14 - Operação Resgate

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Quem não gosta de uma praia, hein? Naquela tarde de sexta-feira, Samuel e Jonathan, começaram a se arrumar para um fim de semana em Ilha Bela, cidade litorânea de São Paulo. Wal e Antonella ficariam responsáveis por levar a turma, então, prepararam uma programação especial. A madrasta de Jonathan, ainda não tinha conseguido digerir a troca de corpos, por isso, resolveu não tocar no assunto.

— Vamos lá, pirralhos! — gritou Antonella. — Samuel, Jonathan, Lana, Daniel, Henrique, Kleiton e Lorena. – dando a lista para Wal. — Nós duas somos linha dura.

— Eu posso imaginar. — soltou Henrique fazendo os outros rirem.

— Xiu, eu não sou mãe, e nem quero filhos, por esse motivo, se alguém morrer, eu não vou me importar. Nada de álcool, aventurinhas idiotas ou sexo. — falou Antonella batendo na cabeça de Henrique com uma bola de praia.

— O que ela está tentando dizer é, por favor, tenham cuidado. Não falem com estranhos, nem aceitem bebidas. — continuou Wal. — A gente prometeu a mãe de todos que agiríamos com responsabilidade.

— Pode deixar capitãs, a gente promete se comportar, né? — perguntou Samuel em tom irônico, olhando para os amigos que concordam.

— Por mim, a gente podia ficar em São Paulo. — pensou Jonathan colocando seus óculos escuros.

Jonathan estava amargurado, ele e Samuel, mal conversaram depois da apresentação na festa de Gláucio. O jovem se esforçou para tentar entender os motivos do amigo, mas era em vão. O pai dele emprestou uma das vans da empresa para que o grupo viajasse em segurança. Essa seria a primeira vez que Samuel sairia de São Paulo, devido a situação financeira da família, Isabella, nunca teve viagens como prioridade.

Os corações apaixonados continuam batendo forte. Lana e Daniel estavam alegres para passar um tempo longe da escola. Eles se viram algumas vezes, mas nada como a brisa do mar para embalar um romance. Kleiton comprou camisinhas de várias cores e sabores, Lorena, também havia se preparado para ter um fim de semana romântico ao lado do namorado. Henrique prometeu a Antonella que seria discreto quanto ao relacionamento deles, a tia de Samuel curtia a situação, porém, o medo falava mais alto.

Seriam mais de três horas na estrada, Jonathan, ficou responsável por fazer a playlist da viagem, só que as músicas que escolheu pareciam feitas para um funeral. Lana, então, conectou o celular no sistema de som da van e animou o grupo. Samuel adormeceu e sua cabeça ficou encostada no ombro de Jonathan, que ficou nervoso, ele imaginou o comentário dos amigos, mas, ninguém se importou.

Uma situação delicada, mas que Jonathan aproveitou ao máximo. Ele conseguia sentir o perfume doce de Samuel, e aproveitou para fazer carinho na mão do amigo. Naquele momento, o tempo parou para o jovem, Jonathan, desejou com toda força que Samuel continuasse dormindo. Lana percebeu a clima e ficou calada, ela até distraiu Daniel, que quase viu. A viagem continuou sem grandes problemas, Wal e Antonella, decidiram parar em um restaurante, pois, ninguém havia almoçado ainda.

— Vamos, guris. Uma hora para almoçar! — gritou Antonella.

— Eu sei como vou usar a minha hora. — disse Henrique puxando Antonella para uma parte mais reservada.

— Esses dois não tem vergonha na cara mesmo, né? — comentou Jonathan.

— Deixa eles. A titia merece ser feliz. — falou Samuel. — Agora me conta, o que vai querer almoçar? – olhando no cardápio.

— Estou sem fome.

— Filhinho, você precisa comer alguma coisa. — disse Wal chamando a atenção de todos. – Considero todos vocês meus filhos.

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