9 - Pai Encrenca

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Uma manhã gloriosa em São Paulo, o vento friozinho fazia o paulista sair de casa bem agasalhado. Na residência de Jonathan, as coisas estavam tranquilas, quer dizer, até o carteiro deixar uma correspondência importante para Samuel, que continuava preso no corpo do colega. Wal viu o remetente e saiu gritando por todos os lados. Samuel dormia calmamente, sonhava inclusive que namorava o Brad Pitt, até que a madrasta de seu amigo entrou no quarto toda entusiasmada.

— Filhote, acorda, por favor. Olha. — disse Wal com a carta na mão e dando vários pulinhos de alegria.

— O que foi Wal? — Samuel despertou assustado e quase caiu da cama.

— Olha. — entregando a carta para Samuel. — É da empresa que está fazendo o concurso.

— Mentira... — abrindo o envelope, desesperadamente, e não acreditando no que leu. — Sr. Jonathan Godoy está classificado para participar do 'Bake SP'. Wal. — olhando para a madrasta de Jonathan. — Eu passei. — a abraçando.

— Estou tão feliz. — garantiu Wal, ainda surpresa com as novas habilidades de Jonathan.

— Meu Deus, quando o Jonathan souber... digo... o Samuel, quando ele souber. — ficando alegre. — Eu preciso me arrumar. — correndo para o banheiro e voltando. — Obrigado, Wal. De verdade. — abraçando a mulher e correndo para o banheiro.

— Que felicidade. Preciso contar para o Gláucio. — saindo do quarto para dar privacidade ao enteado.

Como um canhão, Samuel tomou banho e pegou um Uber para a Escola. Quando chegou, encontrou Lana e contou a novidade, a garota quase chorou de tanta emoção. Jonathan viu a euforia dos amigos e recebeu um forte abraço, além de um beijo no rosto de Samuel. Meio desconcertado, o jovem quis saber o alvoroço.

— Eu passei, quer dizer, tecnicamente você, mas estamos na competição. — festejou Samuel fazendo uma dancinha da alegria.

— O que ele está fazendo? — Jonathan perguntou para Lana, que também começou a dançar.

— É a dancinha da alegria! — exclamou a jovem fazendo uns movimentos estranhos com as mãos.

— Dança. — Samuel pediu para Jonathan, enquanto dava uns pulos e socava o ar.

— Vocês são estranhos. — afirmou Jonathan que, mesmo contra vontade, fez sua versão da dança da vitória.

Alguns alunos passavam e apontavam para os três malucos do terceiro ano. Não havia música tocando, porém, Samuel, Jonathan e Lana conseguiram contagiar alguns colegas que se aproximaram e dançaram.

— Lana, eu já falei para o Samuel, e queria repetir para você, desculpa. Essa experiência está sendo uma surra que a vida me deu. Só lamento ter que arrastar o Samuel. — lamentou Jonathan, enquanto dançava perto de Lana.

— Tudo bem, no início te achava nojento, mas agora você até que está suportável. — soltou Lana fazendo os amigos rirem.

 — soltou Lana fazendo os amigos rirem

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