thomas acordasse. Eu não ficaria esperando a morte dormir ao meu lado e acordar mais insaciável do que nunca.
O táxi que pedi me aguardava em frente ao prédio, e assim que entrei, o homem do volante me olhou com um julgamento disfarçado. Não poderia negar que minha peruca mais o fato de estar saindo de um bairro como aquele deixava o pensamento de homens como esse aflorados, porém eu não me importava. Se ele soubesse tudo o que presenciei durante a madrugada, o cara sairia correndo.
No entanto, não aceitei seu julgamento pelas minhas roupas e encarei o taxista rechonchudo de cabelos grisalhos, e ele logo se deu conta de que tinha que trabalhar.
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O trânsito matinal era perceptível, mas não demorou muito para que eu chegasse na boate. Fiz questão de jogar algumas notas para o homem sem lhe direcionar um olhar, e sai do carro, batendo a porta em seguida.
Respirei fundo e encarei a entrada da boate. As luzes apagadas, a falta de glamour e o asfalto rústico me davam arrepios. Apesar de trabalhar com aquilo, odiava aquele mundo.
Decidi entrar pelos fundos para caminhar despercebida, passando pelo beco que, graças ao meu anjo da guarda, estava vazio. Assim que me aproximei da porta de aço preta, apertei o botão que dava acesso, que foi aberta por um dos seguranças que me dirigiu um olhar surpreso. Provavelmente já estava ciente dos últimos acontecimentos.
Eu era muito burra e ao mesmo tempo corajosa por estar ali, sabendo que o tal de Turmond queria a minha cabeça em uma bandeja de prata, no entanto, eu pagaria para ver se o homem era capaz de fazer o que pretendia.
