Ajuda externa? - Capítulo VIII

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No ultimo capítulo que eu escrevi ficaram a saber acerca de uma das aventuras que vivi dentro de Porto Real na minha infância, perceberam agora o porquê de não me querer aliar àquela cidadela? Mas neste caso, vou dar uma chance até porque não é dentro da cidade mas sim na parte de fora, na ponte.

A minha caminhada continuou até que finalmente cheguei á ponte, por volta das 12:15, já estava exausto de caminhar. Não trouxe o carro para não alertar as pessoas no interior da cidade até porque se eu as alertasse e se por acaso elas me reconhecem-se, podia ter um caso grave ali mesmo.

Sim, porque depois da minha aventura, a aberração que triturou a sangue frio o pobre Nataniel conseguiu uma foto minha, portanto sou procurado vivo ou morto ou era procurado. Tanto quanto sei aquela besta está viva, afinal nem eu nem o Nataniel a conseguimos abater para contar a história.

Ao ver o portão da cidade a que eu apelidava de "Inferno Real", o meu coração acelerou mas eu tentei manter-me indiferente á situação e chutar as memórias para trás, visto que ninguém estava na ponte para me receber, o que na minha cabeça não adiantou de muito porque só a memória do Nataniel cintilava pela minha cabeça fora.

As pessoas de Porto Real eram pessoas pouco confiáveis a meu ver, mas uma coisa tinham de bom: Eram pessoas com dinheiro e poder sobre outras cidades e sítios, e qualquer coisa que tu procurasses neste mundo eles tinham, exceto a minha felicidade, isso estava guardado com a Sara.

Aproximei-me do portão, avistando 2 guardas ao portão e ouvi uma voz feminina grave do outro lado, mas já adulta que me disse:

-Tu deves ser o Ramiro. Imaginei-te mais alto não sei porquê. Rapazes, abram o portão!

O portão negro de 8 metros rolou para cima com a ajuda de 2 correntes fortes, revelando uma jovem com 1,68 cm de altura, com um cabelo negro que possuía umas mexas de cabelo a cobrir um dos olhos, dando-lhe um ar muito arrepiante, as suas sobrancelhas eram detalhadas, os seus olhos era azuis, claros como cristal, ou como o mar nas Maldivas. Possuía um nariz pequeno e achatado e uns lábios pintados de preto, como se fosse uma gótica totalmente. Em termos de vestuário usava uma camisola de manga cava vermelho-vinho com umas pulseiras com picos no pulso, umas jeans azuis, e uns botins curtos em couro castanho.

Olhou para mim com um ar meio que desconfiada, semi-cerrando os olhos enquanto olhava para cima como se me quisesses ver e ao mesmo tempo não, foi estranho, sim, acho que é a melhor palavra para descrever o encontro entre mim e ela.

Ela soltou-me um sorriso matreiro como quem se estivesse a meter comigo porque não respondi ao que ela me disse, mostrando frieza para com esta desconhecida.

Foi então que ela me disse para entrar, ao que me levou a dar uns quantos passos na direção dela, parecendo a atitude mais sensata a fazer porque eu estava vivo, felizmente não dispararam sobre mim assim que me viram.

A jovem seguiu ao meu lado até entrarmos dentro da cidade, onde as pessoas passeavam, de forma calma. Aquele sitio tinha mudado completamente desde a ultima vez que lá tive, o que no meu ver parecia estar a viver numa realidade desconhecida.

Consegui a atenção das pessoas porque eu era o único esperto que andava com uma caçadeira ao ombro enorme numa cidade repletas de seres estranhos. Era uma ameaça para eles, era lógico, mas também era o meu mecanismo de defesa, assim tenho a certeza que ninguém se iria querer meter comigo.

Os meus olhos estavam concentrados nas montras das lojas que ia passando, ignorando por completo a moça que acabou de me receber aos portões, mas obviamente que não me esqueço da minha caça á Banshee com a Sara, restando-me 11 horas para a tal acontecer, começava á meia-noite.

Diários de um caçadorOnde histórias criam vida. Descubra agora