17 - A última esperança

222 32 64
                                    

Sílvio fez a cirurgia e se recuperava, para o alívio de sua família, sem qualquer sequela do acidente. No dia seguinte, o pequeno acordou animado, Isabella abraçou o filho e chorou copiosamente, ele ficou assustado com a reação da mãe. Samuel precisou assistir tudo de longe, afinal, o jovem continuava preso no corpo de Jonathan.

- Ei, parça. Você assustou todos nós. – falou Samuel passando a mão na cabeça de Sílvio.

- Eu nem senti nada, quer dizer, agora a minha barriga está doendo. – revelou o pequeno.

- Precisa ter cuidado, não quer deixar o Samuel, triste, né? – perguntou o Irmão.

- Tá bom, eu prometo.

No saguão do hospital, Alfredo, o homem que havia atropelado Sílvio, aguardava por respostas. Ele abordou Isabella, a mãe de Samuel, saiu para comprar um café e ficou surpresa ao ver que o homem continuava ali. Eles acabaram sentando na cantina do hospital para conversar. Isabella, agradeceu de coração pela ajuda, e se desculpou por causa do transtorno.

- Quero retribuir, se eu soubesse que o garotinho estava na rua, eu nunca. – confessou Alfredo parecendo chateado.

- Tudo bem, ele está bem. A culpa é minha, eu não cuidei do meu filho. – interveio Isabella.

- Eu fiz um cheque, eu sei que não é muito, mas vai ajudar na recuperação, por favor, aceite. – pediu Alfredo entregando o cheque para Isabella.

- Eu poderia dizer que não, mas vou aceitar, como um empréstimo. – assegurou a mãe de Samuel.

Exausto, Jonathan, chegou em casa, mas encontrou uma ingrata surpresa: João.  O pai de Samuel trouxe vários presentes, incluindo, ingressos para o Parque. Jonathan agradeceu e se despediu de João, afinal, ele não queria se aproximar do homem. O jovem entrou na casa, e deitou no sofá. De repente, uma onda de pensamentos invadiu sua mente.

- Samuel. – disse Jonathan. – Eu nunca te percebi, quantas vezes devo ter passado por você. Os dias que me senti sozinho, você poderia ter ficado ao meu lado. – pegando uma foto que tirou com Samuel. – Engraçado como as coisas mudam, né? Eu acho que te amo.

Do outro lado da cidade, Samuel se sentia igualmente cansado. Ele se seguiu para a cozinha, não conseguia parar de lamentar sobre a situação do irmão. Ao abrir a geladeira, Samuel encontra um presente de Jonathan, um chocolate. O filho de Isabella nunca se imaginou apaixonado por Jonathan Godoy, mas o sentimento apenas crescia.

- Ah, Jonathan. Jon Jon. – rindo e ficando vermelho. – Jonael ou Sathan, acho que prefiro o primeiro, Jonael. – suspirando e sentando na cadeira enquanto admirava o presente. – Como será que vai ser quando voltamos para os nossos corpos? Ele vai continuar gostando de mim?

- Bom dia, filho. – falou Gláucio assustando o jovem.

- Não fiz nada! – gritou Samuel ficando de pé.

- Fez sim, a Wal me contou que você ajudou o seu amigo, o Samuel, né? – perguntou Gláucio colocando a mala em cima da mesa.

- Er, claro, papai.

- Papai? Não me chama assim desde, acho que o dia do acidente. – comentou Gláucio ligando a televisão da cozinha.

 – comentou Gláucio ligando a televisão da cozinha

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
Minha Vida/Tua VidaOnde histórias criam vida. Descubra agora