O primeiro dia do resto de nossas vidas ( Final)

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POV REGINA

"Fomos então no banheiro em frente ao portão de embarque, e a Emma terminou primeiro que eu.

Amor, vou esperar aqui fora tá? Vou ficar olhando a fila.

Tá amorzinho, já estou saindo, é que estou cheia de roupa.

Tá – ela riu e saiu do banheiro eu só escuto uma voz conhecida dizer da porta:

" – Parada Alemanzinha, você está presa!" – disse Fiona, eu abri a porta do banheiro correndo e fui até a entrada desesperada. Encontro um homem algemando a Emma com os braços para trás, e Fiona estava na frente dela.

– Não Fiona!! Por favor solta ela!!

– Me desculpe Regina, mas ela está presa! – disse Fiona.

– Por qual acusação? Aliás, em qual identidade? A dela ou a que você inventou para afastar a Emma de mim, me diz?? – falei muito nervosa e encarando Fiona.

– Ela tem pendência com a justiça – disse Fiona calmamente.

– Pendência?? Ela pagou e foi solta! E com uma identidade que você colocou nela. – chego meu rosto mais perto do de Fiona e continuo – Me diz uma coisa, porque fez isso?? Por que foi tão cruel comigo, você viu o meu estado, você foi até Seattle me visitar, eu chorei no seu ombro por causa dela, Fiona! E você sabia desde o início que ela estava viva e não me disse nada, pior, trocou a identidade dela para eu não saber de nada! – Continuava encarando ela e a veia da minha testa pulsava de tanta raiva e nervoso que eu estava.

– Bem, foi a melhor coisa a se fazer, foi melhor pra você não ir atrás dela... –

– Como é que é??? – digo furiosa – Quem é você pra achar o que é melhor ou não para minha vida?? Me diz?? – Fiona cruza os braços e fica sem o que falar, olhava para Emma que estava atrás de mim, algemada.

– Regina, se acalma... – e ela tocou meu rosto e nisso Emma mesmo com as mãos algemadas, deu um pulo com o corpo, "peitando" Fiona e dizendo em tom alto:

– Não encosta nela!!!! – Fiona dá um passo para trás.

– Hey, segura a sua cão de guarda aí, ou ela vai presa com um tiro nas pernas !- disse Fiona, abrindo o casaco de lado e mostrando a pistola.

– Emma, por favor, eu resolvo isso, fica quietinha meu amor. – digo passando a mão no rosto da Emma, que olhava furiosa para Fiona. – Fiona, por favor eu te imploro, não prenda a Emma. Ela é uma pessoa melhor agora, ela trabalha é uma artista com um grande futuro pela frente, que ela nunca teve oportunidade. É disso que ela precisa, oportunidade para fazer a coisa certa.

– Regina...– e Fiona solta uma risadinha balançando a cabeça negativamente – Não sei se sabe, mas existem mais de 50 mil vagabundos, dentre eles traficantes como a sua... er... como ela, presos somente no Rio de Janeiro. E todos querem uma segunda chance, uma oportunidade que nunca tiveram, e o que você quer que eu faça? Quer levar os 50 mil pra casa e cuidar deles, dar uma vida melhor? Uma oportunidade? Não né? A Emma é só mais uma, ela vai ser presa e pagar o que deve! Leva ela, Vaguinho! – disse Fiona, já se virando.

– Fiona pelo amor de Deus, espera!!! – e ela se vira de volta e cruza os braços me olhando - Qual é a acusação no qual ela está sendo presa?

– Ela deveria ter comparecido a 3 meses atrás para terminar de cumprir a pena e não apareceu. Ela está foragida.

– Não estou!! – grita Emma – O Doutor falou que era só pra apresentar e que eu não ia ser mais presa, eu já cumpri a sentença que você criou como Maria Margareth.

10 dias na favelaOnde histórias criam vida. Descubra agora