13 - Você gosta de mim?

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Os ensaios para o evento de Gláucio estavam a todo vapor. Henrique não perdeu tempo, e em um dos ensaios, começou a questionar Jonathan sobre a tia de Samuel. Parece que Antonella estava fazendo o rapaz de bobo, mas Jonathan, usou todo o seu sarcasmo e, soube contornar a situação. Depois de saírem do estúdio, a dupla seguiu para o mirante do SESC, umas das melhores vistas de São Paulo.

O vento frio da noite paulistana batia nos rostos dos rapazes, e um silêncio constrangedor ficou entre eles. O filho de Gláucio queria fazer uma pergunta para o amigo, mas não conseguia formular a frase certa. Já Samuel, não conseguia olhar para Jonathan, ele sentia algo crescendo em seu coração, e que não parecia certo, ainda mais naquela situação.

— Ei, você está bem? — perguntou Samuel tomando um café e quebrando o gelo.

— Sim, obrigado viu. Eu não sei o que faria sem você.

— Provavelmente, estaria jogado em uma vala. — brincou Samuel, soltando um riso abafado.

— Eu não consigo parar de pensar em uma coisa, Samuel. — comentou Jonathan, sem olhar para o amigo.

— O quê?

— Você gosta de mim? — questionou Jonathan.

— Eu, gostar de você? Em que sentido? — indagou Samuel, ficando nervoso e quase cuspindo o café.

— Calma, não precisa fazer alarde sobre isso. Eu também não sei como agir.

— Não sabe como agir? Eu não estou te entendendo, Jonathan?

— Essa experiência toda, sabe. A convivência com você, muita coisa mudou dentro de mim. Eu não quero apressar nada, então, Samuel? Samuel? — olhando para os lados e percebendo que Samuel não estava mais lá. — Credo, eu abrindo meu coração e ele some.

Realmente, algumas coisas são difíceis de digerir

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Realmente, algumas coisas são difíceis de digerir. Muitas vezes, o tempo pode ser um amigo, mas também atrapalha bastante. Samuel não conseguiu ouvir o que Jonathan queria falar, no fundo, ele sabia o sentimento que tinha pelo amigo, mas a insegurança e todas as coisas feitas por Jonathan, passavam em sua cabeça.

Enquanto isso, Henrique esperou por Antonella na frente do prédio de Samuel, não demorou muito e ela chegou acompanhada de sua irmã. O jovem abordou Antonella e a deixou completamente paralisada, Isabella, logo notou o climão e subiu para ver os filhos.

— Você não desiste mesmo, né? — perguntou Antonella acendendo um cigarro.

— Estava com saudades, queria te ver, não posso?

— Henrique, você é muito jovem, precisa viver, conhecer garotas. — aconselhou a tia de Samuel.

— Para, isso é besteira, Antonella. Eu gosto de você, bastante pra falar a verdade. Penso em você o dia todo. — se aproximando, pegando o cigarro das mãos de Antonella e jogando no chão. — Vai dizer que não sente o mesmo?

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