Em primeiro lugar, o meu nome é Ramiro Marques e sim, estou a escrever uma espécie de diário/memorando, e se alguma vez encontrarem este ficheiro, por favor, não pensem que endoideci de vez, embora eu a pouco e pouco sinta que esteja a perder a minha sanidade mental por lidar com isto.
Moro numa cidade pequena de seu nome Petúnia, trabalho numa empresa que dá pelo nome "JoelCar" de dia, é um armazém de peças automóveis, e lá eu sou nada mais do que um simples embalador de peças e um caçador sobrenatural de noite, eu passo a explicar.
Existem rumores de que aqui na cidade onde eu habito existem algumas lendas urbanas, e eu por vezes gosto de ser mais corajoso e atrevido e simplesmente correr atrás delas, o meu velho fazia o mesmo, antes de se ter achado demasiado velho para o ofício.
Há quem diga que quem sai aos seus não degenera, não sou tão rápido no gatilho como ele era mas sou mais ágil que ele, e na caça, é uma alegria se o fores.
Sou um rapaz com os seus 21 anos, de 1,81 cm, com uma cara esguia e magra, de olhos castanhos, com um sorriso tímido, e sou super dado com pessoas, para algumas pessoas sou apenas idiota pelo meu sentido de otimismo, mas numa família de fé e "pura", não tenho maneira de ser de outra forma. Relativamente ao meu porte físico, sou atlético e magro e peso 70 kg.
Tudo começou quando me mudei para uma outra equipa, e foi lá onde encontrei a Sara.
A Sara tem os seus 25 anos, mais 10 anos que eu, mede 1,67 cm, é voluptuosa, diria que tem os seus 70 kg, não querendo ser mau de modo algum, tem os seus lindos cabelos loiros pelos quais solto um sorriso sempre que a vejo, um sorriso que faz qualquer mortal querer ser imortal, um olhar provocante, intenso e sedutor, como nunca vi antes alguém ter este efeito em mim.
Ela pensou que da forma como me expresso e o facto de eu ser positivo até demais seja com quem for, o que é excelente para animar o dia de alguém, que ao fazer, me estivesse a atirar a cada uma das mulheres que trabalha entre nós mas ainda bem que mais tarde percebeu que não era isso, fico feliz.
Eu nunca tive muito jeito com as palavras, ou até mesmo com atitudes perante mulheres, mas com a Sara ainda tive ainda mais dificuldades, eu sou super trapalhão, mas pelos vistos a Sara riu-se da minha maneira de ser, o que foi bom na minha opinião.
Após termos estado a falar no trabalho durante semanas, semanas sem fim mesmo, havia um problema. Ela trocava de turnos, ficando de noite, longe de mim, e de dia comigo. Mas a semana na qual ela estava de noite custava-me mais a passar sem a presença dela, não sei explicar. Sei que ela não me é nada para além de uma amiga fenomenal, uma amiga que até o meu lado sombrio me compreende.
Eu estou estúpido, nunca me calhou nada assim na minha vida, portanto ainda estou a tentar decifrar. Para quebrar a falta de presença dela, decidi pedir-lhe o número, pensei que talvez iríamos falar mais tempo, porque só a palavra dela já me sabia tão bem e então os abraços, nem se fala, nunca me senti tão preciso naquele momento.
Porém, algo nela suscitou a minha atenção e despertou o meu lado caçador da noite, a essência dela, soava-me diferente e atualmente ainda me soa distinta de todas as outras.
Um dia, enquanto lhe passava o dedo na bochecha, a acaricia-la, ela teve a alegre ideia de me tentar morder, sem intenção claro, era apenas uma mera brincadeira, mas eu reparei em algo nela, os caninos, aqueles malditos caninos revelaram-na.
Eram mais afiados do que um ser humano mortal normal, verdade seja dita, mas meteram-me a pensar, e a ir a uma espécie de enciclopédia que a minha irmã mais nova tem.
Ela é uma feiticeira, gosto de a chamar isso porque ela me auxilia em tudo o que seja do mundo místico, a miúda parece uma enciclopédia viva que os meus pais me deram, ela tem os seus 19 anos de idade e sim, mora connosco.
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Diários de um caçador
ParanormalUma história que retrata a paranóia de Ramiro. E como a minha vida mudou com o simples olhar, um simples sorriso. Claro que ainda por cima, para além dos problemas todos que eu tenho, ainda possuo uma maldição, que toda a minha família carrega, port...