O profissional - Lery

#12

Eduardo

Eu estava sorrindo a toa. Antônia era muito melhor do que eu poderia imaginar ou desejar. Eu precisava conversar com alguém ou iria explodir. Helena sem chance, ou Tônia me mataria meus amigos estavam todos no exterior, não quero falar com Vick, com certeza ela abriria aquela boca imensa para Helena.

Tecnicamente, Joca já sabe da nossa situação, até mesmo deu conselhos a mim e a Tônia separadamente, ela não pode ficar brava por eu falar com ele, com esse pensamento me apressei e neste momento acabo de tocar sua campainha.

- Olha o que temos aqui Joca, se não é o bonitão que quer copular com sua outra irmã também.

- Bruno isso são modos de receber a visita? - Joca e seu falso moralismo - Vamos entre Edu, pela sua cara precisa de uma bebida e de uma boa conversa.

Entrei em silêncio e aceitei a bebida adocicada que foi servida em uma taça com um ponto de luz neon no seu final. Ficamos em silêncio por um tempo a bem da verdade é que eu não tinha certeza de por onde começar.

- Corrigindo Bruno eu não quero copular, eu passei a noite e a manhã copulando.

- Safadinho, então é fato, você e Tônia finalmente chegaram a via de fatos? Me poupe dos detalhes, ela ainda é minha irmãzinha, mas me conte como aconteceu.

Contei resumidamente a eles o ocorrido e não pude deixar de falar coisas como o quanto ela é apertada ou como fica linda cavalgando, somente para provocar Joaquim. Bruno gargalhava das caretas do companheiro e sabia que eu estava provocando visto que piscou para mim e por isso comecei com os comentários indiscretos.

- É isso, estou irrevogavelmente apaixonado e quero sua irmã na minha vida e no meu futuro.

- Fico bastante feliz com o acerto de vocês e até consigo entender os motivos de Tônia para manter em segredo pelo menos por enquanto. Já deu rolo envolvendo você na casa dos meus pais e também ela deve estar querendo adquirir mais confiança em relação a vocês, o que é bastante natural.

- Eu sei eu não quero força-la a nada mas também não quero ficar me escondendo feito um adolescente. Sou um homem porra e passei a maior parte da minha vida ganhando a vida com sexo vou virar praticamente um celibatário se eu só puder encontrar com ela de vez em quando.

- Consigo te entender meu amigo mas minha irmã nada mais é do que uma menina no corpo de mulher, e se você ficar apertando muito não tenha dúvidas de que ela irá espanar. Se realmente quer que vocês como um casal tenha futuro saiba esperar o tempo dela.

- Eu concordo com o meu amor, Tõnia é como uma boneca de porcelana, você tem que ter o máximo de cuidado para ela não quebrar.

Acabo concordando com o Bruno e pelas próximas horas falamos de relacionamento, família, amor e erotismo. Contei a eles algumas de minhas peripécias em terras norte americanas e eles adoraram. Acabei bebendo além da conta. Sem condições de voltar para o hotel aceito pernoitar no quarto de hóspedes e mal me lembro do momento em que dormi.

Acordo com a boca amarga, uma dor de cabeça do cão, sem camisa e com a cara e toda amassada, pelo que me parece dormi com a cara enfiada no travesseiro. Ao longe escuto algumas vozes, ainda não consigo identificar quem seja, mas com certeza tem mais de duas pessoas.

Me levanto e não encontro minha camisa em lugar algum, como não sei onde é o banheiro decido seguir as vozes e encontrar meus amigos, futuros cunhados, para conseguir água e um analgésico.

Fiquei surpreso em ver que estavam com eles os pais de Tônia e para nada agradável surpresa Bene e sua noiva.

- Bom dia meu querido, está bem? sua cara não está nada boa! - perguntou Linda com um sorriso adorável.

- Oi, bom dia para vocês também... pretendo estar melhor em alguns minutos.

- Ah mamãe Eduardo e bebida não é uma combinação muito boa, a segunda o derruba com meros goles. - Todos rimos, exceto Bene.

- Então a farra foi boa entre vocês três né, como chama quando existe sexo a três com pessoas do mesmo gênero? Porque até onde sei para ser considerado menage tem que ter uma mulher no meio. Quer saber por favor não me contem que já me sobe a bílis. Então caro irmão, o programa saiu muito caro?

Eu ainda não estava totalmente desperto e ainda tinha a maldita ressaca para atrasar meu raciocínio e também minha reação, contudo Bruno foi mais rápido.

- Se pensa que pode vir na minha casa, ofender os meus convidados está redondamente enganado Benedito, quero deixar claro que Edu é bem mais bem vindo aqui do que você e me perdoe por isso Joca, sogros, mas esse cara precisa aprender a ser mais humano nem que seja por mal. Somos amigos e passamos uma noite agradável conversando e bebendo, você não vai saber do que se trata já que não tem amigos.

- Tudo bem Bruno, você está certo. De uns dias para cá não deixo de pensar onde foi que errei na criação deste menino para ele ser tão ácido.

- Tudo bem senhor Jorge, ele não me ofende até porque o que ele pensa não altera em nada minha história e existência, Joca por favor me diga onde encontro minha camisa, preciso ir embora antes que o clima aqui realmente esquente e o seu irmão descubra mais uma vez o peso da minha mão.

- Sua camisa está na lavanderia, acabou virando em si mesmo um pouco de sua bebida, acredito que ainda não tenha secado. E você vai ficar exatamente onde está preparei um desjejum elegantérrimo para a gente, Bene você sai, não vou admitir que nos ofenda embaixo do meu teto. Pai, mãe quero muito mesmo que vocês fiquem e compartilhem do nosso café da manhã.

- Ficaremos com bastante gosto meu filho, vamos Edu está perceptível que precisa muito de um café preto.

Enquanto andávamos em direção a mesa posta, Bene e sua noiva saíram sem se despedir e sem causar maiores problemas. Esse cara vai ser uma pedra no meu sapato, vou precisar de muito autocontrole perto dele ou posso acabar em uma delegacia.