Sweet

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Estava voltando junto de Todoroki, ainda estávamos naquele clima confortável desde aquela hora na escola. Já anoitecia e o mesmo decidiu me acompanhar por achar que era perigoso eu ir sozinho, eu sei me defender muito bem, mas decidi aceitar a oferta dele.

Minha casa não era tão longe e por causa do horário as ruas estavam desertas, exceto por algum carro que passava em alguns momentos. Eu podia ver a minha casa próxima, ela ficava de frente com um parquinho com brinquedos para as crianças brincarem, no momento algumas pessoas praticavam corrida ao redor do parque.

Paramos em frente ao portão da minha casa que era de dois andares na cor verde bem clarinho e um jardim com algumas flores que não me recordo o nome. Como Todoroki não falava nada, decidi que era hora de me despedir, mas antes mesmo que eu pudesse me pronunciar o bicolor se aproximou.

Ele segurou o meu queixo delicadamente levantando o meu rosto, para logo em seguida me beijar de forma doce. Não houve língua, foi apenas um encostar de lábios demorado.

Quando ele se afastou tinha um sorriso pequeno, Todoroki disse um simples tchau e caminhou na direção oposta da que viemos. Fiquei que nem um idiota.

Corri para dentro de casa, eu me sentia nas nuvens. Quero entender como que um poste de 1,90 conseguia agir como um filhote de gatinho, eu preciso falar com a Uraraka e o Iida urgentemente.

- Comece a explicar agora, Midoriya Izuku- nesse momento senti meu sangue gelar. Mais à frente vi o meu pai com uma cara nada boa, ele estava com os braços cruzados e tinha um olhar questionador.

- P-papai... S-sabe como é... O Todoroki s-se ofereceu pra me trazer em casa, ele achava que seria perigoso...

- Concordo que é perigoso, até mesmo pra você. Só que acho que você não entendeu filho. Esse garoto tinha segundas intenções, e uma prova foi aquilo que ele fez contigo!- o loiro praticamente correu me segurando pelos ombros, ele tinha uma expressão aflita.

- Pai, foi só um beijo...

- ELE QUERIA TIRAR A SUA INOCÊNCIA!!- eu tinha esquecido que o pai sempre foi muito ciumento com relação à mamãe e eu. Qualquer desconhecido ou desconhecida que se aproximassem da gente com um sorriso grande demais ele surta. Isso nunca incomodou nenhum de nós dois, pois os surtos dele acabam sendo mais cômicos do que assustadores, o que é estranho considerando que ele tem mais de 2 metros e esse corpo bombado, além disso, confiamos nele e temos certeza que ele nunca levantaria a mão pra qualquer um de nós, bem diferente do antigo marido da mamãe.

- Yagi! Quer parar com isso? Deixa o nosso filho viver a vida dele, ele tem mais é que transar mesmo!

- INKO?/M-MÃE!?

- Por que essas caras? To mentindo? Não, né- nenhum de nós dois comentou nada- Ótimo! Agora, Izuku vai tomar um banho para jantar- ela acariciou o meu rosto com um sorriso gentil- E você! Vai arrumar aquela bagunça que tu fizeste na sala, e se não terminar em 10 minutos vai ficar sem janta- não precisou ela falar mais nada para o meu pai sair correndo em direção a sala. Minha mão era quem mandava aqui em casa e se alguém desobedece às ordens dela iria ver o inferno na terra.

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