# 13

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Joca não exagerou nem um pouco quando mencionou o café elegantérrimo, estava tudo muito bem disposto e muito saboroso também, até que consegui me alimentar bem, visto a desordem que estava minha cabeça e meu estômago.

Rapidamente o assunto Benedito foi esquecido e o clima estava mais do que bom. Linda com seu sorriso fácil enquanto Bruno contava mais um de seus causos e Joca estava excessivamente concentrado em seu celular.

Foram momentos bastante divertidos, estar ali no meio das pessoas que muito em breve pretendia assumir como família: sogros e cunhados e perceber que eu era bem quisto entre eles, bom pelo menos até saberem, mesmo sabendo que eles podem rejeitar a ideia, nada tira o otimismo poderoso que está habitando em mim.

Sou içado de meus pensamentos com um barulho oriundo da porta, para minha imensa alegria Antonia acabara de passar pela mesma, porque mesmo ela teve que ter a maldita ideia de manter segredo? O clima estava muito bom naquela manhã, até mesmo para deixarmos tudo às claras me arrisco em dizer. Por hora decidi tentar disfarçar e fazer como ela propôs, mais tarde eu dou um jeito de convencê-la.

- Não acredito que vocês começaram sem mim - disse ela mal me olhando.

- Nos perdoe minha filha mas você se demorou. Venha sente-se ainda tem bastante coisa a se comer e risadas para dar. - Linda sorriu e voltou sua atenção a Bruno.

Eu estava bastante contente por o único lugar vago da mesa ser exatamente ao meu lado e longe dos pais dela já que os mais próximos a nós eram Joca e Bruno.

- O que faz aqui?

- Vim conversar com o seu irmão, acabei bebendo demais e dormindo por aqui. Tivemos um encontro agradável com Bene e agora estamos nos divertindo.

Tônia começou a comer e passamos prestar atenção a conversa a mesa e Jorge estava muito bem, comia e sorria e começou a puxar assuntos aleatórios comigo.

- Vejo que meu pai ainda gosta bastante de você.

- Como não gostar? Sou uma doçura baby!

- Ha ha engraçadinho. - Ela engoliu seco quando sentiu minha mão roçando sua coxa por baixo da mesa - Para com isso eles podem ver.

- Qual o problema de eles saberem? Eles ainda gostam de mim e amam você, eles vão aceitar.

- Dá pra vocês serem mais discretos? Já que os outros começam a prestar atenção também - Bruno sorria para disfarçar enquanto falava.

Resolvemos seguir o conselho de Bruno e voltamos a conversa com os demais presentes, nos divertimos por mais algum tempo e logo decidi que estava na hora de ir embora.

- Não vai mesmo ficar para o almoço? Bruno faz um guisado estupendo.

- Obrigado Joca tenho mesmo que ir, fiquei de jantar com os meus pais hoje e preciso mesmo me curar dessa ressaca e tenho um compromisso também.

Me despedi de todos e lancei uma sutil piscadela para Tônia que apenas sorriu, fui para o hotel, eu tinha poucos minutos para me arrumar para meu encontro com a corretora de seguros, ela ficou de vir me mostrar umas fotos do apartamento que ela disse ser perfeito para mim.

Anelise era uma mulher muito bonita e muito agradável, ela não tentou por nem um momento esconder seu interesse por mim. Eu apenas sorria simpático e esquivava de qualquer tentativa de aproximação.

O apartamento era realmente muito bom e suficientemente perto da casa da Tônia o que nesse momento eu levei muito em consideração. De qualquer forma talvez eu nem fique por muito tempo nele, mas resolvi fechar negócio mesmo assim.

Estava finalizando a assinatura dos contratos quando Antonia passa pela porta e logo perde o sorriso que estampava o seu rosto. Eu não estava nem perto de uma situação constrangedora visto que Anelise nem mesmo estava próxima a mim, mas seu olhar a entregou, minha garota estava sentindo ciúmes de mim.

- Atrapalho Edu?

- Nem um pouco minha querida, estava agora terminando de assinar o contrato, comprei o apartamento.

- Que bom pra você Edu!

- Bom está tudo correto Eduardo, acredito que confirmado o depósito amanhã mesmo pego as chaves, então podemos almoçar juntos e as entrego para você.

- Desculpe mas estarei ocupado, peço que me avise assim que estiver com a chave, se eu não estiver no hotel você deixa para mim na recepção, mas uma vez obrigada por tudo.

- Não por isso, qualquer coisa continuo a disposição. - Deu um sorriso ladino e saiu pela porta me deixando com uma Antônia não muito contente.

- Então era esse o seu compromisso, por isso não pode almoçar conosco!

- Sim Tônia, eu tinha horário marcado com minha corretora, enfim teremos mais privacidade.

- O fato de ela ser bonita não tem nada mesmo a ver com o fato de ela ser a escolhida?

- Ela foi indicada por um velho amigo e convenhamos bonita? Você achou? Juro que eu nem prestei atenção eu só tenho olhos para uma linda mulher que não quer nem um pouco me assumir.

- No momento certo, quando tivermos certeza.

- Quer dizer quando você estiver certeza não é? Por que eu estou mais do que certo. Que tal agora namorarmos um pouco e depois irmos para o jantar na casa dos meus pais?

- Quer que eu vá? Lembra que combinamos de não assumir ainda?

- Como se você me deixasse esquecer, querida você irá como minha convidada e amiga, aposto que meus pais vão ficar feliz de ver você. Prometo fazer muito esforço para não colocar as mãos em você, vou precisar de todo o meu auto controle.

Não dei tempo para que ela sequer argumentasse, colei nossos corpos e a beijei com vontade. Ela vai me matar me privando de tocá-la em outro momento em que não seja o que estamos sozinhos.

O profissional - LeryOnde histórias criam vida. Descubra agora