XII

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Não faço ameaças. Mas cumpro promessas.
Doctor Who (Classic)

Olhava para o teto do quarto apenas tentando entender porque não estava conseguindo dormir

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Olhava para o teto do quarto apenas tentando entender porque não estava conseguindo dormir.

Virei-me novamente, ficando deitada de lado, encarando a porta do banheiro. Vagamente as lembranças de horas atrás, de Chaol cuidando dos meus ferimentos, fez surgir um sorriso idiota no meu rosto. Se controla, Ellie.

Não poderia negar que foi fofo seu modo cavalheiro de se portar e se oferecer para cuidar de mim, com essa forma distorcida de pedir desculpas. Mas era estranha a maneira que ele me olhava, como se estivesse se recordando de algo em sua vida. Tudo sobre Chaol era enigmático e excitante ao mesmo tempo. O modo que se controlava sem querer demonstrar a raiva que o habitava, me deixou curiosa, porém não poderia esquecer que por detrás daqueles olhos misteriosos existia alguém que vivia para matar.

Eu não queria julgá-lo, não conhecia sua vida, sua história, ou o seu passado. Entretanto, a sensação era a mesma de se estar uma roleta russa, onde cada minuto que se passava, mostrava o quanto minha vida estava em suas mãos. Já havia me livrado de duas balas, e me perguntava quando o gatilho seria puxado novamente, e se eu teria a mesma sorte de novo. Tinha certeza que a sua lista de vítimas era crescente, e o meu nome poderia estar nela em algum futuro incerto; a mais uma arma engatilhada de distância.

Todo o cuidado era pouco com o homem que dormia há poucos metros de mim. E se fosse me permitir tentar descobrir seus segredos, teria que ser forte para enfrentar a morte e seguir sorrateiramente em direção ao precipício.

Metáforas, Ellie. São apenas metáforas.

Encarei o relógio que marcava uma da manhã. Só precisava pensar que amanhã seria diferente e que tudo se resolveria, porque eu só queria sair daquele apartamento.

 Só precisava pensar que amanhã seria diferente e que tudo se resolveria, porque eu só queria sair daquele apartamento

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Já se passavam das sete da manhã e o cheiro de café estava impregnado por toda a casa. Movimentava a frigideira com uma destreza que mal sabia que tinha. Talvez o motivo fosse por não ter uma cozinha como aquela em minha casa, pois aqui até as panelas eram de marcas das quais eu passaria um mês sem meu salário para conseguir as comprar, e isso permitiu com que os ovos fossem virados perfeitamente.

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