Capítulo 17

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Mãe: uauuu- sorrio olhando-me de cima abaixo

Pai: onde é que vais assim?- perguntou

Mãe: ela está linda- deu uma cotovelada ao meu pai rindo

-obrigada mãe e pai também- ri-me vendo o meu pai olhar-me com atenção- vou à inauguração do clube mas a Paige acabou de me mandar mensagem a dizer que afinal aquilo hoje não é festa hoje vai ser bem requintado, por isso pessoas bem vestidas comida champanhe música calma- encolhi os ombros- acho que vai ser um clube para festas privadas

Pai: vais no teu carro?

-não vêm-me buscar

Pai: quem?

-uma amiga- menti

Mãe: ok vê lá não chegues muito tarde- abraçou-me

-não te preocupes

Pai: beijinhos- beijou a minha bochecha

-até logo não esperem por mim acordados- peguei na minha mala caminhando até à entrada.

Levei a minha mão à fechadura e olhei para o espelho ao lado da porta olhando bem para mim. Hoje esmerei-me e vesti um vestido desenhado por mim que a minha avó paterna ajudou a fazer na sua máquina antiga de costura. Quem olhar ainda pensa que é de uma marca super gira e cara mas não, é só da minha criação que na verdade espero que um dia seja mesmo registada e conhecida!

O meu vestido é cinza, em cima tem um top justo trabalhado com algum brilho e depois o vestido cai-me até meio das coxas já não tão justo e plissado dando o efeito de uma saia. As minhas sandálias são igualmente cinzentas com uma tira nos pés mostrando as minhas unhas pintadas à pressa à última da hora, mas como a cor é clara parece que foi pintada na perfeição.

Agarrei no casaco preto curto vestindo-o para não apanhar frio até ao carro e saí de casa. Atravessei a frente do jardim e quando abri o portão para meu espanto o Dylan estava fora do carro. Fechei o portão atrás de mim ficando paralisada ao ver o seu corpo. Combinamos e eu não sabia?

Ele tinha uma camisa branca com os dois primeiros botões desapertados, umas calças cinzas claras de um fato e uns sapatos pretos que lhe ficavam na perfeição. Sempre com o seu cabelo loiro bem arranjado e com uma madeixa larga a cair-lhe na testa.

Ele rapidamente se desencostou do carro mas nenhum de nós falou e só me apercebi que ele olhava para mim de cima abaixo quando deixei de olhar para ele da mesma forma. Os seus olhos azuis queimavam a minha pele descoberta e vi o seu peito encher-se de ar e logo a seguir saiu-lhe um suspiro pesado.

Dylan: Coraline- murmurou e a sua voz saiu mais baixa que o costume- ah olá- encarou-me sem jeito

-parece que combinamos- tentei quebrar aquele momento estranho

Dylan: pois parece que sim, estás linda- elogiou

-obrigada- sorri

Dylan: quando digo linda é mesmo linda- desencostou-se do carro e num movimento rápido beijou a minha bochecha pela primeira vez desde que o conheço

-vamos?

Dylan: vamos- contornou o carro

Um suspiro saiu da minha boca e tentei recompor-me, levei a mão à maçaneta do carro preto e entrei sentando-me e colocando o cinto de segurança. Um aroma muito agradável veio ás minhas narinas e olhei para o carro bastante recente e super limpo. Homens.

Dylan: estás confortável?- perguntou não me encarando parecendo estar-se a controlar para não olhar para mim

-sim estou obrigada

LET ME STAYOnde histórias criam vida. Descubra agora