Dream

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O que eu faço

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O que eu faço...

Essa não foi a melhor decisão que já tive, mas o que fazer quando a raiva está tão intensa?

Não sei ao certo como cheguei nessa situação. Minhas mãos estão manchadas de vermelho vivo, infestadas... Por esse cheiro metálico. Eu não consigo acreditar no que fiz, a que ponto cheguei, nunca irei poder encarar a todos da mesma forma de antes...

Eu nem ao menos consigo reconhecer a pessoa falecida na minha frente, seu rosto desfigurado me assusta. Preciso esconder ele, esconder as provas do meu momento de insanidade. Sei que não é a melhor decisão, mas já fiz tantas escolhas erradas nesses últimos meses, já nem me reconheço mais. Eu apenas... Queria voltar à três anos atrás, quando tinha 16 anos, era só um adolescente comum.

Não! Preciso esquecer tudo e todos dessa época. Não tenho o direito de voltar para aquela vida, voltar para eles...

Apenas esqueça e se concentre em se livrar do motivo da minha decadência.

- ESPERA!!

Quem?

- O que você fez?

Alguém abriu uma porta que estava atrás de mim. Não consigo ver seu rosto, mas parecia desesperado.

- Precisa sair daqui agora!

- Você não fez por querer, não está na melhor forma...

- Se não sair logo nunca mais vai voltar!

- Acorde, já estar na hora...

- ACORDE AGORA!!

- QUEM É?

Midoriya se levantou apressado, o garoto suava e chorava. As vozes tão distintas continuavam martelando as mesmas frases, o que o deixava ainda mais assustado. Seu coração acelerado e leve tontura denunciavam seu nervosismo. O mesmo tentava respirar com calma, entretanto, isso não parecia adiantar de muita coisa.

Sentiu seu estomago revirar o fazendo correr para o banheiro o mais rápido que podia. O esverdeado se agachou no vaso aberto e liberou tudo que havia comido na noite anterior.

Ele não teve noção de quanto tempo permaneceu naquele banheiro. Sua garganta doía e o corpo inteiro tremia de forma violenta, lágrimas grossas desciam pelo seu rosto pintado e mais pálido que o normal. O corpo estava fraco demais para tentar levantar, a cabeça rodava e achava que poderia desmaiar a qualquer momento.

O garoto não sabe o porque foi ter uma crise de ansiedade logo após aquele sonho confuso, no entanto, aquelas imagens tão reais traziam a tona seus piores medos. Isso não era bom...

Sabia que a qualquer momento seu pai iria aparecer no seu quarto assim que percebesse que não estava bem. A leitura do mais velho o permitia sentir o estado mental e físico de qualquer pessoa num raio de 200 metros, era bem mais fácil identificar de quem ele sentia quando ela é alguém próximo e importante pra ele. O que torna bem fácil ele saber que o adolescente teve mais uma crise.

DistortedOnde histórias criam vida. Descubra agora