- O meu nome é Stwart e desculpe se a acordei mas o seu número é o primeiro na lista de contatos do meu cliente.
- Cliente? Mas...
- Trabalho no bar BlueSky e um dos meus clientes bebeu demais, acha que pode passar aqui, ele não está em condições de conduzir.
- Envie a morada por mensagem, estarei aí o mais rápido possível.
Desligo o telemóvel e visto algo rápido, que raio Lee faz a estas horas num bar? Eu nem sabia que ele tinha voltado a sair, não conheço a morada, se é longe ou perto, mas terei de traze-lo no seu carro então chamo um táxi através de uma aplicação informática. Tento fazer o mínimo de barulho e espero o meu transporte na rua, quando ele chega dou a morada, são quinze minutos de trajeto até ao bar com luzes azuis que piscam por todo o lado, pago o taxista e entro no bar, estava quase vazio por isso foi fácil identificar o idiota do Jason sentado no bar...
- Sou Aly, obrigado por me ter ligado.
- De nada!
- Jason larga o copo e vamos embora. - Afinal não era Lee.
- Não.
- Preferes que chame Jamie ou algum outro colega teu? Vamos agora!
Ele tira a carteira do bolso e as chaves do carro caem, ótimo isso vai evitar uma discussão. Espero que receba o troco e deixo que se apoie em mim, porra o homem é bem pesado, vai ser uma luta para chegar ao carro com ele mas, com esforço consigo encosta-lo na pick up para abrir a porta...
- É a minha carrinha, eu conduzo.
- Nem pensar, fui acordada as três da manhã para vir buscar-te então faz o que eu digo, entra na carrinha sem reclamar.
- Era só o que me faltava!
- Brenda deve estar preocupada contigo.
- Comigo? - Ele fica tão irritado que tive medo de estar a conduzir o seu carro - Ela foi embora.
- Amanhã será um novo dia e vocês resolveram a vossa discussão com calma.
- Ela foi embora, foi por isso que voltou, para acabar tudo. - Ele bate com força no tablier do carro, eu sei como doi, Já passei o mesmo.
- Eu lamento Jason.
- Eu também por ter perdido tempo com ela.
- Não digas isso, deixa a poeira assentar.
Estaciono na sua porta e ajudo-o a entrar em casa, valeu por uma manhã de ginásio, levo-o até a casa de banho e obrigo-o a tomar um duche, ela tenta contestar mas sem hipóteses, a sorte é que eu não posso colocá-lo eu mesma debaixo do chuveiro, seria água gelada garantida. Faço um café bem forte para ele e espero que saia do banho, não há sinal de Brenda, o que será que aconteceu entre os dois?
- Ainda estás aqui?
- Queria certificar-me que não adormecias no duche.
- Desculpa por tudo. - Ele passa uma toalha no cabelo, porra eu preciso ir embora daqui.
- Tudo bem só não sabia que tinhas o meu número de telemóvel e muito menos que eras do tipo que bebe até cair.
- Eu não costumo beber, não fiques com uma ideia errada.
- Bom eu fiz um café, agora deixo-te descansado e por favor não me acordes outra vez a esta hora.
- Espera! - Ele pega gentilmente na minha mão - Preciso compensar-te!
- Claro que não, mas tenta não fazer o mesmo, desculpa dizer-te mas és pesado. - Ele finalmente sorri mas não larga a minha mão e posso dizer que sinto o seu calor e uma descarga elétrica.
- Não é simpático da tua parte falares do meu peso, amanhã vou buscar-te para jantar.
- Eu disse que não é preciso. - Retiro a mão e abro a porta da rua.
- Um picnic?
- Tudo bem sr comandante, sete horas em ponto.
- Levamos a tua moto. - Tão perto de mim ele fica gigante, olho para cima e encontro o seu olhar divertido.
- Eu sabia, és um interesseiro.
- Amanhã às sete!
Entro em casa com o sol a espreitar no céu, abro a porta com cuidado...
- Muito bonito chegar a casa a esta hora! - Lee estava prestes a sair para um treino matinal.
- Fala baixo Lee.
- Vi-te a sair da casa de Jason, ele e a namorada são do tipo de fazer festas a três? - Tapo a sua para evitar que acordo os outros.
- Oh deus, não. Ela deixo-o e eu fui só ajudar.
- Foste cuidar dele, como? - Bato com força no seu braço, não aprecio a sua acusação.
- Para com isso, estou a falar sério.
- Estava só a brincar, mas conta-me aquela polícia mal humorada deixo-o?
- É o que parece mas não é meu problema.
- Jason não merece, ele tem um bom coração.
- E eu perdi o sono que tal fazermos o pequeno almoço nós para variar.
- Eu vou treinar, cozinha não é comigo. - Ele pega no telemóvel e sai de casa.
Depois de comer vou buscar Luca a casa de Jamie, falo um pouco com o meu jovem protegido, ele está de acordo em ir para a escola, eu acho que ele está de acordo com tudo o que eu digo, é um amor de menino. Mary e ele acham muita graça ao facto de Jason me vir buscar para sair, eu não vejo piada alguma mas pronto. Jason bate na porta e diz que mudou de ideias, vamos na sua pick up. Vejo uma enorme cesta no banco de trás, quado chegamos reparo que estamos numa zona florestal e depois de andar um pouco chegamos a uma clareira, um casal passeia de cavalo e não posso evitar de dar carícias aqueles fascinantes seres. Seguimos mais um pouco e perto de uma queda de água ele pousa o cesto e a manta, ajudo-o a montar tudo no chão...
- É lindo!
- Faz muito tempo que não venho aqui, antes era o ritual do domingo, os meus pais traziam-me a mim e ao meu irmão.
- Eu não sabia que a tua família é daqui da ilha.
- O meu pai também era polícia e viemos do Canadá quando eu e o meu irmão mal sabíamos falar, ele aceitou trabalhar aqui. - Ele fala do pau com orgulho.
- Seguiste as pegadas dele?
- Infelizmente ele morreu, foi morto durante um assalto, a minha mãe morreu no ano seguinte com cancro, fiquei eu e o meu irmão que fez a escolha errada, escolheu a vida de traficante e morreu de overdose. - Senti que lhe doi falar no assunto, a sua voz estava embargada.
- Oh sinto muito, eu também não tenho mais ninguém.
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Nas Garras Do Passado
Roman d'amourQuando amamos alguém e decidimos casar é óbvio que pensamos ser para sempre mas quando isso não acontece, ter o sobrenome Rock é como ser prisioneira do demônio. Eu fugi, senti a liberdade, a felicidade e o amor mas ele voltou para me aprisionar a u...