- Olha Tônia, acho que não é o melhor momento para a gente conversar, Helena deve estar no quarto dela, acho melhor você vestir um roupão e ir até lá.
- Estou começando a acreditar que realmente está com medo de mim. Eu sou adulta Eduardo e sempre me virei muito bem sozinha, quero ter essa conversa com você e quero muito mesmo que você seja honesto comigo. Preciso saber se está afim de mim por que eu estou afim de você e isso já faz bastante tempo. Eu não sou esse tipo de mulher que vai atrás de alguém mas depois daquele nosso beijo eu sei que eu preciso disso.
- Ah, doce Antônia, se soubesse os sentimentos que está despertando em mim, dizendo essas coisas. Eu não sou o cara certo para você, você precisa sair antes mesmo que algo comece, temo machucá-la e não quero isso.
Me aproximo ainda mais dela e passo a mão pelos seus cabelos, ela solta um suspiro com o meu gesto, colo o meu corpo ao seu e seguro o seu rosto com ambas as mãos, fazendo com que ela olhe diretamente nos meus olhos.
- Eu te desejo desde o momento em que coloquei os meus olhos em você Antônia, tão madura, independente e linda, totalmente diferente daquela criança que conhecia. Saber que você também me deseja não facilita em nada as coisas para mim, você sabe quem eu sou, sabe como eu ganhei minha vida, sabe que eu não sou pra você.
- Acredito que a decisão do que é ou não melhor para mim somente eu posso tomar. Não é como se eu estivesse fazendo planos para o futuro, longe disso. Eu quero o agora, quero você! Eu preciso disso pelo meu amor platônico da juventude, pelo homem lindo que está na minha frente agora e pelo beijo maravilhoso que ele me deu.
Minha cabeça está a cem por hora, ela só pode ser louca, assim como eu também só consigo pensar em jogar ela na cama e satisfazer todos os seus desejos, aí me lembro que possivelmente ela ainda é virgem e me afasto, é o certo a fazer.
- Eu não entendo - ela se aproxima - eu nunca fui capaz de ser tão honesta e expor o que eu sinto, jamais teria coragem de estar aqui com você se não fosse o conselho de Joca. Eu não sou esse tipo de mulher, nunca fui atrás do que realmente me interessava ou que eu queria e quando finalmente crio coragem sou rejeitada. Que mico! Me desculpa eu estou indo embora. - Ela até tenta sair mas a seguro pelo braço e a abraço para que não consiga sair.
- Eu jamais rejeitaria você Antônia, só estou tentando te proteger de mim mesmo. Você sabe que ganhei minha vida com sexo, assim como sua irmã. Transei com muitas mulheres e com alguns homens também e aproveitando para matar sua curiosidade Tônia eu nunca beijei nenhum deles e sempre fui ativo. Por mais que eu tenha deixado essa vida não muda o que eu fiz e muito menos deixa de fazer parte do que sou. Você sempre foi uma boa menina e não é como as outras. Você é especial. E não há nada que eu queria mais do que beijar você agora.
- Então me beija Edu.
Não aguentando mais a beijei, a princípio reconhecendo o paraíso que era sua boca, logo minhas mãos ganharam vida e percorreram aquele corpo delicioso que ela tem. Com alguns passos a coloquei contra a parede, ergui suas pernas e ela as entrelaçou em minha cintura. Me esfreguei nela, para que ela tivesse ciência do que estava causando em mim e ela gemeu. Um gemido tão doce, tão sôfrego que acabou com o resto da sanidade que ainda tinha em mim.
Interrompi o beijo e olhei nos seus olhos, eles estavam acesos, espelhavam exatamente como eu me sentia, ela também queria.
- Antônia, se não quiser que eu a faça minha vai ter que me parar agora.
Ela não me responde, deu uma rebolada e se roçou ainda mais em mim com um sorriso safado no rosto e essa era a sua resposta. Voltei a beijar sua boca, seu pescoço e caminhei para a cama onde a depositei com cuidado. Fiquei por alguns segundos admirando a cena em minha frente.
Ela deitada na minha cama, cabelos úmidos espalhados no travesseiro branco, respiração rasa e o rosto levemente corado, vestindo uma cueca minha e a camisa que já estava embolada acima de seu umbigo. Ela é perfeita! Tirei a camisa e a cueca que ela vestia sem pressa alguma, voltei a me afastar e tornei a observar, perfeita é pouco para definir essa mulher e se eu ainda tinha alguma dúvida cessou agora estou literalmente de quatro por essa mulher.
Seu sorriso pervertido não me passou despercebido, muito menos seu rosto mais corado ainda, então me apressei a tirar minha roupa. Permaneci um tempo parado, deixando que ela me olhasse com aquelas labaredas curiosas que tomava seus olhos. Não aguentando esperar mais me debrucei sobre ela. Eu já estava tão duro a ponto de chegar a doer minhas bolas.
Eu a beijei e minha mão passeava livremente sobre o seu corpo, ela arfava e me acariciava igual, soltei sua boca e fui descendo uma trilha de beijos até chegar em sua vulva. Antônia se tremeu toda quando minha língua entrou em contato com sua intimidade, a lambi e chupei onde alcançava ela se retorcia aproveitando o que recebia enquanto me puxava os cabelos.
Subi minha língua até seu umbigo, dei duas voltas ali e tornei a descer, passei pelos grandes lábios, clitóris e entrada mas não me dei por satisfeito, meti minhas mãos embaixo de seu quadril e a levantei ligeiramente, somente o suficiente para que minha língua continuasse a descer e então alcançar sua bunda e com um ligeiro movimento de mãos alcancei e iniciei um beijo grego.
Senti que Antônia ficou travada a princípio, mas logo voltou a suspirar aproveitando as, aparentemente, novas sensações. Levantei o meu rosto e vi que ela me encarava, definitivamente eu estava apaixonado por essa mulher e eu nem havia estado dentro dela ainda.Esse pensamento me fez sorrir, mas trouxe com ele outro e a palavra virgem passou a flutuar em minha cabeça. Ela estava gostando das carícias que estava recebendo e estava ali de bom grado, eu a desejo muito e ela mesma disse que também me deseja. Assoprei sua intimidade e ela mais uma vez estremeceu.
Eu não devia estar fazendo isso, se ela for virgem e se apaixonar por mim novamente? Eu não posso fazer isso, não posso continuar! Ou posso?
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O profissional - Lery
RomanceLery, originalmente Eduardo, veio do Brasil para Nova York, a exemplo de sua amiga Helena para exercer sua profissão. "Michê", "Prostituto" é alguns dos nomes em que era chamado. A verdade que é que Lery era um profissional do sexo. Com suas própria...