Tomara que ainda estejam sãos ao longo desta jornada, meus seguidores. Á saída da igreja, olhei de novo para o céu, onde se apresentava uma escuridão imensa, como se a morte viesse á terra de novo, quase tão negro com o fundo do coração da Sara.
Estou a brincar relativamente á escuridão no coração da Sara, ela até é bem romântica quando quer, por mais estranho que pareça.
Depois daquele aparato todo, meti a caçadeira ao ombro, aconcheguei-a no ombro e segui a Sara até á viatura dela, estamos perto de 750m do carro dela diria eu, mas eu também já estava um pouco mais abalado devido ao confronto que tivemos no lugar que eu sempre pensei que fosse o mais sagrado em todo o planeta.
Caminhamos durante cerca de 30 metros sem dizer uma única palavra e a primeira coisa que me veio à cabeça foi dizer, com um sorriso no rosto:
-É.... obrigado por me teres salvo a vida ali atrás, não sei o que seria de mim sem ti.
E ela virou-se para mim, deu-me um olhar meio sedutor e respondeu, com um tom de voz doce:
-Estou sempre de olho em ti, Ramiro, mesmo quando tu pensas que não, sinto o teu batimento cardíaco.
Eu não sei se devia de achar assustador ou fofo tal coisa, mas senti-me bem ao ouvir aquelas palavras.
A caminhada continuou, assim como a minha tentativa incessante de tentar executar mais abraços com sucesso, e lá chegamos á viatura da Sara, um carro negro com a tinta um pouco lascada por causa do sol, de 5 portas e uns pneus mais largos do que os do meu carro, era uma Lexus Rx300 se não estou em erro, quando lá chegamos ela meteu-me a mão no ombro e aconselhou-me, dizendo:
-Devias treinar essa abençoada mira, serias um bom aliado se jogasses do lado dos vampiros. É pena mas fica a dica, junta-te á causa e talvez não te amedronte assim muito á noite, embora saiba que gostas de ouvir a minha voz seja onde for e onde tu estiveres. E só mais uma coisa, bom caminho até casa, carne fresca, não morras no processo, és vital para fazer a cadeia alimentar rodar.
E assim que ela me diz isto, passa a língua nos lábios, expondo um pouco dos caninos, abre o carro com a chave e dá-me uma piscadela de olho para se meter comigo, devia ser para testar a minha reação, mas eu mantive-me neutro.
Eu sorri e apenas lhe desejei uma boa viagem, afinal... que mais podia eu fazer? Ela desfez-me o coração com aquela lambidela no lábio.
Fui para o meu carro, já agora, conduzo um Opel Astra de 2007 preto de 3 portas e que por sinal estava a poucos metros dali também, então corri até ao meu carro e abri-o com o auxílio da chave que tinha no bolso direito, sentei-me lá dentro, respirei fundo e peguei no meu telemóvel com uma mão enquanto que com a outra fechava a porta do carro do lado do condutor.
Agarrei na chave, dei a ignição e mandei mensagem á Maia, a minha irmã, a tal feiticeira, a dizer:
-Tenho algo para te confessar, e sim, preciso da tua ajuda de novo, mana.
Enquanto ela não me respondia, fui fazendo o meu caminho de volta até á minha casa, que ficam já a saber, é num apartamento com uma vista estonteante para uma escola primária, onde podem ver crianças a brincarem alegremente de um lado para o outro, felizes da vida que ainda não sabem o que é ser um escravo com 2 vidas.
A minha casa tem 7 divisões, sendo elas, uma casa de banho, fica á esquerda na entrada, o quarto dos meus pais á direita e ao passar a ombreira em frente têm uma sala ampla com uma mesa grande, com um sofá á esquerda que fica de frente para a televisão, uma cómoda com livros á direita, cenas do meu pai e uma cómoda para cobrir espaço encostada á parede, que a minha mãe usou para guardar tudo o que era pirex, tupperwares ,tachos ,panelas, aquilo parece um armazém da china.
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Diários de um caçador
ParanormalUma história que retrata a paranóia de Ramiro. E como a minha vida mudou com o simples olhar, um simples sorriso. Claro que ainda por cima, para além dos problemas todos que eu tenho, ainda possuo uma maldição, que toda a minha família carrega, port...