Scars

10 0 0
                                    

AVISO DE GATILHO!!

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

AVISO DE GATILHO!!

O RELATO A SEGUIR PODE SER SENSÍVEL PARA ALGUMAS PESSOAS.

LEIA POR SUA CONTA E RISCO.


Todoroki

A minha infância não foi das melhores, mas posso dizer já fui uma criança muito alegre e extrovertida, como qualquer outra, eu acho. As minhas memórias sobre aquela época são escassas, entretanto, lembro muito bem que nunca fui próximo dos meus pais. Minha mãe era uma mulher linda e gentil, me tratava bem, mas era muito distante. Na minha cabeça inocente, diferente de qualquer outra criança birrenta, achava que era o jeito reservado dela. Agora com relação ao meu pai, as coisas eram mais complicadas, o considerava assustador. Sempre temi aquele homem ruivo e sério, por isso sempre corria para os braços da minha única irmã, que dizia que ele não me faria mal. Claro, aquilo era só uma mentira para me acalmar momentaneamente.

Eu gosto de relembrar das brincadeiras que tinha com meus irmãos, sinto como se fossem as únicas lembranças de uma infância normal. Natsuo sempre gostou de implicar comigo, dizendo que eu era muito baixinho, além de me assustar com insetos que achava nojento. Já Fuyumi, sempre foi a mais mandona e responsável, mas ao mesmo tempo era muito doce, fazia o possível para que eu não sofresse. Para completar, Toya, alguém deslocado do centro familiar, com reputação de encrenqueiro e um amante em irritar Enji. Ele nunca escondeu seu desgosto pela família, isso o fez se tornar praticamente um estranho naquela casa. Solitário e livre, pelo menos era assim como eu via ele quando mais novo, não que essa minha visão tenha mudado.

Sei que tanto Natsuo quanto Fuyumi, ambos se sentiam incomodados com a presença dele, não muito diferente da minha mãe, na qual fingia que ele não existe. Ele devia saber disso, então se enfurnava em seu quarto, chegava a ficar semanas sem sair de lá.

Acho que por ele ser a ovelha negra, por essa estranha razão, eu sempre gostei muito dele. Como a criança que eu era, tentava me aproximar de qualquer jeito, era o meu irmão favorito afinal. Mesmo quando Toya ficava dias naquele quarto, eu colocava algumas frutas que apanhava no quintal na porta, batia e gritava um "coma com moderação, Toya", em seguida corria dando algumas risadas envergonhadas. Aquelas frutas nunca ficavam mais que 10 minutos lá fora antes que desaparecessem em um passe de mágica.

Aquela ação repetida por tanto tempo, era o máximo que eu chegava perto daquele garoto que tanto admirava. As vezes pensava que ele nem sequer ligava para a minha existência, porém, um dia encontrei em cima da minha cama um pacote de presente. Todo animado, rasguei aquele papel, encontrando muitos e muitos doces, além de alguns brinquedos de madeira bem estranhos. Mas, o que realmente me chamou a atenção foi uma camisa, era muito grande e parecia de alguma banda de rock que eu desconhecia. Para completar, um papel dobrado caiu quando peguei a blusa, nela tinha uma mensagem escrita.

DistortedOnde histórias criam vida. Descubra agora