Eu odeio ter que me envolver em multidões, já cheguei a me perder por muitas vezes quando criança, no final só levava chinelada da minha mãe. Ao longe sentia as pessoas estressadas, algumas poucas com o humor mais ameno. Acho que por causa do meu problema sempre fui bem mais sensitivo com relação a personalidade dos indivíduos ao meu redor, não que isso me importasse realmente, apenas me salvava de problemas em dados momentos, porém, isso também me deixava enjoado, por não possuir controle sobre "leitura" sempre senti muitas dores, me deixava sobrecarregado e no final, desmaiava, talvez seja esse o motivo de não gostar de multidões. Eu nem sempre tive isso, acho que devo ter adquirido essa habilidade em algum momento da minha infância, o que me deixa frustrado é justamente não ter memórias claras a partir de uma parte da minha vida, o que não me torna estranho, apenas me encaixo nos casos comuns nesse mundo. Sempre deixaram claro o quanto é comum, mas isso não o torna menos assustador, além de ser ainda mais estranho.
Não cheguei a me apresentar.
Me chamo Midoriya Izuku, 16 anos, segundo ano do ensino médio. Possuo cabelos verdes escuros e olhos também verdes só que mais claros, meu corpo é totalmente pintado por sardas que, sinceramente, me deixam imcomodado. Sou muito baixinho e meu rosto é bem gordo, por ter olhos grandes muitos falam que parece uma garota, e claro! Isso me afeta, e desde a primeira vez que me perdi fui treinado pelo meu pai, Toshinori Yagi, para saber me proteger - ele sempre foi muito procupado comigo ou ele só se esforçava demais, por não termos laços sanguíneos, mas de nada importava esse detalhe - e, consequentemente, fui criando músculos até ter o corpo que tenho hoje, não chego a ser um maromba, no entanto, acredito ter muito músculos pra um corpo tão pequeno, com isso em mente, comecei a usar roupas muito largas para esconder meu corpo, em conjunto com óculos falsos bem grandes, dando a imagem de gordinho estranho da sala que sofre pelos outros alunos, mas no final eu fico mais confortável assim. Clichê, não?
- Izukuuuuu!- uma garota da minha altura (ou talvez mais baixa), cabelos curtos castanhos e olhos da mesmo cor se aproximava correndo com o seu uniforme mal colocado, Uraraka Ochaco, minha melhor amiga com rosto de princesa mas com personalidade de pervertida- Izuku! Me diz que fez a atividade de matemática!
- Hoje tem aula de matemática?- não lembrava de ter aula de matemática hoje, mas que dia era hoje afinal?
- QUE!? ENTÃO TU NÃO FEZ???
- Uraraka, calma... Eu não to lembrando que dia é hoje, mas fiz a atividade no dia que o professor passou. Posso ser lerdo e nem lembrar que dia é, mas tenho a sorte de sempre fazer os trabalhos assim que passados, pelo menos eu me salvo.
- Ainda bem que tu sabe que é lerdo... bom! Vai me passar, né?- ela juntou as mãos e fez aquele olhar bizarro pra conseguir as coisas.
- Eu te passo, só para de fazer esse olhar, é estranho.
- Hummm, ta se sentindo atraído?- ela começou a andar do meu lado enquanto cutucava minha costela.
- Me erra, eu nem curto a tua fruta!- ela soltou uma longa gargalhada e se agarrou ao meu braço- ME LARGA DEMÔNIO!!
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Distorted
FanfictionMuitos já ouviram que humanos são seres egoístas, não? Geralmente de pessoas consideradas ruins ou perturbadas. Elas nunca chegaram a mentir. O que aconteceria se após tantas guerras e confianças quebradas alguém, até então desconhecido, entregassem...