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DUOLOGIA OCULTOS - I
Chaol Brekker, tinha um passado árduo; o homem portava seus demônios enraizados por escolhas que não foram lhe dadas no passado. Toda a sua vida havia si...
Não existe coincidência, apenas a ilusão de uma coincidência. V de Vingança
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Se eu parasse para pensar no quanto aquela ideia era estúpida, abriria a porta do passageiro para pular com o carro em movimento. O tal de Chaol dirigia em uma velocidade exorbitante, não era como se ele fosse um mau piloto, mas conseguia dirigir como um louco e ao mesmo tempo estar ligado a tudo em sua volta, e aquilo me assustava. Desde quando ele me jogou no banco ao seu lado, já pensava no que fazer para escapar daquela enrascada. Porém, depois de ter ouvido o babaca com sorriso arrogante do seu parceiro, me via sem escolhas.
Como os dois sabiam que eu estava lá em baixo?
Era uma das perguntas que não saia da minha mente. E só de perceber o quão ardiloso eles eram, preferi ficar quieta, apenas observando cada detalhe. O fato de ele ter percebido que eu havia achado uma faca embaixo do banco do passageiro, mostrava que estava ligado em meus movimentos. Então, precisava ter calma para lidar com a situação, obviamente ele era uma pessoa treinada para lidar com aquele tipo de coisa. Depois que vi o que ambos eram capazes de fazer, eu permitiria que tivessem essa ideia de controle, pois assim estariam ocupados demais se sentindo os fodões de toda a situação, enquanto era eu quem planejava tudo.
O cara permaneceu quieto, e eu muito mais. Chaol, era o posto do tal de Thomas. Parecia mais centrado, sempre focado no que precisava fazer, como se lidasse mais com a razão do que emoção.
Observei o bairro de alto padrão que estávamos adentrando; os prédios em tons escuros e espelhados era o forte do bairro. Ele nos guiou até ruas movimentadas. Muito esperto, eu diria. Ele se escondia aparecendo. Senti o carro acelerar para entrar em um tipo de garagem submersa.
Ok, enquanto estava em um ambiente movimentado, poderia pensar em alguma coisa. Mas agora, estando em um local fechado, começava a me desesperar.
Droga. Pense Ellie. Pense.
Ele estacionou o carro com perfeição e agilidade. Não direcionando seu olhar a mim, simplesmente desligou o carro e saltou virando-se de costas. Tirei o cinto de segurança, e quando fiz menção de abrir a porta, ele já tinha feito; cavalheiro.
Abracei meu corpo recompondo minha camisa amarrotada que estava um pouco aberta e sai do carro. O desgraçado do Tormund poderia ter me estuprado naquele beco caso Chaol não tivesse aparecido. Todavia, não ficaria de guarda baixa, pensando que ele era o mocinho, com toda certeza eu sai de um problema para me enfiar em outro muito pior. Se o tal de Tormund se sentiu ameaçado em sua presença, eu não deveria subestimá-lo.
Mas tudo o que Chaol fazia, era me analisar. Seus olhos estavam apertados, como se estivesse me sondando. O desgraçado sabia que eu estava temerosa. Depois do seu parceiro ter me ameaçado, claramente ele pensava que tomaria as rédeas da minha vida, fazendo o que bem entendesse comigo. Definitivamente, não me conheciam.
