Muitos já ouviram que humanos são seres egoístas, não?
Geralmente de pessoas consideradas ruins ou perturbadas. Elas nunca chegaram a mentir.
O que aconteceria se após tantas guerras e confianças quebradas alguém, até então desconhecido, entregassem...
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Midoriya
Eu não sei o que está acontecendo. Me sinto leve, e um brisa passa pelo meu corpo, como se fizesse um singelo carinho. Sinto frio, mas não é assustador, é só estranho. Talvez eu esteja sonhando, só queria conseguir enxergar, por algum motivo eu não conseguia abrir os olhos.
Acho que estou escutando alguma coisa.... Um choro?
Meus olhos estão abertos agora, e mesmo assim não enxergo nada. Deveria seguir esse som de choro? Espera!
Narrador
O local, antes escuro, começou a tomar forma. Revelando uma floresta, a luz alaranjada mostrava ser fim da tarde, mas por algum motivo, nuvens grossas começavam a se formar no céu. Uma fina neblina surgia por entre as árvores, o tempo esfriava consideravelmente, era semelhante ao frio da manhã.
Essa floresta de novo? Mas.... Tem alguma coisa diferente.... Pensou.
O garoto avistou uma trilha a alguns metros de onde estava.
O choro vem da clareira? Será.... Pensou.
Midoriya começou a correr pela trilha. Com certeza tinha alguma coisa estranha. Mesmo que fosse a mesma floresta, sentia que não era igual, ela estava menos mística e mais real. Ela parecia uma floresta comum, perto do inverno e as folhas das árvores mudavam de cor, para no final caírem.
Izuku parou no final da trilha, estava ofegante. E como ele imaginou, a clareira estava diferente.
Tinha uma pessoa ajoelhada no meio. Um adolescente mais novo que si, seu uniforme escolar estava sujo e rasgado. A uns 2 metros de distância dele, havia um corpo de um homem adulto, uma foice agrícola encontrava-se cravada no peito do homem, saia muito sangue da cabeça dele e seu rosto estava desfigurado.
O que!? Pensou.
O garoto ajoelhado chorava por cima de um segundo corpo, esse pertencente a outro adolescente. Parecia que tinha sido muito torturado antes de morrer, tendo todo seu abdome aberto e o lado esquerdo do rosto com a pele arrancada. Sua língua aparentemente foi arrancada também. Essa pessoa deve ter sofrido muito antes morrer.
No entanto, não foi só isso o que assustou Midoriya.
Seiji!? Pensou.
Midoriya cobriu a boca com as duas mãos. Foi difícil, mas ele reconheceu aquele cadáver. Na mesma hora o esverdeado segurou uma forte tontura, aquela imagem era aterradora, o deixava a ponto de colapsar.
- Por quê...
Ele.... Pensou.
- A-A c-culpa não é m-minha.... Me forçaram a f-fazer isso.... Por que fizeram isso...
